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Papo Oracle Cloud T3 01 – Telecom e Cloud: a sinergia que gera possibilidades e benefícios sem limites para todas as indústrias

Vinícius Perrott 28 de março de 2022 4913 18 3


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Olá, seja bem-vindo ao Papo Oracle Cloud e nessa terceira temporada discutiremos soluções para o mercado, mais conhecida como soluções verticais.

Nesse primeiro episódio da temporada, eu conto com a presença do Sergio Bergson – Oracle Global Client Advisor. Sergio, seja muito bem-vindo aqui ao Papo Oracle Cloud.

Sergio Bergson: Muito obrigado Vinícius. É uma honra estar com vocês aqui hoje. Eu sou Sergio Bergon, sou industry advisor da Oracle, sou engenheiro eletrônico, tenho pós-graduação em telecomunicações. E uma história também grande, antes de entrar na Oracle. Eu participei ativamente de 4 Startups de operadoras de celular. E fui diretor de produtos, na primeira onda de startups das empresas de internet, do elephant.com. E fui o pai técnico do Cartola, que é um filho bonito, famoso e elegante. Bem-sucedido. E também fui muitos anos consultor da Accenture. Então, fiz muitos projetos, implementei muitas soluções. E eu estou há 12 anos na Oracle, trabalhando na indústria de Telecom. E hoje, estou aqui a disposição de vocês, para bater um papo sobre Cloud para tel.

Papo Oracle Cloud T3 01 - Telecom e Cloud: a sinergia que gera possibilidades e benefícios sem limites para todas as indústrias

Vinícius Perrott: Bacana. E a experiência aí realmente vai agregar bastante aqui o nosso episódio, e um recado importante para quem está nos acompanhando. Todo o material que a gente discutir aqui, links, e-books, enfim, qualquer coisa que a gente complementar no nosso bate-papo, vai estar na descrição desse episódio, no agregador de PodCast favorito. Assim como a transcrição completa desse episódio, também lá no site do Papo Cloud.

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Sergio, uma coisa que você já comentou, falando sobre a sua trajetória e carreira. Podemos definir que basicamente, o que define, e o que constrói a sociedade moderna que hoje temos nas nossas mãos, a gente fala muito de energia elétrica, telecomunicações, e a tal da computação em nuvem. Praticamente sem esses três pilares, parece que o nosso mundo dá um nó, e as coisas param. Mas, como é que você tem percebido essa mudança do próprio setor de telecomunicações? Veio de uma era 100% analógica, depois teve um tal do processo de IP, chegou lá no Telecom, e começou a ter o conceito de redes convergentes. Como é que isso se sucedeu, e como é que você vê essa transformação de um setor tão importante no mundo, e principalmente aqui no Brasil.

Sergio: Ótima pergunta, Vinícius. O setor de Telecom, ele começou sempre com soluções dedicadas a telecomunicações. Se você olhar como que o mundo de tel começou assim anos atrás, eram switch, eram centrais telefônicas. Primeiro, essencialmente manuais, que tinham até aquelas fotos clássicas, lá das operadoras dos Estados Unidos, com aquelas moças sentadinhas, chavenado chamada na mão. Depois vieram as centrais , que tinha cheio de relefas, que ocupavam salas enormes. E aí depois passaram para as centrais digitais. Mas, isso tudo fazia comutação de chamadas. Então, a chamada, você tinha um número de telefone, que no jargão da indústria, você é o número de A, e aí você diz, “eu quero falar com o Vinícius”. E aí, o Vinícius é o número de B. Então, no começo você discava, depois você apertava um tecladinho multitom. E hoje em dia, você até pode pedir para a Alexa completar uma chamada, ou para qualquer um desses… É tudo absolutamente digital. E o que muda essencialmente dessa comutação de chamadas, é que você não comuta mais chamada. Você comuta pacote. E a partir do momento que você está comutando pacote IP, você não está limitado mais a chamadas. Essas redes podem trafegar qualquer coisa, sobre IP. Então, a gente está falando que as redes hoje, fizeram essa primeira revolução dos streaming, das mídias, dos aplicativos, que as lojas digitais da Apple e do Google se beneficiaram tanto. E se beneficiam até hoje. Então, você teve uma primeira grande revolução, que atingiu o mercado consumer, de uma maneira significativa, com aplicativos de redes sociais. Quem viabilizou isso, foram as redes móveis das operadoras, principalmente a partir da rede 3G. Então, isso permitiu para o mercado, uma grande revolução. Então, isso tudo baseado em redes de pacotes. Ou seja, viraram grandes redes IP. Qual é a próxima revolução? O 5G está chegando.

Perrott: Verdade.

Sergio: Já é um fato. Ele é um fato na cabeça das pessoas, nas redes das operadoras, ele está em deployment. Então, ele está sendo colocado no ar, mas, a pressa de se colocar no ar, porque do ponto de vista regulatório, obriga as operadoras a colocar 5G nas capitais disponíveis, nas redes, para o meio do ano agora, para 2022, para daqui há 6 meses? O que você vai ter no ar, é uma rede 5G, mas que para o mercado consumer, é mais do mesmo. O que você vai ter, é uma grande velocidade de acesso. De fato, é muito mais rápido. Celulares que são capazes de se conectar à rede 5G, vão receber sinais com uma velocidade muito maior. Mas isso o ganho para o mercado consumer, é marginal. Então, o que você tem hoje com experiência na rede 4G, já é uma experiência tão importante, e tão relevante no dia a dia das pessoas, no mercado consumer, que o que será percebido com o 5G é pouco. Agora, o 5G permite outras revoluções. O 5G para o mercado B2B, para o mercado das empresas, das operadoras para as empresas, e dessas empresas clientes das operadoras, junto com um ecossistema de outras empresas que são nis players, que tem conhecimento específico de problemas que o 5G vai resolver, isso sim traz a nova revolução do 5G. Então, a revolução do 5G, será percebida a partir, vamos dizer, de uma janela de 2 anos para frente, quando o ecossistema das empresas que, trabalhando junto com as operadoras de telecomunicação, vão resolver. Essas empresas, vão resolver problemas de outras indústrias. Então, a indústria de health care, a indústria de energia, agro, supply chain, o varejo, essas industrias, passarão por verdadeiras revoluções, habilitadas pelo 5G. Então, o 5G, ele não vai ser percebido como uma revolução da noite para o dia. Ele precisa que um monte de coisa aconteça, junto com o deployment da rede, para que o consumidor final aí entenda essa grande mudança da rede, que é a rede 5G proporcionando soluções de massive ILT, que por exemplo, o 4G não consegue fazer.

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Perrott: Sim, verdade.

Sergio: Ultra Reliable, na ponta, quer dizer, você ter um acesso na ponta, de baixíssima latência, de altíssima disponibilidade ao mesmo tempo, você não consegue isso. Porque, até o 4G, você tinha as redes que o pessoal chama de one size  Ou seja, era a mesma rede para qualquer proposito. No 5G não. No 5G, tem uma figura técnica, chamada network slice, que é o fatiamento da rede, para finalidades específicas. Então, é como se você tivesse uma rede dedicada para aquela finalidade, para aquele cliente, para aquele uso, naquele momento. Então, isso muda completamente a abordagem do que as redes podem oferecer. E isso é um habilitador de, inclusive, do MAC, que é o multi acces addict cloud. E aí entra, traz novamente para o nosso assunto de cloud, porque habilita que se disponibilize nuvens distribuídas, aonde a informação precisa estar. Então, vamos pegar o exemplo de massive ILT. Então vamos supor que você está na paulista, ou em Copacabana, áreas que tem uma densidade populacional, e de gente circulando elevadíssima. E você precisa de medidores de consumo de energia funcionando full time, a pleno vapor, capturando todas as informações de consumo das redes elétricas que estão suportando aquela região. Hoje, você não consegue fazer. E hoje, não é assim, você não tem, os medidores não estão automatizados, você não tem controle das redes ainda automatizadas, mas você vai ter.

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Perrott: Não tem nenhuma rede segregada para isso, né?

Veja os outros episódios da Minissérie Papo Oracle Cloud 

Sergio: E nem uma rede segregada. E se você quisesse colocar milhões de dispositivos ali, ligados simultaneamente na rede 4G, ela também na suportaria. Na rede 5G, isso será possível. Então, agora, quanto tempo demora para chegar nesse lugar? Por isso que eu estou dizendo que essa revolução vai ser percebida ao longo dos próximos anos. Não é assim, em julho entra a rede 5G da Claro, da Vivo, e da Tim, e você vai perceber no dia seguinte. Isso vai vir aos poucos.

Perrott: Mas, o legal que você deixa bem claro, os benefícios diretos que o consumidor final vai ter, através dos benefícios indiretos, que é através das empresas que vão estar acoplando produtos, serviços, nessa grande rede segregada, enfim, com essa baixa latência. A gente sabe até que existem soluções hoje, que é a famosa demanda reprimida. Eu não consigo lançar um produto ou serviço no mercado, porque eu não tenho uma estrada, no nosso caso, uma estrada digital, que ofereça esse serviço. Mas, uma coisa que eu fiquei bastante curioso Sergio, que é o seguinte. A Oracle, ela é muito conhecida, por muitos anos, no mercado, por ser consolidada em soluções de armazenamento de dados, no banco de dados. Mas, de uns anos para cá, já vem mudando isso claramente, a percepção do mercado. Mas, uma coisa que até mesmo por curiosidade minha, eu não sabia que tinha coisas tão específicas nessa vertical de Telecom. Fala um pouquinho dessa experiência, e desse know how, que a Oracle tem, que vem na verdade trazendo para o mercado, e associando essa indústria como um todo, que você acabou de citar.

Sergio: lembra quando a gente estava falando da evolução das redes?

Perrott: Sim.

Sergio: quando as redes passaram a ser redes digitais, o primeiro padrão de sinalização que apareceu no mercado, é SS7, sinalização número 7. Que na verdade, integrava todas as redes fixas e moveis, e fazia com que tudo ficasse interoperável. Então, você ligava de fixo para móvel, de móvel para fixo, tudo mais. Isso tudo orientado ainda aquela rede, a rede de comutação de chamada. Muito bem. Até hoje, metade das chamadas que se completam nas redes, por sinalização número 7, são muitas, muitas mesmo, passam por um produto Oracle, que é o Eagle, que é um produto de sinalização número 7. Então, a Oracle silenciosamente, tem um papel impressionantemente importante, completando chamadas de telefonia pelo mundo. A Oracle tem soluções de police, que é o controle das políticas do que o usuário pode, ou não pode fazer, conforme aquilo que ele contratou. Então, a gente também tem soluções importantes, e isso apareceu na rede 4G, que é controle de políticas. E aí, tem nível qualidade do acesso que você tem, qualidade da chamada, tudo entra como política. E essas políticas também, obviamente, evoluíram para o 5G. E a gente não só tem a política 4G como 5G, como a gente tem soluções convergentes de police. Além disso, a gente tem soluções do core da rede 5G. Quer dizer, funções de redes, tanto a gente tem para rede 4G, como a gente tem para rede 5G, as funções de rede. Então, o grau de conhecimento que existe dentro da Oracle, na indústria de telecomunicações, é muito relevante. A gente participou, inclusive, da elaboração de alguns padrões de 5G, desenvolvidos pelo TGPP. Então, isso é importantíssimo tanto do lado do core da rede. Além disso, quando você entra em uma loja e diz assim, “eu quero comprar um Tim Família”. “Ah, tem esse aqui para minha filha, esse para o meu filho, esse para a minha mulher, são 4 aparelhos, e eu posso isso, não posso aquilo, tenho roaming, não tenho roaming”. Então, se você olhar, esse processo demora meia hora, você sai com um monte de números, tal.

Perrott: Verdade.

Sergio: Alguma coisa precisa transformar isso tudo que você combinou ali na ponta, na loja, sentado com o vendedor, em alguma coisa que a rede entenda, porque aquilo passa a ser 4 números de telefone, alguns podem roaming, outros não podem. Os dados, o consumo de dados é compartilhado entre os 4. Então, a rede precisa entender, tudo aquilo foi comprado comercialmente, que tem nome de produto, mas, quando desce para o andar debaixo, precisa ser transformado em parâmetros técnicos, que ensinam a rede, o que é que aquele cliente que comprou aquele plano supercomplexo comprou. Como que você executa aquilo? Como que aquilo transforma em uma entrega de serviço dia a dia? Então, a Oracle tem soluções, que ajudam a pegar essa ordem, e o nome disso é uma ordem, e quebrar isso em pedacinhos, e colocar todos os parâmetros técnicos, e levar para a rede como uma ordem de ativação, que chega na rede, e transforma aquilo tudo em execução. Permite que a rede execute aquilo tudo que tinha um nome bonito na ponta, mas, que a rede não sabe que tem um nome Plano Tim Família. A rede não sabe que é Tim Família. O que a rede sabe, é que tem um monte de parâmetros que ela precisa executar. E a Oracle tem soluções muito interessantes, para execução desse tipo de ordem, assim como no mercado corporativo, quando você tem lá elaboração de uma rede multiponto, para um varejista, ou algo mais complexo, também a Oracle tem soluções de management orchestration, que chamam, que são soluções que consegue orquestrar essas ordens, e o que vem como solicitações de cima para baixo, para que a rede entenda, e consiga entrar corretamente o que foi contratado. Então, a gente participa do lado do negócio, a gente também tem o DX for C, que é um portfólio de entrega para a camada de C, a camada que faz client facing, que está de cara para o cliente. E de cara para o cliente hoje, é multicanal. Então, está falando de atendimento na loja, aplicativo, web, URA, bot, tem múltiplas maneiras do cliente entrar. E o cliente as vezes começa um processo em um canal, interrompe, continua em outro canal. Então, isso tudo faz para chegar na ordem. Então, você tem tanto o lado da venda, então você tem o processo de vendas, você tem que ter catálogos, você tem que conseguir colocar os produtos disponíveis de uma maneira que o cliente entenda de uma maneira simples e fácil para poder comprar. E a rede entenda, para poder entregar. A gente conecta desde o Norte dessa camada client facing, lá em cima, até a rede. A gente tem o portfólio integral de soluções, fim a fim. E o legal do que a gente tem como solução, e que habilita a gente para uma conversa importante agora, é que por exemplo, se você olhar o que foi feito na TIM, a gente fez um must cloud, do CRM da Tim. Esse CRM é da Oracle, Siebel, a gente conhece esse negócio. Então não foi só uma cloud, de uma big tech, que chega lá e diz, olha, está aqui a minha nuvem, eu tenho uma ótima nuvem, e são ótimas nuvens. Todo mundo que está nesse mercado, a grande maioria tem ótimas soluções.

Perrott: Sim.

Sergio: Mas, a gente é um pouquinho diferente. Porque quando vai para a indústria, a gente conhece a indústria. A gente sabe o que a gente está falando. Então quando a gente, agora está vivendo um novo momento que é trazer as soluções das redes, que estão rodando dentro dos data centers das operadoras para dentro da nuvem da Oracle, esse negócio ficou importante. Porque a gente tem um conhecimento do NEP. O NEP, é o network equipment provider. Que antigamente, só tinha esse conhecimento, a Ericsson a Nokia. A gente é um NEP. A gente tem essas soluções dentro de casa. Só que a gente também é uma big tech. a gente também é muito bom em cloud. Então, agora essa convergência de conhecimento, está trazendo para a gente, um posicionamento superinteressante. A gente está começando a trabalhar com as operadoras, já falando de outro tipo de workload, para trazer para a nuvem da Oracle. Isso traz um valor muito grande para as operadoras de telecomunicação. Porque, qual o momento que a operadora está vivendo? Vamos botar o chapéu do CEO, ou do CTIO, da operadora. Esse cara está olhando, está vindo uma tsunami que chama 5G, o cara precisa colocar isso tudo no ar. Ele precisa treinar as equipes dele. Ele precisa transformar os modelos de operação. Ele precisa continuar dando dinheiro, então, a operação dele tem que ficar otimizada ao extremo, porque esse negócio que está vindo aí, tem uma complexidade maior. Essas redes são distribuídas, a gente vai falar mais um pouquinho em detalhes, mais para frente um pouco. Mas, no, o cara precisa olhar para coisas que ele tem hoje. Tudo aquilo que ele já tem, que já está estável, está operando, é oportunidade de melhorar. Porque se está estável, está operando, pode ter melhoria operacional, pode ter melhoria de processo, pode ter redução de custo por outro tipo de infraestrutura que estaria rodando aquilo. Pode distribuir e colocar mais perto do cliente final. Pode um monte de coisa.

Perrott: Sim. As possibilidades são praticamente infinitas.

Sergio: A operadora que tinha tudo black box, até o 3G, tudo o que você fazia na rede, então assim, você ligava o celular. A primeira coisa que o celular fazia, era procurar uma rede. Ele achava uma rede e falava para a rede, oi, tudo bem? Eu sou Sergio Bergson, o cara me conectava. Aí, a primeira coisa que a rede fazia, era autenticar você. Eu preciso saber se você é você mesmo. Aí, tinha uma troca de chaves de segurança, a rede te autenticava, ia lá no HLR, ah, esse cara pode fazer isso, não pode fazer aquilo, tinha um perfilzinho, e dali para frente, você podia falar. Todo esse processo, era feito por um black box, uma caixa preta, que só fazia aquilo. Esses black box acabaram. Esses caras viraram todas funções virtualizadas de redes. Virtual Network Function. VNF. Essas VNF, elas rodam em hardware. Qualquer servidor Linux, pode rodar uma função dessa. Existem alguns requisitos específicos de placas de redes, mas, de um modo geral, são funções que estão virtualizadas, e rodam em. E elas podem rodar em hardware padrões. Muitas das operadoras já evoluíram muito, já estão com um grau de virtualização bem alto. Ainda existe um monte de black box espalhados por aí. Mas, a oportunidade está aonde? As operadoras estão virtualizando tudo, e essa operação toda que está virtualizada, pode ir para a mão de alguém que vá operar esse negócio, e liberar a operadora para o novo. Porque hoje, eles dão muita atenção para a operação. E isso drena um pouco da capacidade deles, de olhar para o novo. De implantar o novo, de treinar para o novo. E de tirar o melhor do que o novo pode trazer, como oportunidade de negócios. Então, nós da Oracle, aí a gente entra com a nuvem da Oracle, como enorme habilitador, para que esse processo da operadora, aconteça de uma forma estruturada, que é trazendo workloads que já estão em operação, que suportam as redes, para a nuvem da Oracle, com todos os benefícios que a nuvem da Oracle traz de segurança, de SLA, de qualidade de operação, na qualidade do lifting shift, ou na qualidade do move to cloud, que precisa eventualmente de factoring. Tudo isso, a gente está nesse momento com as operadoras trabalhando, para trazer esse benefício para elas, a partir da nuvem da Oracle.

Perrott: Na verdade, você já está contando aqui, diversos benefícios que esse setor acaba se beneficiando, não só cuidar da operação, otimização, processos. A própria modernização do equipamento, e essa eliminação do lock in, que é tão presente em algumas indústrias, que nascem com aquilo ali, ok nasceu. Mas, a transformação vai vendo que o lock in não faz sentido, né? Mas, eu tenho certeza, de quem está acompanhando esse episódio, está surpreendido. Porque, de tudo o que você está falando Sergio, eu acho que eu só sabia meio por cento, que interessante as soluções, e como isso tudo funciona por trás dos bastidores. Nesse exemplo que você citou, de você comprar um pacote de chips lá na operadora, e simplesmente ligar, e uma série de coisas acontecer por trás, que curioso. Realmente, parece magica, mas, é puramente tecnologia, e tecnologia de ponta.

Agora Sérgio, uma coisa que você pudesse complementar também. As novas redes 5G, elas vêm habilitando novas oportunidades de negócios. Como é que você tem visto, além de tudo isso que você já citou, do back ground, e para o usuário, para as empresas. Como é que você tem visto também esse comportamento, e esse olhar mais próximo desse mercado que só faz crescer, e modernizar aqui no Brasil.

Sergio: Se a gente olhar indústria por indústria, quer dizer, você olha, vamos pegar uma indústria que é icônica, que é a Health Care. Todo mundo fala que a Health Care vai mudar drasticamente no futuro. Que a saúde sai do eixo curativo, para o eixo preventivo. Que a ideia é que ninguém fique doente, e seus planos de saúde vão virar planos de saúde mesmo, não vão ser mais planos de doença. Hoje o plano de saúde, na verdade, ele aparece como importante para você, quando você precisa do médico, do hospital. Não vai mais ser assim. Vai ser o plano de saúde tentando fazer você viver de uma maneira saudável. Como que isso é possível? O que que o plano de saúde sabe hoje, pragmaticamente, da vida do segurado dele? Não sabe nada, ninguém sabe nada. Então, a partir do 5G, vai ser possível que essa relação entre a saúde e o beneficiado, vamos chamar assim, que já é um cliente, não é mais um paciente, essa relação passe a ser uma relação ganha ganha muito mais rica, em termos de informações. Agora, essas informações vão ser plotadas como? E aí entra o 5G. O 5G é um grande habilitador de captura de informação para todos os lados. Então você vai ter… ah, mas como você vai fazer o indivíduo usar o reloginho, e deixar que o plano de saúde saiba que ele correu, que ele andou, como que está a pulsação dele. Bom, a partir do momento que o plano de saúde começa a dar benefícios para ele. É um ganha ganha. O cara vai deixar as informações dele fluírem, a partir do momento em que o plano de saúde vai começar a dar desconto para ele. Porque, quanto menos doente ele ficar, melhor a margem para o plano. Então, tem todo um cenário de benefícios, que o 5G traz, por exemplo, para essa indústria. Quando a gente falou de ultra rely ability, quando você falar de cirurgia robótica a distância… Ah, mas hoje o wi fi já traz um… Comparado com a rede 5G, o wi fi não chega nem peto em termos de rely ability, de confiabilidade. Então, você de fato ter alguma coisa que é de altíssima disponibilidade na ponta, para você botar um Da Vinci, que é um robô que faz cirurgia robótica, operando em Recife, com um médico em São Paulo, esse cenário só é verdadeiro, essa cirurgia somente só é confiável, a partir de uma rede 5G que liga esse negócio fim a fim. E aí, você tem um altíssimo grau de disponibilidade, e aí o cara pode entrar, sentar na cadeirinha, naquele cock pit do Da Vinci, e falar, “vou fazer a cirurgia”. Porque se a rede cai no meio do caminho, acabou a cirurgia. Então, é um risco muito elevado. Então, esse tipo de coisa, também vai aparecer. E aí você tem benefícios para… a gente falou do setor de energia, de toda a monitoração da rede. Fora que o setor de energia, hoje, quem consome, daqui a pouco também vai começar a jogar energia para dentro do grid. Então, é importante que esses fluxos sejam controlados por dispositivos, que precisam estar habilitados por redes confiáveis. Supply Chain, mais do que nunca. Quer dizer, nós estamos vivendo uma enorme evolução logística. Hoje em dia, você compra pelo aplicativo da Americanas, e recebe em 3 horas em casa. É uma coisa incrível. Mas assim, ainda depende da disponibilidade do equipamento na loja perto… Os caras já fizeram uma verdadeira revolução. Ainda pode ser incrivelmente melhor do ponto de vista de custos, para o varejista, a partir do momento em que ele consiga monitorar a cadeia toda com IOT, vamos dizer, espalhado por toda a cadeia logística. Então, para o setor de seguros, a partir do momento que os carros comecem a ser monitorados, e essas… Eu não quero a seguradora sabendo a que velocidade eu dirijo. Por outro lado, se você é um cara comportado, não fura sinal, e dirige direitinho, a seguradora pode te dar um prêmio no final do ano. Um prêmio em dinheiro, em desconto. Que é superbenefício, a maioria do mercado, a maioria das pessoas, é comportada. Então, como é que esse negócio vai chegar? Vai chegar com a rede 5G disponibilizando essas informações todas para as seguradoras. Existe um mar de oportunidades, que o 5G vai trazer para outras indústrias. Não é só para a Telecom. Agora, curioso, só ilustrar que esses setores que estão se beneficiando, o mundo não é um mar de rosas. Saiu hoje, uma carta enviada para o regulador da comunidade europeia, assinada pelas maiores operadoras da Europa, dizendo o seguinte, todo mundo agora contribuindo, botando o dinheirinho na mesa, porque eles querem que as big techs. Aí no caso, as big techs que entram muito ligadas ao mercado consumer, que não é o nosso caso. Que as big techs, que as grandes empresas de videogame, e os grandes provedores de streaming, tipo Netflix, venham para a mesa botar dinheiro no investimento que precisa ser feito para tudo o que está vindo aí. A indústria de gaming também tende a passar por mais uma revolução. Os caras já são ultradominantes. Mas, o que vai se trazer em termos de capacidade para a ponta, permite que os jogos ainda ofereçam experiências muito mais relevantes, presenciais, com percepção de presença. Só que as operadoras, se você olhar perda de valor, a telefônica, as ações nos últimos anos, elas foram muito pressionadas, principalmente na Europa, na questão da margem. E elas perderam muito valor. Então, da lista dos assinantes, a Dot Telecom foi a única que ganhou 12% de valor no último ano, mas a Voda Fone, a Telefônica, Orange, todas perderam entre 25/50% do valor de mercado, que é uma perda expressiva.

Perrott: Sem dúvida.

Sergio: Então, a revolução que está vindo aí, ela é importante, mas a gente tem… o investimento é tanto, que tem gente agora questionando como é que vai ser o funding desse negócio. Ainda bem que a gente está fora dessa discussão, a gente só traz a parte boa para as operadoras. 

Perrott: Não, mas de fato, é um mercado que tem a sua complexidade, tem suas oportunidades, isso tudo que você vem apresentando. Mas, o que está legal do negócio, que por ser complexo, também as soluções têm que atender e conseguir resolver certas particularidades. Particularidades essas Sergio, que eu puxo um tema importante, que é sobre segurança da informação. Segurança, nos últimos anos, nunca, em comparado as décadas anteriores, nunca teve tanta relevância. Estava na pauta ali, uma vez ou outra, de uma camada mais alta da diretoria, das empresas. Segurança da informação, sempre ficou muito no diretor de TI, turma técnica. Mas agora, nos últimos anos, a gente vem percebendo que é algo importante, e que agora o papel do CEO, o presidente, o diretor-geral da empresa, ele vai a público, seja para fazer um anúncio, um comunicado, ou até mesmo para mostrar como ele e a empresa dele vem se comportando em relação a esse tema. Como é que você tem visto isso, em relação à segurança da informação nesse setor tão importante para o Brasil.

Sergio: Bom, vamos começar falando de IGPD, que é baseado na IGPR Europeia, que é a regulação de informações de clientes. Então, isso tudo que a gente falou de revoluções, que vira o das industrias, muita informação fluindo para as redes, informações proprietárias, específicas dos clientes. Isso, no fundo, aumenta o risco. Você ainda vai ter muito mais informação do que o que você já tem, já é muito. Então as operadoras hoje, são um alvo de ataques, elas precisam muito se proteger. Elas precisam se proteger em todas as camadas, das soluções de TI que guardam os dados transacionais. E aí a Oracle tem um papel importante nisso, em criptografar dados, tanto na nuvem, quanto on premisse. As nossas soluções, tem segurança by design. A segurança está como princípio do desenho da solução. Isso é uma coisa muito legal da Oracle, que a gente não vai pensar segurança, depois que o produto está desenhado. Em todas as camadas da nuvem da Oracle, você tem segurança como parte do desenho da solução. E todas as camadas, são isoladas entre si. Então, mesmo se houvesse um ataque, na nuvem da Oracle, tudo aquilo que é designado, recursos designados aos clientes, isolados entre si. Voltando para a operadora, eu fiz esse preambulo de como a Oracle trabalha, porque isso é importante para as operadoras, quando estão trazendo seus workloads agora, mais importantes de informações de clientes transacionais do CRM, assim como informações de rede. Quer dizer, isso tudo é extremamente… são dados extremamente sensíveis, para quem o cliente ligou. Quem ligou para o cliente. Isso não é uma informação que possa ser divulgada.

Perrott: Verdade.

Sergio: Então, isso tudo precisa ficar guardado de uma maneira relevante. Nas operadoras, o que a gente vê hoje, é a segurança, também ganhou uma relevância muito grande. Você já existe a figura do TISO, o Team Information Security Officer, que é um executivo que cuida de segurança na essência de todos os processos. Então, é segurança de dados assim, segurança na operação data center, segurança nos processos. Por exemplo, quando você está em uma loja fazendo aquela compra do Tim Família que a gente falou lá atrás, você precisa garantir que aquela máquina que está lá na loja, também não foi hackeada. Que aquela máquina tem segurança, que o processo todo é seguro. Que quando você escaneia o documento do cliente, aquele documento ficou guardado em um lugar, uma base criptografada, de acesso exclusivo das soluções da Tim. Então, segurança está em todos os processos, e em todos os pontos, todos os touch points da tecnologia de informação. Tanto em TI, quanto em rede. Nós da Oracle, como é que a gente ajuda? A gente, bom, primeiro que a nossa nuvem, tem todo o portfólio de segurança como free, vamos dizer assim. Como disponível, sem custo adicional, para os clientes da Oracle que usam a nossa nuvem. Isso é uma coisa muito legal, porque proporciona, isso é um convite a melhorar a segurança das soluções que estão sendo trazidas para a nuvem da Oracle. Além disso, tem toda a questão que a gente falou dos isolamentos, dos, das base de dados, das VMs. Quer dizer, nada do que é operado como compute storage em networking da nuvem da Oracle para o cliente, e no caso a operadora, pode ser invadido plenamente na nuvem da Oracle. Existe um isolamento total, em todas as camadas, tanto verticais quanto horizontais, o que eu acredito, traga uma segurança importante nesse momento, principalmente na evolução para o 5G. Que aí a gente também mais adiante, vai ver a rede 5G rodando em nuvem, rodando na nossa nuvem da Oracle. Nós vamos executar funções de rede, cloud native da rede 5G, para os nossos clientes. Então, o nosso papel quanto à segurança da rede, fica ainda mais importante. Então segurança by design entra como elemento chave para garantir, vamos dizer, a segurança do que as operadoras vão oferecer. Agora, você imagina, no caso da operadora, a gente fala assim, tem 1 milhão de dispositivos IOT conectados nessa rede. Você garantir que o dispositivo que está conectado, é um dispositivo seguro. Que o cara não entra pela rede, através de uma conexão de um dispositivo. Porque todo touch point, quanto mais granular, mais buracos a rede tem. Então, o que que você vai ter que fazer? Você vai ter que distribuir segurança nas camadas. Esse dispositivo, o acesso dele, só vai até o gateway dele, onde ele entrega a informação. Nada pode passar dali, senão você abriu milhões de portas para entrarem na sua rede. Então, o que muda é a perspectiva de segurança agora, que em todas as camadas do que é oferecido, precisa entrar uma camada de segurança.

Perrott: Cara, é um negócio fantástico assim. Uma verdadeira aula, que você acabou de nos dar. Acho que quem está acompanhando aqui, eu estou superempolgado, porque realmente são detalhes que fazem toda a diferença, no conceito de não só ter um repositório para levar lá um monte de máquina virtual. Não é isso que você falou, muito pelo contrário. É um conjunto de soluções muito bem pensada, e muito bem construída, ao longo desses anos. Bem, fica aqui Sergio, meus parabéns, mas, eu sei que a gente tem muito assunto ainda para falar, ainda mais de uma coisa tão aparentemente nova, mas, você passou aí que não é tão nova assim no mercado. Mas, a gente chegou no nosso finalzinho do nosso episódio. E eu sempre faço uma pergunta de encerramento aqui para os meus convidados, que é uma pergunta de cunho pessoal, sobre uma coisa que faz todo o nosso contexto aqui do Papo Oracle Cloud. Então, vamos lá. Para Sergio, o que que é computação em nuvem?

Sergio: Adorei. Vou pegar pelo pessoal, um pouquinho, a gente começa por aí. Se a gente olhar como é que a gente opera hoje, e nossos filhos operam as soluções, a nuvem já faz parte do dia a dia de uma família. Todo mundo com o celular na mão, todo mundo tem foto guardada na nuvem. Meus filhos tem o Google Classroom, então, tem um monte de informação que a escola interage com eles, e trafega na nuvem. Então, a nuvem mudou completamente a vida das pessoas, de um modo geral. Agora, vamos para o mundo corporativo, e voltar para as operadoras. O que que vai ser esse move to cloud, por que que as operadoras estão indo? E a gente tem caso de operadoras desligando data center, para operar na nuvem. Por que que isso é tão importante para ela? Por causa daqueles objetivos que a gente falou lá no comecinho. Esses caras precisam otimizar operação, otimizar CAPEX e OPEX. Precisam melhorar a margem, precisam trazer o novo. Precisam continuar inovando. Então, como é que o cara vai fazer isso tudo, cuidando da operação dele gigantesca de TI, de rede, e com foco no que ele opera hoje? Então, nossa visão é, vamos ajudar aos nossos clientes de Telecom, a trazer para a nuvem aquilo que vai abrir o espaço para eles inovarem, e perseguirem o novo, com uma operação otimizada, com custos reduzidos, e mantendo a qualidade da entrega. Ou até melhorando. Se a gente pegar o caso da TIM, a nuvem trouxe benefício na veia, que foi redução no tempo de chamada do call center, em 30%. E redução no tempo de venda da loja, em 25%. Isso é benefício injetável na veia. Então, a nuvem é, traz uma grande capacidade de revolução dentro das operadoras, com otimização de processo, redução de custo, e abertura para inovação.

Perrott: Bacana. Sergio, eu queria muito agradecer sua presença aqui, e por ter compartilhado esse conhecimento riquíssimo, e mostrando que as soluções existem, está aí no mercado. E não é qualquer solução não. É solução de ponta, de peso, obrigada pela sua participação. E antes, quem está nos acompanhando, transcrição completa no site do Papo Cloud, assim como várias oportunidades para você continuar interagindo conosco, lá no nosso grupo Papo Cloud. Interage aqui com a gente, e faça com que esse episódio continue também fora dos agregadores de PodCast. Sergio, obrigado, e até a próxima oportunidade.

Sergio: Vinícius, muito obrigado, show de bola. Eu vou te mandar uns linkezinhos, que eu acabei não te passando como material de referência, vou te mandar umas coisas legais.

Perrott: Fiquem ligados pessoal. Links também, vamos aumentar esse conhecimento tão específico, de uma solução que é importantíssima aqui. Sergião, obrigado. Fechou com chave de ouro, a gente já começou bem, começou a terceira temporada superbem, e continue aí ligado, e conectado. Os próximos episódios também vão ser desse nível de qualidade. Até a próxima.

Sergio: Valeu. Um abraço.

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Até o próximo episódio do Papo Oracle Cloud!

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    Papo Oracle Cloud T3 01 – Telecom e Cloud: a sinergia que gera possibilidades e benefícios sem limites para todas as indústrias
    Vinícius Perrott

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