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Vinícius Perrott 12 de julho de 2024 6158 17 3
Olá você, seja muito bem-vindo ao TNS Cast. Esse conteúdo é da TNS, eu sou Vinícius Perrott, curador dessa jornada. Hoje eu converso com André Sampaio. André, seja muito bem-vindo aqui ao TNS Cast.
André Sampaio: Obrigado, obrigado pela oportunidade.
Vinícius Perrott: André, nossa missão aqui hoje é falar sobre o futuro da conectividade. Obviamente a gente vê diversas possibilidades de conexões hoje, há uns anos atrás eram extremamente limitadas as ofertas, as possibilidades, mas os caminhos agora são diversos. Considerando nosso 5G já implantado, já naquela retazinha final de alguns poucos estados ainda não tendo a conectividade 5G funcionando, mas 4G em pleno vapor, eu queria que você pudesse explicar para a gente o que que é esse futuro da conectividade?
André Sambaio: A conectividade, ela se desenvolve em passos largos para trazer ações para os seres humanos. O que está acontecendo é que a tecnologia está se aproximando da necessidade humana cada vez mais. Então entender as necessidades humanas nos ajuda a compreender como a tecnologia está sendo desenvolvida. Então o 5G ele vem para endereçar essa ultra banda larga, ele vem para endereçar coberturas de áreas mais remotas, comunicação massiva de dispositivos, machine comunication. E também para trazer requisitos de rede que possibilitam novas aplicações, como baixíssima latência, instantaneidade e também uma comunicação mais eficaz, mais resiliente, mais contínua para que você não perca a comunicação. Então tudo isso está acontecendo porque existe um mercado, uma demanda, e a conectividade, a tecnologia está chegando para trazer e endereçar todas essas soluções.
Perrott: Fala de um ponto bem interessante, mas um que me destacou aqui é, trazer a tecnologia para algo que de fato faça sentido para a gente, para o ser humano.
André: Exato.
Perrott: Às vezes a gente tem aquela sensação de que a tecnologia bem e nós seres humanos que temos que adaptá-las, né? Mas a sua visão é um pouco inversa, é isso?
André: A minha visão é de que a tecnologia está sendo aprimorada para endereçar nas necessidades humanas. Tanto que o 5G ele na realidade é a release 15 do 3GPP, do órgão padronizador. E a release 15 é só a primeira fase do 5G. Já existe a release 16, que é a segunda fase do 5G, que eu acho que é onde estão os grandes benefícios que vão ser desruptivos, e recentemente o 3GPP lançou a release 17 e já estão pensando no 18. Então assim, é um contínuo desenvolvimento da tecnologia para endereçar as necessidades das aplicações, dos negócios, das empresas e das pessoas.
Perrott: Tem uma característica que você falou que é da baixíssima latência no 5G. Existe, obvio, que alguns setores precisam por questões obvias da sua credicidade, essa baixíssima latência. Hoje com a inteligência artificial, a gente também tem a capacidade de agregar essas duas tecnologias, o 5G, a baixa latência, alta largura de banda e inteligência artificial. Como é que a gente consegue então combinar essas tecnologias para aproximar um serviço que faça sentido para o usuário final?
André: Isso é inclusive uma padronização do 5G. Você tem uma ultra banda larga para utilização das mais diversas aplicações de smatphones e mobilidade, você tem baixíssima latência para você ter comunicação contínua e responsiva e você tem também uma comunicação de muitos dispositivos. Então o 5G permite as operadoras fazer um slice de rede, um fatiamento da rede e colocar todas essas tecnologias. Então para a gente enxergar lá no mundo de pagamentos essas tecnologias sendo empregadas para atender as necessidades específicas de cada segmento. Então em pagamentos, a gente precisa colocar muitos dispositivos massivo, a gente precisa fazer atualizações nos smart PoS, Android, eu preciso de bastante largura de banda e a gente também precisa de uma comunicação responsiva. Você quer fazer o pagamento e ser aprovado e pronto, num piscar de olhos, e não pode falar.
Perrott: Importante.
André: Importante, exato. Então o 5G vai permitir tudo isso.
Perrott: Também a gente tem tecnologias novas, não tão novas no mercado que é a tal do blockchain. A gente estava até conversando antes, entender como esse blockchain, ele também pode ser associado ao meio de pagamento. Como é que seria isso?
André: O blockchain é uma tecnologia de livros contados, de livros de razão. Permite você manter transações de forma confiável, transações eletrônicas de forma confiável para controle de ativos ou de transações financeiras. Então o blockchain ele veio como uma tecnologia extremamente aceita, documentada, amplamente empregada e veio para ficar, veio para ficar. A questão é que já está regulamentado no Brasil e em boa parte do mundo a parte do investimento em criptomoedas, que são baseadas na tecnologia. Mas aqui no Brasil, a parte de pagamentos ainda carece, o Banco Central está fazendo uma consulta pública para poder lançar, regulamentar o setor de pagamentos a partir de blockchain. Então o que a gente tem no momento são pagamentos incipientes acontecendo, mas ainda com um tempo relativamente grande de processamento da informação. O Pix é instantâneo, o blockchain ainda está na faixa de minutos, em alguns casos horas. Então ainda precisa de uma regulamentação no setor para que a tecnologia aporte de vez no país. Mas ela virá, ela virá e será mais uma forma de pagamento. É por isso que os PoS estão ficando cada vez mais smart, para aceitar o maior número possível de formas de pagamento. Pix, no Brasil vai se chamar Drex. Então vai aceitar Pix, aceitar Drex, aceitar NFC, aproximação, enfim, todas as formas.
Perrott: O NFC também é uma tecnologia que já tem um certo tempinho de estrada, mas também traz uma experiência bem diferenciada né? Porque você não tem um contato físico ali para poder aquela transação acontecer. Como é que a TNS está já enxergando isso ou se já enxerga isso, para trazer essa solução bem mais fácil para o usuário no dia a dia?
André: Assim, eu sou suspeito para falar de NFC porque eu sou totalmente adepto. Eu uso NFC desde 2016 2018 para fazer pagamentos, né?
Perrott: Legal.
André: E eu acho que vale a pena a gente entender a evolução do NFC para perceber como que vai ser a evolução dos pagamentos. E o que que é o NFC? O NFC é uma realidade, mais de 50% das transações hoje em dia são feitas através de aproximação por NFC. Em 2024 talvez seja 66%, 2/3, 2 em cada 3 por NFC. Mas nem sempre foi assim, NFC nem sempre foi tudo isso. O que que aconteceu? Por que que o NFC se transformou? São trilhões de reais hoje em dia no Brasil pagos por NFC. Como? Como que aconteceu isso? O que que se deu? É uma pergunta interessante. Porque o NFC, as primeiras patentes ali, 2002 na Phillips, o primeiro celular foi ali em 2006 na Nokia, o primeiro Android foi na Samsung ali em 2010. Mas assim, quem deu o pulo do gato mesmo, quem percebeu o potencial da tecnologia para resolver um problema humano foram as “pay’s”, Apple Pay, Samsung Pay, que elas conciliaram a tecnologia do NFC, porque o NFC não é novo, ele é antigo, ele vem do RFID, coisa dos militares lá da guerra, entendeu? Então RFID é uma coisa que tem aos bilhões, é bem barato, centavos uma etiqueta de RFID. Por que o que que o NFC veio? Porque ele se conciliou com duas outras tecnologias, tokenização e biometria. O que que é isso? Biometria é autoexplicativo, você se identificar ali, seu reconhecimento facial e etc. Agora tokenizacao, é você trabalhar com token’s, e isso é uma tecnologia que visa proteger os dados sensíveis dos usuários. Você ao invés de transmitir os dados reais, você por um algoritmo envia, calcula, dá em tempo reais dados virtuais e você transmite os dados virtuais. Então isso ali em 2014, 2016 já estava definido. Então quando chegou o NFC em pagamentos no Brasil já era adopted, porque eu já estava convencido. Porque você se aproxima, uma distância curta, não é igual RFID que é de longe, e você tem um token, você não manda seus dados reais. Existe toda uma criptografia, uma segurança, mas mesmo assim tem uma camada extra de segurança.
Perrott: E o token é temporário, né?
André: O token é temporário, exatamente e em tempo real. Então repara que quando você concilia segurança com a tecnologia, isso te permite fazer transações de pagamentos financeiros seguros. Esse é o ponto.
Perrott: Agora interessante André, porque são várias tecnologias que você está citando, aproximação, inteligência artificial, próprio 5G, largura de banda, baixa latência. Como é que a TNS está montando seu portfólio em produtos para poder conseguir juntar essas tecnologias que você citou agora? NFC só deu esse boom através de duas mais tecnologias que veio para agregar essa combinação.
André: Segurança, né?
Perrott: Como é que você está combinando isso para trazer um produto que faça mais sentido para o cliente?
André: Então, você percebe que segurança é crucial? Então a busca dos PoS’s, os smarts PoS’s com segurança para aceitar todas as possíveis conexões iniciais, aceitar conexões diversas, seguras. E depois a gente conecta, usa as redes de todas as tecnologias de todas as operadoras, a gente concilia, a gente integra todas essas operadoras e tecnologias e a gente usa essas redes para fazer conectividade. E depois no final, a gente faz uma orquestração de tudo isso, a gente encaminha, tem os gateways para os adquirentes. Então a gente faz, a gente aceita, a gente conecta e a gente orquestra. Então a gente aceita todas as possíveis tecnologias, a gente conecta sempre porque não pode falhar e a gente orquestra para garantir a confiabilidade, a segurança, para que tenha valor numa transação financeira, segurança na transação financeira. Então a TNS tem essa visão e ela se prepara muito com isso. Então por exemplo, a gente tem um portfólio de RAS de PoS’s. PoS as a service. Todos os VENDORS, multi VENDOR, e o cliente não precisa comprar o equipamento, a gente aluga. Instala, entrega, faz toda a logística, faz todo o trabalho e leva o equipamento com confiabilidade, com confiança, com chave, com certificação. Apto para as tecnologias de conectividade e de aceitação. E aí a gente tem uma plataforma que faz toda essa conexão com todas as operadoras em todas as tecnologias, 2G, 3G, 4G, 5G. E em seguida, a gente se conecta, tem os gateways com os adquirentes, a gente orquestra todas essas saídas. Então a gente pensa de A a Z, de ponta a ponta. Usa a transação como uma infraestrutura como serviço, infraestrutura como serviço, esse é o ponto.
Perrott: Esse hardware como serviço como você citou, é para justamente facilitar a operação do cliente e trazer uma melhor tecnologia de ponta, para que ele não precise ficar se preocupando em administrar manutenção de equipamento, operadora, chip, nada disso. A ideia é facilitar a vida do cliente, é isso?
André: Exato. Porque imagina você imobilizar seu capital de giro para ficar comprando equipamento. Então a gente é especializado nisso, e o cliente ele pode não se preocupar com obsolescência e a gente reduz o seu cost ownership. Quer dizer, o custo total para ele vai ser menor porque a gente vai cobrar uma mensalidade, só que a gente compra em escala, a gente traz quantidades enormes, aos milhares, dezenas de milhares da Zona Franca de Manaus, do exterior. E a gente tem toda uma cadeia de logística que tem um ganho de escala, lá no final o equipamento sai bem mais barato do que se ele fosse investir, comprar.
Perrott: E ele agrega serviço.
André: Ele agrega serviço.
Perrott: Porque a gente fala muito de hardware, mas o serviço ajuda, né?
André: A tecnologia é muito rápida, a evolução é muito rápida. Então se ele precisar trocar, aprimorar, ele está contratando um serviço, a gente vem e troca.
Perrott: Maravilha. André, última pergunta aqui para a gente encerrar o nosso episódio, a gente já vai falar do futuro, mas eu queria também que você pudesse compartilhar a sua visão sobre o futuro do pagamento, para a gente refletir junto aqui.
André: É aquilo que eu comentei contigo, aceitar todas as conexões, conectar, aceitar todas as formas de pagamento, conectar todas as conexões rapidamente e orquestrar com todos os adquirentes, todas as formas de pagamento. Então essa segurança. Então o futuro é confiabilidade e segurança.
Perrott: Maravilha. Obrigado pela participação no TNS Cast e até a próxima.
André: Tá certo, obrigado.
Perrott: Maravilha. Bem, e você que está vendo ou nos ouvindo, o que que você achou desse bate-papo aqui com o André? Eu adorei, principalmente entender agregar valor ao serviço ao cliente. Você pode se preocupar com o hardware, mas uma camada de serviço que vem a mais acho que faz todo o sentido entender esse desdobramento. Obrigado pela sua participação, aqui é o TNS Cast, um conteúdo da TNS. Até o próximo episódio.
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