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Podcast

Papo Oracle Cloud T2 05 – Multicloud: Oracle e Microsoft Azure

Vinícius Perrott 22 de novembro de 2021 4813 18 3


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Olá, tudo bem?

Seja bem-vindo a segunda temporada do Papo Oracle Cloud.

Esse conteúdo foi produzido em conjunto com o time da Oracle Brasil.

Nessa temporada, discutiremos em 6 episódios temas que impactam diretamente na sua estratégia de adoção de soluções em nuvem. Sabemos que toda e qualquer jornada tem um início.

Por isso, é importante saber por onde, e desenvolver as melhores práticas em Cloud.

Compreender como e porque a alta disponibilidade e a recuperação de desastre, vai muito além de um simples backup.

Segurança, um tema tão importante, não poderia ficar de fora. Aqui vamos entender como maximizar cada recurso, e ter um ambiente seguro para o ambiente para os negócios.

Otimizar a arquitetura de soluções por meio da multicloud, é o próximo passo. Entenderemos como a Oracle Cloud, e a Microsoft Azure desenvolvem e entregam essas soluções em conjunto para os seus clientes.

Além disso tudo, lições aprendidas com quem já viveu, e vive toda essa jornada.

São bate-papos superdescontraídos, leves, e com muita informação.

Te convido a visitar o site do Papo Cloud, para conferir a transcrição completa de cada episódio, além de um conteúdo sobre transformação digital, e como ativar o seu modo gratuito da Oracle Cloud.

Todos os links, você vai encontrar na descrição desse episódio, no seu agregador de Podcast favorito.

Eu sou Vinícius Perrott, e seja muito bem-vindo a segunda temporada do Papo Oracle Cloud.

Papo Oracle Cloud T2 05 - Multicloud: Oracle e Microsoft Azure - Ricardo Urresti e Mariana Hatsumura

Nesse episódio da segunda temporada aqui do Papo Oracle Cloud, eu tenho a presença do Ricardo Urresti – Business Development Director da Oracle e Mariana Hatsumura – Azure Director da Microsoft.

Mariana: Muito obrigada. Muito feliz de estar aqui com vocês. Obrigada por me receberem hoje.

Vinícius: Eu que agradeço Mariana. E o Ricardo Urresti. Ricardo seja muito bem-vindo.

Ricardo: Vinicius, obrigado pela oportunidade. E muito feliz de estar aqui e poder bater um papo com vocês.

Perrott: Tudo bem Ricardo. Vamos fazer o seguinte: vamos nos apresentar primeiro. Mas vamos deixar a nossa convidada, a Mariana Hatsumura. Por favor, Mariana, se apresente para quem está nos ouvindo conhecer um pouquinho de você, o seu papel na Microsoft.

Mariana: Bom pessoal, eu estou já há alguns anos na Microsoft, mais precisamente há 10 anos. Mas não sou tão velha assim. Eu entrei muito nova lá na Microsoft. Hoje eu assumi a direção do negócio de Azure na Microsoft Brasil. Então eu estou a dois meses à frente do negócio de nuvem de Azure aqui no Brasil. E antes disso, eu era diretora justamente de uma área vizinha aqui, que era a área de modern work e security. Mas já passei por outras empresas no mercado de cloud. Já tenho aí alguns anos de experiência no mercado de TI. Eu estou muito feliz hoje de poder compartilhar um pouco mais da nossa visão, da nossa estratégia. Do lado pessoal, eu sou esposa e mãe da Laura, que acabou de fazer quatro anos. Está no seu segundo aniversário na pandemia, tentando entender o que está acontecendo. Mais precisamente, passou metade da vida dela na pandemia.

Perrott: Sim.

Mariana: Mas estamos todos aqui tentando nos entender. E ainda se ajustar aí à vida como ela é.

Perrott: Obrigado Mariana pela sua apresentação. E excelente jornada. Vamos falar de cloud aqui, que é um assunto bem interessante. O mercado inteiro e a economia vêm se diferenciando muito por conta da cloud. Isso é fato. Ricardo se apresenta aqui também para a gente, por favor?

Mariana: Oi Vinicius. Claro. Eu trabalho na Oracle já tem nove anos. Eu venho da área de desenvolvimento de negócios. Quando eu entrei na Oracle a gente ainda não tinha tecnologia na nuvem. Então era aquela boa e velha licença, que você comprava e instalava no seu servidor. Mas nos últimos cinco anos teve uma mudança fundamental, onde a Oracle realmente tem apostado bastante em tecnologia da nuvem. E hoje eu sou responsável pelo desenvolvimento de negócios na América Latina para a nuvem da Oracle. Eu já tenho muitos anos de experiência na área. Eu já passei por vários grandes fornecedores. Hoje eu vejo um grande desafio, que é justamente combinar com os gigantes, como a Microsoft, por exemplo, que em termos de tecnologia de nuvem e um trabalho de colaboração muito forte que está acontecendo com a Microsoft e com a Oracle.

Perrott: Uma coisa que a Mariana comentou logo no iniciozinho em relação aos 50% de vida da filha dela. Eu acho que faz todo o sentido a gente puxar esse assunto. Porque o mercado, ele teve que se acostumar muito rapidamente a esse novo modelo, que é a questão da pandemia. Todo mundo dentro de casa, com uma série de restrições. E a gente tem vivido isso em diversas áreas da nossa vida: na parte pessoal, familiar e nos negócios. Mas se fala muito de computação em nuvem. Mas a própria computação em nuvem, a gente tem mais de uma década vivida na economia, de computação em nuvem. A gente está falando de um pouco mais de 15 anos. A gente já está caminhando para a segunda década. Porém, a gente está vivendo num momento diferente, que é o tal do multicloud. Como é que isso funciona? Como é que isso se conecta no nosso dia a dia? Ricardo: pode explicar para a gente um pouquinho desse cenário? Como é multicloud?

Ricardo: Sim Vinicius. E olha que interessante. Obviamente lá nos primórdios a gente tinha poucas opções. Tinha poucos serviços também, essa que é a verdade. E ao longo do tempo, os fornecedores foram se desenvolvendo. E obviamente posso dar nome a esses fornecedores. Então lá no começo, os primórdios, a própria Amazon com a AWS, a Microsoft com o Azure, o Google com o GCP. Mais recentemente a Oracle com o Oracle Cloud Infrastructure. E o que a gente vem percebendo é que muitas vezes o cliente tem algumas necessidades que são muito bem atendidas por um determinado fornecedor. E, às vezes, ele tem outra necessidade que ele olha para o lado e fala assim: aquele outro, talvez, me atenda melhor. E pintava a dúvida: vou ou não vou? Porque eu tenho relacionamento com o meu fornecedor atual. É mais fácil da parte burocrática. Mas na parte técnica, talvez, não seja tão mais fácil. Só que assim hoje – e ainda mais se você olhar da pandemia para cá, onde os negócios estão ficando cada vez mais digitais – o pessoal tem acelerado a adoção da tecnologia. Então, o burocrático é secundário. Eu preciso realmente ser mais ágil na parte de tecnologia. E o cliente acaba abraçando outros fornecedores para poder atender aquela necessidade específica. Para poder melhorar a sua capacidade de negócio. Para poder atender melhor o seu cliente. Para poder atender melhor o seu funcionário.

Perrott: Mariana, como é que você tem visto essa questão de multicloud também? Já que a Microsoft tem uma estrada um pouco mais longa em relação a essa jornada.

Mariana: Eu acho que é exatamente isso que o Ricardo comentou. Eu acho que a gente como empresa, tem apoiado cada vez mais a estratégia multicloud dos nossos clientes. A gente acredita que processos de inovação vão acontecer quando o cliente conseguir utilizar o melhor dos recursos que ele tem disponíveis. E isso passa muitas vezes, por escolher ou optar por múltiplos fornecedores de nuvem. Então, nesse caso aqui, a gente está vendo, principalmente agora, onde a gente está vendo quase que uma recuperação das empresas e aquele olhar para o futuro, pensando na construção da resiliência, pensando sobre a transformação digital, como a gente acelera a inovação. Então a gente está cada vez mais buscando formas de fornecer para os nossos clientes agilidade, um tempo de resposta para as demandas e para as necessidades de mercado, cada vez mais rápidas. Suportar todo esse processo. Então uma estratégia multicloud faz todo o sentido. Onde o cliente tem toda essa flexibilidade, tem toda essa agilidade de poder escolher o melhor dos recursos de cada um dos provedores de nuvem que eles têm à disposição. Eu acho que aí é a beleza de você poder fazer uma adoção de nuvem hoje. Então a gente apoia. É uma estratégia que faz muito sentido. E daqui para frente, quase que vai ser uma norma de negócio para os nossos clientes quando a gente estiver falando de tecnologia.

Ricardo: Mariana, por que o multicloud é importante para as organizações hoje? Eu acabei comentando a visão do que a Oracle acredita. Mas na tua visão, como você vê essa importância?

Mariana: Eu acho que passa muito pelo que eu comentei. Sobre a gente conseguir dar para os clientes a flexibilidade que eles precisam para exercitarem inovação. Sobre a agilidade de eles poderem colocar em prática as suas demandas e as suas necessidades. Então, quando a gente disponibiliza a possibilidade de os clientes optarem pelo melhor do que eles podem encontrar nos fornecedores de nuvem, eu acho que a gente vai justamente ao encontro dessa estratégia. A gente apoia e acelera esse processo todo de inovação e de transformação dos nossos clientes. Então eu acho que esse é um primeiro ponto. E uma vez que eles têm acesso a mais de um provedor de nuvem, a quantidade de recursos a que eles têm acesso hoje também aumenta e se multiplica. Então, tudo isso faz com que o poder deles de transformação aumente também. Eu acho que está aí justamente o que a gente quer para os nossos clientes, para o mercado. É justamente ver tudo isso se potencializar com a nuvem. E o multicloud permite tudo isso.

Ricardo: Eu fico pensando aqui em muitos casos. Eu falei um pouquinho da burocracia. E, às vezes, isso seria um impeditivo para um cliente adotar outra nuvem. Então é mais fácil ele trabalhar com o fornecedor atual. Mas o fato é que o próprio cenário, o negócio, tem empurrado os clientes a buscarem essas alternativas. Melhores alternativas tecnológicas, como você mesma comentou. Alguns clientes também têm tentado escapar de alguns lokins com relação a certas tecnologias. Qual é a tua visão com relação aos desafios que esses clientes têm enfrentado para manter e implementar uma estratégia multicloud, já pegando um pouquinho do aspecto mais técnico?

Mariana: Eu acho que o primeiro desafio está justamente um pouco no que você trouxe. Que eu acho que é antes exatamente de você ir para a nuvem ou implementar a estratégia, eu acho que é até escolher qual o recurso e o que você vai operar a partir de cada uma das nuvens, com cada um dos fornecedores. Então, qual é o melhor serviço? Aquilo que se adéqua melhor à estratégia do cliente. Eu acho que tem esse primeiro ponto. Mas uma vez que você adota e decide, pratica uma implementação multicloud, eu acho que o principal desafio passa a ser gerenciar esse ambiente. Operar e gerenciar esse ambiente de maneira unificada. E a gente aqui não está falando só de múltiplos provedores de nuvem. Mas a gente também está falando, por exemplo, de tendências como o híbrido. A gente sabe que 90% das grandes empresas vão operar em ambientes híbridos. Então o desafio é a gente conseguir, a partir de um único painel, a partir de uma única visão conseguir acompanhar, operar, gerenciar a saúde de um ambiente que não é só multicloud, mas, muitas vezes, ele também é híbrido. E à medida que essa jornada de nuvem dos nossos clientes também vai amadurecendo e vai se tornando cada vez mais robusta, mais refinada, mais complexa também. Então eu enxergo que o gerenciamento vai ser um dos grandes desafios que os nossos clientes vão ter daqui para frente, com essas estratégias. E aí também passa pela questão de compliance. Porque muitas vezes, você tem que unificar toda a questão da governança e das políticas de cada um desses provedores. Então eu acho que são desafios que a gente vai ter que começar a pensar e endereçar junto com os nossos clientes. Porque são desafios reais, que devem chegar aí com a implementação de estratégias multicloud.

Ricardo: Eu concordo com o que você comentou. E você trouxe o aspecto de conformidade, do compliance. E eu vejo também que é uma questão de segurança muito forte. De forma geral, o negócio está preocupado com os aspectos de segurança. A gente tem visto semanalmente grandes notícias aí sobre Ransomware, sobre ataques. E, talvez, seja outro desafio nesse mundo multicloud e híbrido.

Mariana: Sem dúvida nenhuma.

Ricardo: Como garantir que a gente tenha uma uniformidade também nesse controle de acesso, da segurança, da periferia, que hoje ela é estendida. A gente sempre pensando, não dá para ser tradicional. Hoje ele cresceu enormemente. Porque ele está dentro da AWS, dentro do Azure, dentro do Oracle Cloud Infrastructure. E gera uma preocupação grande para as equipes de TI manterem essa infraestrutura. Você acabou também comentando uma coisa interessante, que é justamente a questão do híbrido e que 90% ou até mais das empresas hoje têm um modelo onde parte da capacidade está rodando on-premises e parte na nuvem. Tem alguma outra característica dessas empresas que estão adotando especificamente o multicloud que você pudesse notar ou comentar com a gente?

Mariana: O que a gente tem visto eu acho que é justamente essa, talvez, complexidade das implementações de nuvem, de adoção de nuvem dos nossos clientes. E isso passa por multicloud. Eu acho que isso vai passar necessariamente pelo híbrido. E quando a gente fala híbrido não é só a extensão do ambiente on-premises dos nossos clientes para a nuvem. Mas também, como é que a gente captura todo o potencial, por exemplo, do que a gente chama das bordas, ali da fronteira. Então o que a gente já sabe é que o que a gente gera de dado na fronteira, nas bordas, já é mais do que a gente gera nos nossos próprios data centers. Então o potencial que, talvez, ainda esteja pouco explorado, está acontecendo ali na borda. Então, com certeza, são tendências que a gente vai ter que acompanhar ali de perto, para suportar os nossos clientes. Mas de maneira geral, quando a gente fala de estratégias multicloud, quando a gente fala do híbrido, do Edge, da borda ali, são estratégias que a gente imagina que vão ser cada vez mais recorrentes à medida que os clientes começarem a evoluir nessa jornada de nuvem. Então se antes a gente tinha os clientes todos on-premises, a gente começou com alguns clientes para essa jornada para a nuvem. Agora o que a gente vê é que os clientes realmente estão começando a criar uma robustez maior nessa estratégia toda de nuvem. Estão adotando modelos mais sofisticados de implementação. Então a gente está começando a ver uma infraestrutura mais rica. E isso necessariamente vai passar por multicloud. Vai passar pelo híbrido. Então eu não vejo uma característica específica de cliente adotando isso. Mas quase como norma, eu acho que as empresas, à medida que elas forem crescendo nessa jornada, tendências como essas vão ser cada vez mais comuns.

Ricardo: Ou seja, o que você está comentando é que é uma evolução natural das estratégias de TI, elas irem na direção do multicloud, por conta não só do híbrido. Mas você falou, por exemplo, do Edge Computing. Ou seja, eu ter capacidade na ponta e conectado com a nuvem. E naturalmente a evolução, a sofisticação dessas soluções. Ou seja, provavelmente vai estar na rota de todos que estão hoje exercitando nuvem de alguma forma?

Mariana: Com toda certeza. Essa infraestrutura mais rica, no final do dia, vai ajudar os nossos clientes a terem mais agilidade, terem mais flexibilidade. Que é isso que eles buscam com a tecnologia. A tecnologia por si só, ela não é nada. Ela está ali para habilitar os objetivos de negócio dos nossos clientes. Sem dúvida nenhuma. A gente fala de Edge, quase não estourou ainda todo o potencial. Imagina com a implementação de 5G, o que a gente não consegue trazer hoje como potencial de inovação para as empresas? São cenários que a gente ainda está começando a mapear. Então, com toda certeza. À medida que essa infraestrutura for ficando cada vez mais rica e os cenários também cada vez mais refinados, eu não tenho dúvida de que é para lá que a gente vai. Então, a gente ainda só está começando nessa estratégia. Mas eu tenho certeza que é por lá que as empresas vão passar. É justamente nessa estratégia multicloud, é no híbrido.

Ricardo: Muito bom. Recentemente a Microsoft e a Oracle anunciaram a disponibilidade de ter conexão entre as suas regiões de nuvem no Brasil. Esse é um acordo que já existe há algum tempo, globalmente.

Mariana: Sim.

Ricardo: Mas recentemente ele foi disponibilizado no Brasil. Qual é o benefício que os clientes do Azure e do Oracle Cloud Infrastructure têm na tua visão?

Mariana: Eu acho que o primeiro ponto é: eles vão conseguir migrar aplicações ou construir aplicações diretamente da nuvem, usando o melhor das duas nuvens. Então, usando o melhor da Oracle Cloud Infrastructure e o melhor do Microsoft Azure. E isso significa que eles vão ter ali uma ampla disponibilização de recursos, de ferramentas para habilitar todos os cenários, para habilitar todo o potencial que eles enxergam. Depois a gente comentou muito sobre essa questão dessa conexão ser segura. Então a gente está falando de uma rota que é uma rota privada. Isso vai garantir não só a questão da latência mínima. Uma latência que realmente vai apoiar os nossos clientes. Mas também toda a questão de alta disponibilidade. De segurança dos nossos clientes. Eu acho que são pontos que hoje, para você considerar uma adoção robusta de nuvem, são superimportantes. E acho que, por fim, a gente comentou também sobre como você pode hoje estender a sua infraestrutura on-premises para cloud. Então, a habilitação dessa zona. A gente consegue essa interconexão. A gente consegue hoje estender qualquer infraestrutura local dos nossos clientes para ambas as nuvens, tanto para a Oracle, quanto para o Azure. Então eu acho que isso dá uma flexibilidade realmente muito grande para os nossos clientes. E um poder de criação muito grande.

Ricardo: É. Tanto que já no lançamento, um grande cliente no Brasil, que é a TIM anunciou que estava utilizando. E realmente, eles exploram tecnologias de ambas as nuvens de forma integrada. E o mais interessante em minha opinião – eu queria ouvir a sua Mariana – é que uma parte da “dificuldade” de você fazer uma interconexão entre nuvens está resolvida pelos fornecedores. Tanto a Microsoft quanto a Oracle resolveram aspectos fundamentais. Você comentou de segurança, de latência, canais de acesso. Eu vou exagerar. Mas você vira uma chave e está pronto. A partir daí, basta você utilizar os serviços da nuvem. Não importa que seja do lado da Microsoft, não importa que seja do lado da Oracle. É nessa linha?

Mariana: Exatamente. A gente está falando aqui de um setup único. Uma vez. Sem a necessidade de a gente ter outros provedores ali intermediando tudo isso. Então a gente tem uma facilidade, seja na contratação desta interconexão. Mas também desta questão de setup, que é muito mais simples. E que a gente está falando de segurança, que eu acho que é uma grande preocupação dentro dessa estratégia toda. Então eu acho que quando a gente traz esse aspecto, muito bem lembrado Ricardo. Eu acho que são pontos superválidos para a gente ressaltar também.

Ricardo: Que legal. Era isso que eu queria saber um pouco da visão de vocês da Microsoft, com relação à estratégia de interconect. Eu queria agradecer muito a oportunidade de bater esse papo contigo Mariana. Eu queria aproveitar agora e devolver para o Vinicius, porque ele ainda tem alguns exercícios com a gente.

Perrott: Pessoal, na verdade, surgiu até uma dúvida durante o bate-papo aqui, que está superlegal, com certeza, que traz uma visão bem diferente do que era a computação em nuvem lá no seu iniciozinho. Mostra que ela está num outro patamar. A Mariana comentou do Edge Computing também, que é uma coisa que está pegando força. Mas eu queria que vocês pudessem me ajudar aqui só para fazer uma analogia. Antigamente – vamos colocar assim, antes da nuvem – o administrador de TI, o gerente de TI, o CEO e as áreas de negócio, eles tinham que ficar checando se aquele fabricante, se aquela tecnologia de preferência. Às vezes, por uma preferência tecnológica, às vezes, por uma preferência orçamentária. Saber se o hardware do suíte de borda era compatível com o suíte core e com o storage e com o firewall. E tinha que saber se essas tecnologias todas juntas iriam funcionar. Quando vocês começam a falar – na minha visão – eu queria ouvir a opinião de vocês, por favor. Quando vocês começam, a falar que o Microsoft Azure e o Oracle Cloud Infrastructure, eles estão funcionando. Eu enquanto cliente, eu enquanto técnico, eu enquanto gestor, eu posso olhar então para uma característica dessas de negócio e falar assim: se os fabricantes já estão dizendo que eles já estão funcionando bem juntos, eu não vou correr o risco de gerar certa incompatibilidade. Risco esse que vez ou outra ocorria no ambiente on-premises. Que, às vezes, eu queria ter um storage com um recurso mais novo, mas, de repente, o meu visualizador não era compatível. Não era adaptado ainda para aquele novo recurso. Então, quando vocês falam. Apresentam dessa forma. Eu sei que quando eu utilizar desse potencial tecnológico de vocês dois, eu posso ter maior flexibilidade e realmente usar todo o poder da nuvem. Esse raciocínio está certo? Ou viajei aqui no bate-papo? Pode começar o Ricardo ou a Mariana. Fiquem à vontade.

Ricardo: Vai lá Mariana.

Mariana: Eu acho que de certa forma sim. Porque eu acho que o que a gente está propondo é que a gente tenha essa ampla disponibilidade de recursos. É o que a gente espera quando a gente faz parcerias desse tipo. Que a gente consiga dar acesso aos nossos clientes ao melhor das clouds. E é engraçado, porque os clientes e mesmo as pessoas da Microsoft olham e falam: mas uma parceria da Microsoft e da Oracle. Mas eles não são concorrentes? Como é que fica essa questão? E durante tanto tempo quase era algo que a gente não pensaria, lá no passado. Eu acho que quando a cloud nasceu. Quando a gente começou a falar de Edge ou de cloud. Eram coisas que não passavam pela nossa cabeça. Então hoje, quando a gente anuncia uma parceria entre Microsoft e OCI numa escala global, a gente vê o poder de transformação que a nuvem tem causado nos clientes. Fazendo dois fornecedores que no passado eram concorrentes, hoje unindo esforços para a gente prover o melhor para os nossos clientes. Então eu tenho certeza que sim, uma parceria como essa eu acho que elimina um monte de barreira. Principalmente esse tipo de barreira, comercial até, muitas vezes. E a gente faz com que tudo isso facilite a adoção e a estratégia dos nossos clientes.

Ricardo: É. E do nosso lado, Vinicius, o que a gente percebe é assim: a gente ainda está engatinhando nisso. Tem ainda coisas que não se ligam automaticamente. Mas o fato de você já ligar a infraestrutura da rede e a parte de segurança, que é a proposta do interconect Azure e o Oracle Cloud Infrastructure já desafoga um trabalho enorme dos times da infraestrutura do cliente. Só que ali depois, você fica pensando: por que eu preciso disso? E ouvindo o cliente… a gente citou a TIM, que é um cliente emblemático. Mas já têm vários clientes menores que estão usando a tecnologia. Vou emprestar palavras de um CTO amigo, que está usando as duas nuvens. Ele fala assim: cara, na Microsoft o meu time está superconfortável em fazer toda a parte de desenvolvimento, toda a parte do ciclo de desenvolvimento. Só que tem muita coisa que eu estou colocando em produção do lado da Oracle. A interconexão facilitou um caminhão. Porque o desenvolvedor está de um lado. Ele termina o ciclo dele e ele publica lá do outro lado. Então deu uma agilidade enorme para o time. E antes ele até podia ter essa agilidade, mas ele tinha que configurar todos os canais de comunicação. Ele tinha que configurar toda a parte de segurança. E ele era responsável se alguma coisa quebrasse ali. No caso do inteconect entre as nuvens da Microsoft e da Oracle, os times da infraestrutura de ambas as empresas estão de olho naquilo. Aquilo tem que funcionar nos níveis de serviço que a gente oferece para os nossos clientes. Então é uma dor de cabeça a menos. É uma facilidade. E isso tem gerado realmente grandes benefícios para os nossos clientes. Clientes em comum, Oracle e Microsoft.

Perrott: Massa. Maravilha pessoal. Obrigado por esse esclarecimento. Porque eu acho que fica bem legal para quem está nos acompanhando realmente olhar que esse tal do multicloud não é bicho-papão não. É algo mais simples do que você imagina. E potencializar o melhor dos dois mundos é a palavra-chave, sem sombra de dúvida. E os negócios aceleram. Mas eu sei que a gente tem muito assunto para tratar. Falar de cloud. Falar de multicloud é PodCast para mais de metro propriamente dito. Mas eu sempre faço uma pergunta de encerramento para os meus convidados e convidadas, que quer saber na verdade, a visão pessoal do que você olha, do que você percebe quando a gente trata desse tema. Então eu vou começar com Mariana, tá bom? Mariana, para você, o que é computação em nuvem?

Mariana: Pergunta difícil. Eu acho que a nuvem hoje, eu enxergo como o poder que a gente tem hoje de disponibilizar tecnologia, infraestrutura para os nossos clientes, num nível de sala, num nível de agilidade, num nível de flexibilidade, que a gente não tinha no passado. E isso, principalmente, vai habilitar os nossos clientes hoje a trabalharem com cenários. A trabalharem os seus negócios de uma maneira muito diferente. Então eu vejo a nuvem como esse grande habilitador. Então a gente está falando desde implementações mais simples, desde migrações de aplicações, de construção de aplicações na nuvem. A gente está falando de empresas que nascem na nuvem hoje. No passado a gente não tinha. Hoje as empresas estão conseguindo nascer diretamente na nuvem, justamente se aproveitando desse potencial de escala. Desta elasticidade que a nuvem hoje oferece. Eu acho que a gente está habilitando negócios que no passado a gente jamais conseguiria. Não nessa velocidade, pelo menos. Quando a gente trabalhava somente no ambiente on-premises. Então, sem dúvida nenhuma, a nuvem começa a desbloquear potenciais de negócios, que antes a gente não via. Então eu vejo a nuvem como um grande aliado de inovação. Então a gente tem visto cada vez mais empresas dos mais diversos tipos passando por esse processo todo de transformação digital. A gente acredita muito que a tecnologia digital é que vai habilitar as empresas a continuarem crescendo no futuro. Mas acima de tudo também, se tornarem resilientes. A gente brinca. Mas a grande verdade é que toda empresa vai ser uma empresa de tecnologia no futuro. Porque a gente ou está transformando a forma como a gente vende os nossos produtos. Então a gente está digitalizando os nossos produtos. A pandemia trouxe grandes lições sobre esse processo todo de transformação digital e adoção de cloud veio de forma massiva. Não só na parte de infraestrutura, mas na parte toda de habilitar o trabalho remoto. Então a gente está falando de SAS também numa escala que a gente nunca imaginou que fosse acontecer em tão pouco tempo. E isso só foi possível graças à nuvem. Eu penso muito na nuvem como esse grande habilitador. Eu acho que como esse catalisador de inovação dentro das empresas e no mundo, de uma forma geral.

Perrott: Legal. Obrigado por compartilhar a sua visão. Bacana. Ricardo, para você, o que é computação em nuvem?

Mariana: Vinicius, a minha percepção de computação em nuvem é a possibilidade de você dar acesso à tecnologia. Eu vou colocar de forma geral mesmo, para as massas. Então obviamente no passado, as grandes empresas tinham acesso às melhores tecnologias, a tecnologias de ponta. Alta performance. Mas se você olhar – e a Mariana trouxe todos os pontos básicos – capacidade, a elasticidade, a disponibilidade do recurso. E obviamente o investimento dos grandes fornecedores. Está permitindo que eu democratize essa tecnologia. Empresas de menor porte, startups – como a própria Mariana lembrou – e até profissionais. Você, eu, a Mariana, a gente pode abrir uma conta na nuvem e ter uma infraestrutura pagando muito pouco. E resolvendo desde um problema básico, até alguma coisa mais sofisticada. Eu brinco que hoje eu faço os meus exercícios financeiros pessoais usando a camada grátis do Oracle Cloud Infrastructure, usando banco de dados autônomos DH Base, que é um banco que tem inteligência artificial, machine learning por trás. Acelera todo o trabalho por ali. E isso está disponível para mim, pessoa física. Então eu acho que o cloud computing tem todo esse aspecto de uso elástico. Você paga pelo que você utiliza. Mas tem um lado de democratização de acesso à tecnologia que é tremendo. E não é à toa que habilitou grandes negócios surgirem. E vai continuar habilitando novos negócios. Coisas que a gente nem imagina, aparecerem nos próximos anos.

Perrott: Maravilha pessoal. Muito obrigado. Eu queria agradecer a Mariana Hatsumura pela sua participação aqui no nosso episódio. Foi riquíssimo. Muito obrigado, Mariana.

Mariana: Eu que agradeço. Vinicius, Ricardo: foi um prazer passar esse período com vocês.

Perrott: Massa. Ricardo Urresti, muito obrigado pela sua participação.

Ricardo: Vinicius, obrigado pela oportunidade. Mariana, superlegal você ter participado conosco aqui. Eu fico muito feliz e honrado de ter conversado com você. E de participar com o Vinicius.

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Até o próximo episódio do Papo Oracle Cloud!

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