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Papo Oracle Cloud T2 06 – Move2Cloud: os insucessos antes do sucesso

Vinícius Perrott 29 de novembro de 2021 4881 18 3


Background
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Olá, tudo bem?

Seja bem-vindo a segunda temporada do Papo Oracle Cloud.

Esse conteúdo foi produzido em conjunto com o time da Oracle Brasil.

Nessa temporada, discutiremos em 6 episódios temas que impactam diretamente na sua estratégia de adoção de soluções em nuvem. Sabemos que toda e qualquer jornada tem um início.

Por isso, é importante saber por onde, e desenvolver as melhores práticas em Cloud.

Compreender como e porque a alta disponibilidade e a recuperação de desastre, vai muito além de um simples backup.

Segurança, um tema tão importante, não poderia ficar de fora. Aqui vamos entender como maximizar cada recurso, e ter um ambiente seguro para o ambiente para os negócios.

Otimizar a arquitetura de soluções por meio da multicloud, é o próximo passo. Entenderemos como a Oracle Cloud, e a Microsoft Azure desenvolvem e entregam essas soluções em conjunto para os seus clientes.

Além disso tudo, lições aprendidas com quem já viveu, e vive toda essa jornada.

São bate-papos superdescontraídos, leves, e com muita informação.

Te convido a visitar o site do Papo Cloud, para conferir a transcrição completa de cada episódio, além de um conteúdo sobre transformação digital, e como ativar o seu modo gratuito da Oracle Cloud.

Todos os links, você vai encontrar na descrição desse episódio, no seu agregador de Podcast favorito.

Eu sou Vinícius Perrott, e seja muito bem-vindo a segunda temporada do Papo Oracle Cloud.

Papo Oracle Cloud T2 06 - Move2Cloud: os insucessos antes do sucesso, Weligton Pinto Oracle, Eduardo Claro Accenture, Jose Ibanes PrimeDB

 

Vinicius Perrott: Nesse episódio do Papo Cloud, eu conto com a presença de 3 convidados aqui. Primeiro, é o Ibanes Júnior, diretor da Prime DB. Ibanes, seja muito bem-vindo a nossa minissérie.

Ibanes Júnior: Boa tarde, muito obrigado.

Perrott: O Ibanes, está falando de Curitiba. E o nosso segundo convidado, falando direto de Dallas, Eduardo Claro, Technology Innovation Senior Principal, da Accenture. Edu, seja muito bem-vindo aqui a nossa minissérie.

Eduardo Claro: Obrigado, é um prazer estar aqui com vocês. Vamos conversar um pouquinho.

Perrott: E falando direto de São Paulo, aqui o nosso amigo Welington Pinto, WP, que eu já vou deixar uma deixa aqui. Já tem playlist aqui, no Papo Cloud, só com WP viu. E WP já participou acho que é o terceiro ou quarto episódio aqui no Papo Cloud. Mas, Welington Pinto (WP), ele é Cloud Solution Senior Director, Oracle. WP, seja muito bem-vindo aqui a nossa minissérie.

Welington Pinto (WP): Opa, obrigado Vinícius. Feliz demais em estar aqui podendo colaborar, e com essas duas grandes figuras, vai ser um papo realmente imperdível.

Perrott: Esse episódio aqui é muito especial, porque querendo ou não, a gente fala muito de casos de sucesso, aonde a gente vê tudo muito bonito, aonde realmente tudo funciona. E que, de fato, a tecnologia, e todos os projetos tecnológicos se propõe a fazer exatamente esse objetivo. É funcionar, seguir ao proposito, e atender o propósito do negócio. Mas, sabemos né, que muito antes de todo caso de sucesso, existem os casos de insucesso, que são aquelas famosas caneladas que a gente acaba realizando, em relação ao aprendizado, a forma de entender como uma nova tecnologia está chegando no mercado, ou tecnologias não tão novas assim. Mas, os erros, sempre levam a melhores acertos. E nada mais justo do que um bom erro, para dar uma boa lição aprendida. É sobre isso que a gente vai falar, a gente vai contar aqui alguns casos. Eu queria convidar aqui o WP, para começar essa roda aqui, em relação a alguns casos de insucesso, que virou casos de sucesso.

WP: Para começar nesse tema, foi um tema muito polêmico, até para provar aqui pela minha gestão toda, né? Porque ninguém quer falar de insucesso pessoal. É claro que a gente quer falar que tudo deu certo. Só que, não se engane. Tudo que dá muito certo, não começa assim. E a gente sabe que não é assim, né? Então, a gente tem aqui o Eduardo Claro, o Ibanes Júnior, que passaram aí por vários projetos, eu mesmo passei por vários projetos, a gente sempre começa devendo. O projeto é assim. Começa devendo, começa errando, e com o erro, você vai aprendendo, e vai pagando as dívidas também, vai pegando a compreensão do cliente, que é o principal beneficiado de tudo isso, né? Então, esse ponto foi complicado, mas no fim conseguimos. O pessoal falou, “tá bom, vamos ver se essa ideia dá certo”. E o ponto aqui, o legal é, o que que dá muito errado, na minha visão, quando eu vou falar de Cloud, quando eu começo um projeto de Cloud? Vamos lá. O cliente acha que é mil maravilhas, Cloud é sei lá, é a solução para a vida dele. Ok, eu não vou achar ruim isso, tá, afinal eu estou nesse mercado, vou gostar muito disso. Acontece, que há toda uma preparação, e essa preparação não é só tecnológica, ela é cultural. Ela passa por desafios muito mais internos desta mudança, do que desafios tecnológicos propriamente ditos. Você tem aquele data center típico, que a pessoa tem típico de, eles não pensam como Cloud ainda. Então, tem muita casquinha de banana que é jogada ali. Por exemplo, uma capacitação, por exemplo, a parte de telecomunicações, ou a parte de segurança. Estamos vendo aí muitas empresas sendo invadidas por [ransom], né? Isso aí tudo pessoal, também acontece em Cloud. Só que em Cloud é um pouco mais difícil, porque você já entra mais regrado lá, né? Só para contar alguma coisinha nesse sentido, e também tem aquela, né. Cloud, não tem erro? Poxa vida, tem viu. Todos os fornecedores têm o seu momento de aperto. E aí talvez a gente possa trocar alguma figurinha sobre isso, nesse momento aqui. Mas, é claro que a capacidade de resolver esse aperto, vai dar qualidade do fornecedor. É aí que a gente vai se posicionar bastante, como Oracle Cloud para vocês também, tá?

Perrott: Legal, legal.

WP: Então, vou chamar aí, talvez, começar com Edu. Edu, fala um pouquinho para nós aí, o que que você acha desse tema todo. E que experiência trouxe, né, porque rapaz, eu estou com a cabeça fervendo aqui de situações todas. E qual a pior ou a melhor que eu vou começar a falar agora.

Eduardo: Eu acho que, genericamente, os principais problemas que eu vejo quando a gente está implementando projetos de Cloud, migração para Cloud, envolvem principalmente a parte de redes, e a parte de segurança. Principalmente por aquilo que o Welington falou, que muitas vezes o cliente acredita que simplesmente por ser Cloud, as coisas na cabeça das pessoas, é tudo muito mais… tudo automático, tudo fácil. E, portanto, acabam pecando por não fazer o planejamento prévio adequado. E aí, por exemplo cara, começa já a criar uma certa infraestrutura, dentro da Cloud, com separações de rede. Mas, depois descobrem que aquele [range] de rede que o cara criou, não é grande o suficiente para aquelas aplicações que ele precisa. E aí já precisa, depois de alguns meses, fazer modificações, implementar mudanças, para aumentar aquele [range] de rede, etc. E com segurança a mesma coisa, né? A Cloud, ela traz já um monte, de novo como o Welington falou, um monte de facilidades, do ponto de vista de segurança, para que você tenha mais segurança. Mas também, a gente não pode cair no erro de achar que a Cloud faz tudo, e você não precisa se preocupar com nada, né?

Então, se você deixa tudo na mão simplesmente de uma implementação de Cloud, essa implementação não é bem planejada, você fatalmente pode ter problemas no futuro. E esses problemas podem ser desde um problema pequeno, até um [ransom] que vai te roubar dados, e vai te causar um prejuízo financeiro e de imagem de mercado estrondoso, né? Então, realmente, o planejamento acho que é a chave de tudo, sem dúvidas.  

Perrott: Até um detalhe em relação a isso aí que o Edu está comentando, que é a questão de rede, né? Vamos lá, no ambiente tradicional de computação, você define um segmento de IP, com os seus [ranges]. E se tiver que alterar, o administrador e o cara que está cuidando da rede, eles já sabem exatamente qual é o caminho que ele tem que fazer, qual é o comando que tem que executar. Por ele não conhecer necessariamente, ele não passou por uma jornada de aprendizado, uma jornada de adequação a novos consoles, a novos comandos em Cloud, e para a Cloud, ele acha que é só dar dois cliques ali, e reconfigurar tudo.

Mas, sabemos que quando você troca uma rede em um ambiente em nuvem, você tem alguns impactos diretos. Você deletar um gateway, por exemplo, você tem os impactos diretos. E você não pode simplesmente chegar com o botão direito, e deletar. Existem alguns detalhes a serem feitos, né? Então, é recomendado que, de repente, nessa primeira onda, para um cliente que ainda está iniciando a sua jornada, não tem expertise, não tem um contato, seria interessante, de repente, fazer uma oficina, ou um simulado, ou de repente desenvolver um laboratório de experimentação para que o time técnico, ele ganhe mais sustentação, ganhe mais ciência. E que ele possa aproveitar o momento, com a expertise de vocês, né? Falar, “olha, no meu ambiente eu faço assim. Como é que eu vou fazer aí em nuvem?”. Faz sentido essa linha de raciocínio?

WP: Olha, faz sim Vinícius, muito sentido. Até o que nós fazemos aqui para ajudar os clientes, né, é colocar, antes de começar um projeto, um workshop de conhecimento, que nós chamamos aqui de OCI Fashtrack. OCI fashaward, que é um outro. O Fashtrack é o básico. Aquele, não sei nada de Cloud, e muito menos de Cloud Oracle, né, e que eu quero aprender. Como fazer? Então, a gente coloca esse workshop, que ele é hands on, e você sai dele skilled para trabalhar com Oracle Cloud. Depois disso, começa aquele negócio, né. Skilled não é suficiente para muita coisa, precisa melhorar. Então, a gente coloca OCI fashaward, porque são temas avançados. Mas isso tudo está mexendo com IAS, IPAS, está muito tocando a superfície de Cloud, né? O pessoal quer Cloud Nature, o pessoal quer micro serviços, ele quer APN, quer um monte de coisas que são um pouco mais avançadas, né? Então, nós colocamos OCI for Devops, e aí, o céu é o limite, realmente, clumber nets, toda a parte de segurança, me vem marcado nesse workshop, né?

Então, a gente tenta com isso, colocar o cliente mais seguro, né? E aí, eu ia passar até uma palavrinha com o Ibanes. O Ibanes e eu trabalhamos em alguns clientes juntos, né, Ibanes? E poxa vida, alguns deles, até participaram desses workshops, e melhorou a relação do projeto. Me conta um pouquinho se isso foi, o que eu estou pensando aconteceu, Ibanes.

Ibanes: É, exatamente. O que acontece, só fazendo um adendo na questão de redes, né? Até como a gente está conversando aqui sobre insucessos antes do sucesso, uma dica até, o que aconteceu conosco lá no passado, até mesmo na geração um de Cloud, né, é que o cliente, na hora que a gente vai subir o ambiente na nuvem, antigamente, não tinha, a gente não mapeava todas as redes que tinha no cliente. Porque tem aquela rede, vamos supor, se você tem uma rede 10, uma rede 172, uma rede 192, e você sobe na nuvem só pensando na rede 192, aí você ah, eu vou colocar a rede 10 na nuvem. Ok, daqui a pouco, no segundo projeto, você precisa criar uma VPN, uma extensão da rede 10. É aí que deu problema. Porque aí como que você vai fazer para criar uma VPN, para criar o relacionamento entre duas redes 10?

Então, esse é o insucesso que aconteceu no passado, então, já começo aqui dizendo, um insucesso, que ali já na geração um ainda da nuvem, né, anos atrás, a gente mapeou esse problema, nós aprendemos isso, e todo o projeto que nós iniciamos hoje, a gente pega a relação de todas as subnets, do cliente, que ele tem, seja qual comunicação ele tenha ali dentro, antes de desenhar o projeto, a arquitetura do projeto de rede. Então, esse é o primeiro insucesso que eu gostaria de dizer.

Agora, respondendo à sua pergunta WP, sobre esse [Flashtrack], esse conhecimento, essa passagem de conhecimento para o cliente. Realmente ajudou. Porque, o que que acontece. Num primeiro momento, o cliente não tem muito tato com a nuvem, né? É tudo muito novo, então, exige muito conhecimento talvez em um primeiro momento, porque ele não tem nenhum. Mas, a partir da hora que ele começa a ter um pouco de conhecimento, o relacionamento entre, a parceria entre o fornecedor e cliente, melhora muito. Porque, a gente já fala algo que ele já começa a raciocinar diferente. Ele já entende melhor. A gente já começa a estruturar melhor a arquitetura dele, e já levando para a nuvem. A gente já teve alguns casos de sucesso, né WP? Mas antes, tivemos alguns perrengues aí, né?

WP: Nem me fala Ibanes, meu Deus, só de lembrar eu arrepio aqui, cara. Mas o legal é que construiu uma sinergia muito boa com os parceiros, no caso aqui a Prime DB, né? E hoje, esses clientes todos, a gente não vai citar nomes aqui até porque vamos ser indelicados. Eles estão muito felizes, consumindo OCI. Mas, passou tudo para a questão de cultura, uma questão do que fazer, né? Técnicas novas, que o pessoal de TI não entende muito, que é o pessoal, é a coisa de [Fin Ops], né? Ou seja, a parte financeira da Cloud. Como é que é essa pegada? E aí, eu queria muito bater esse papo Vinícius, com o Edu e você cara. Como que é? Como que vocês veem no [Fin Ops], né, o Financeiro Ops de Cloud, dentro dos projetos aqui? Ele é algo realmente importante? Porque eu vejo muito projeto que a gente começa, e aí abriu a porteira cara, o pessoal começa a alocar, que essa data é uma beleza. E não pensa que isso tem um custo. Está fácil de alocar, mas, tem um custo. E é um custo financeiro que vai voltar. Então esse controle, na minha visão, é importante. Mas, não sei como é que vocês veem isso, até em outras Clouds, falando em Multicloud também aqui, tá?

Eduardo: Essa questão de custo, né, tem a ver também com a questão indireta de segurança, ou de privilégios para fazer as coisas na Cloud, né? O que muitas vezes acontece, a gente já viu acontecer em clientes, em projetos, é por exemplo, um grupo de [DEV] ter privilégios para criar ambientes, sem muita restrição. E aí, acaba fazendo isso. Ah, vou criar uma máquina para isso, vou criar uma máquina para aquilo. Aí cria, usa uma vez, larga lá. Às vezes configura para fazer backups semanal, que vai para Object Storage, e aí você vai ver, está consumindo disco para caramba. A máquina está ligada o tempo todo, não está nem sendo usada. E leva um tempo para você encontrar isso, descobrir quem é o responsável, para descobrir que não tem responsável, e remover. E aí, já foi às vezes muito dinheiro gasto, sem necessidade, né?

Então sim, é uma questão muito importante, porque você precisa racionalizar, né? A Cloud te traz uma facilidade de escalabilidade, tanto para cima, quanto para baixo, que é talvez um dos principais apelos da migração para Cloud. Mas, ela te traz uma facilidade de também de, que se você fizer coisas erradas, o custo pode ser muito maior, né? É parecido com aquela, de vez em quando a gente ouve algumas histórias de criança, adolescente, que pega o cartão de crédito do pai, e gasta milhares de dólares, comprando avatar em jogo, e coisas desse tipo, né? Então, uma situação meio parecida, né? Precisa ter um controle rígido, né? Quer dizer, claro que não, você precisa dar flexibilidade para os seus usuários fazerem aquilo que precisam fazer. Mas também, com responsabilidade, para não incorrer em custos desnecessários. 

Perrott: Vamos lá. No ambiente tradicional de TI, não Cloud, é comum que a gente tenha uma herança, herde um hábito de, “ah, se eu pedir uma máquina com tantos X Cores aqui, eu sei que vai atender”. Sabemos sim, sabemos que se você pedir muito, obviamente vai além dos seus requisitos. Mas, era comum ter essa dificuldade, de definir requisitos para aplicações, em ambiente on premisses. Por que? Porque era difícil comprar. Eu acho que isso faz até um pouco de sentido naquela época, porque como leva muito tempo para entregar a máquina, só para comprar passar pelo setor de compras, e tudo aquilo, aquele ciclo inteiro.

Eduardo: Dependendo da máquina, importação, né?

Perrott: Importação, tinha 60 dias. Se o caminhão não virasse, tinha tudo isso. Já, pode acontecer, né? Por isso que vem no transporte, tem seguro e tudo mais. Mas, esses intempéries, faziam com que o hábito do profissional de tecnologia, ele tinha a característica de pedir muito para cima, estimar muito alto. E aí quando chegasse, obviamente ele dava algum destino. Porque alguns requisitos de negócios vinham surgindo, então beleza, eu tenho aqui recurso de sobra. Mas, em Cloud, eu vejo que a gente trazer esse tipo de hábito, essa mentalidade, para gestão financeira, isso não é bom, e não é positivo em canto nenhum. Por que? Porque eu não posso ter o mesmo hábito. “Ah, bota aí a máquina Exadata, com tantos Cores, mais topada. Mas, de repente, o cara só está homologando uma aplicação, ou então só está fazendo um pequeno teste. Ele não está levando… a conta chega no final do mês, né? A diferença toda é essa.

WP: Pegando esse papo aí seu cara, eu sou de uma época que a gente definia um tamanho de infraestrutura, o comprador comprava a mais. O vendedor não dava o desconto, ele dava produto. Então, o negócio vinha maior ainda. No final cara, chegava uma coisa que era assim, dinossauro, uma coisa gigante, gigante, não precisava de tudo aquilo.  E tinha que dar um jeito de usar, porque agora que chegou tem que usar. Só que, o que acontece? Vinha uma complexidade grande também, né, de instalação, de tudo. Esse negócio de ficar 3 meses instalando, acontecendo. (Ininteligível) [00:16:53.23]. Em Cloud isso não acontece, né? Essa facilidade de Cloud. Mas, tem que pensar que tem que ter o controle financeiro, tem que ter o controle de governança, e cultura nesse sentido.

Perrott: E só pegando um gancho super rápido do que você falou, WP. Por exemplo, você tem, hoje em Cloud, a gente percebe que você pode criar os seus controles, e os seus gatilhos. Tem painéis para isso, tem Dashboard para isso. Mas, eu acho que mesmo assim, em Cloud, é a forma de estancar a famosa, o famoso desperdício financeiro, é muito mais rápido do que no ambiente tradicional. No ambiente tradicional, você não tinha como estancar. Você chegou, você recebeu o equipamento, e estava lá. Tipo, e agora, vai devolver o equipamento? Raro o caso que poderia acontecer isso. Mas, em Cloud, com todo esse cockpit que eu vejo, dos controles, dos indicadores, você [tagear] os seus recursos, e atribuir centro de custos. Eu acho que é uma forma mais fácil de você conseguir rastrear, dar nome e dar destino aos donos né, literalmente você dizer, “essa infraestrutura, e essa arquitetura, está atendendo a tal objetivo de negócio”. E obviamente, ela está sustentando, e tem um custo por trás, né? Porque se fosse há um tempo atrás, para falar, “ah Vinícius, quanto que custa tal disco?”. Não sei, ambiente on premisse, a gente não calculava por disco, por giga. Tanto faz. A gente já compra storage mesmo, deixa aí rodando, né?

WP: Era o bolão, né? Poe o bolão, está lá.

Perrott: E era difícil dividir o bolo, né?

Eduardo: Muito mais difícil dividir esse bolo, sem dúvidas. Tanto do ponto de vista do consumo de recursos, quanto do ponto de vista de dividir a conta.

Perrott: Exatamente.

Eduardo: Insucesso então era isso, era as pessoas viam com muita facilidade, e saía criando ali várias e várias máquinas, muito fácil, e dava acesso a todos os usuários. Hoje em dia então, aprendendo com isso, todos aprenderam com isso, a gente consegue segmentar, tagear como o Vinícius falou, e como vocês comentaram, consegue criar o ambiente, um centro de custo que é um determinado objetivo, por tempo determinado. E desligar aquele ambiente. Então, a gente aprendeu com isso, fazer o seguinte. Aquele processador do passado, ele não é o mesmo processador que tem hoje. E quase que trimestralmente, ou semestralmente, mais ou menos assim, existem novos equipamentos na nuvem, falando agora da nuvem OCI, que a gente consegue comparar o antes e depois, ir melhorando, e ir reduzindo a quantidade. E otimizando recurso. Então, o que que acontece? O que antes a gente comprava um caminhão de hardware, para usar durante 5 anos, hoje a gente faz um size realmente utilizando aquilo que é necessário, e o [OPEX] fica mais em conta. Podendo aí, avançar né, na questão de novas tecnologias. Analytics, Kubernetes, como o WP mencionou no começo, entre outras coisas.

Perrott: Boa, bem colocado.

WP: Sabe um tema que eu apanhei muito cara, em projetos aí? A gente constrói uns projetos pensando que vai rodar perfeita a produção, homologação, desenvolvimento. E em geral, roda muito bem, acontece muito bem. Só que tem uma coisa que eu brinco na camada [OZI], que é a oitava camada. Você conhece a oitava camada? A oitava camada é o usuário, é o cliente. Ou seja, é aquela interface do teclado e a cadeira, né? Cara, e essa camada oito, as vezes faz coisa que até Deus duvida. E o que acontece quando você não tem um desaster recovery para erro humano. Estou falando de desaster recovery, poxa, tragédias geológicas, ou climáticas que acontecem, né, e você tem que estar prevenido quanto a isso. Mas, principalmente, quanto a um erro humano. E esse erro humano cara, vai acontecer, independente de ter o melhor data center Tier 4 do mundo, com data Cloud.

WP: E, de novo, assim como a facilidade da Cloud é para o bem, ela também pode ser para o mal, né? Por exemplo, é inimaginável você em um ambiente on premisse, uma pessoa conseguir destruir vários ambientes, com o clicar de um botão, né? Mas, na Cloud, um cara com privilégio administrativo ele pode fazer isso, né? Então, ele pode ir lá inadvertidamente remover uma região, remover um conjunto de backups, etc., sei lá, qualquer cosia desse tipo.

Voz Masculina: Executar um transforme, né?

WP: É, exato, criar tudo de novo vazio, e foi tudo para o saco, de um segundo para o outro, ne? Então, exatamente isso que você está falando. Você tem que ter uma previsão de recuperação para esse tipo de coisa, com certeza.

Perrott: Isso aí que você está falando, eu vejo muito, na realidade, cosias do ambiente on premisse, que normalmente a gente faz e não percebe, né? O administrador de banco, ou até mesmo o próprio desenvolvedor, e o cara de infraestrutura, está realizando as rotinas tão rapidamente, e aí só muda o script lá, só muda o IP do destino, “eita, esse IP aqui é do servidor de produção”. Mas, já mandei o script, já mandei deletar, já mandei mudar a rota. Isso é super comum. E o que o WP está falando, de você ter um plano de contingencia, para esse tipo de ação, faz todo sentido. Porque, eu não digo que é nem um seguro, mas, é uma prevenção normal, de que isso vai acontecer. O ambiente em Cloud obviamente tem mais gatilhos de proteção, né? Você tem que ter mais alguns comandos, para poder realmente deletar ou mudar uma configuração como um todo. Mas, não deixar de planejar possíveis falhas de execução, também é uma grande falha. Então, não deixe de planejar. Planeje. E rode as operações, que eu acho que é uma coisa que também falta muito WP. Às vezes, o pessoal cria as suas rotinas de proteção, mas, não testa. Eu não sei se está certo isso aí, vocês já viram isso acontecer?

Ibanes: Muito, não testa mesmo. Isso é algo que a gente bate bastante na tecla aqui, com nossos clientes. Porque não basta você ter um DR, uma contingencia, um backup. Não basta você fazer o backup. Você tem que testar que ele está ali, que ele vai restaurar. Qual é o tempo necessário para restaurar. Hoje a gente bate muito na tecla de fazer um DR, e realmente virar para o DR. E aí o pessoal fala, “vamos então avisar todos que vai ter uma parada”. Mas aí não é ativação de um DR. Você não quer testar o DR? Então, é um tema bem interessante, bem complexo, que muita gente tem medo. Na verdade, não precisa ter. Hoje, a nuvem traz muitas novidades, e facilidades para você ter DRs entre cidades distintas, com custo muito baixo. E um DR, quase que tendendo a zero.

WP: Ibanes, tem um ponto também que eu acho superimportante. Nessa linha aí, da retro compatibilidade de uma coisa simples, backup cara. A gente tem clientes nossos aqui, são corporativos, né, que tem que ter backup de 30 anos da informação. Qual é o software de backup, né, que a gente conhece hoje, que mantem a retro compatibilidade de backup feito por 30 anos? Isso exige um projeto. Exige software? Exige. Mas, exige um projeto para fazer isso. Então, eu tenho muito a questão assim. O cliente guardou o backup, ele me vem com o backup do tempo da onça, o LTO 2, LTO 1, e fala, “preciso restaurar isso agora”. Beleza, mas, e aí? Isso aqui era feito no [VAKS]. Amigo, eu era uma criança quando essa máquina existia. Não é possível. Então assim, ele não consegue voltar também. Fica uma coisa, você tem que testar, você tem que garantir que a sua política, você tem que conhecer sua política, e garantir que ela vai ser possível executar, não só em Cloud, mas agora estou falando de Cloud. Sim, em Cloud tem que ser possível. Mas, em qualquer outro desses ambientes, né? A gente vê muito essa situação. Eu tenho o plano, mas, eu tenho medo de apertar o botão para o plano rodar, porque eu não garanto que esse plano está direitinho. Poxa vida, você vai conhecer isso quando? Quando der problema? Então não, vamos fazer isso antes. Isso é arquitetura, isso é o que a gente paga para a capacidade das pessoas que estão junto conosco no projeto. E aqui, dois grandes exemplos disso, de consultores de grande renome nesse sentido.

Perrott: Vou fazer um comentário com relação a backup. Às vezes, tem até o software. Eu ainda tenho o serial para poder instalar, mas aí começa alguns complicadores, né? O sistema operacional antes era 16 bits, de 30 anos atrás. Agora, não tem mais, tem que simular, tem que fazer uma série de manobras aqui. E o mais importante. Às vezes, ele não tem o hardware, ele não tem nem sequer mais o leitor da fita. É igual aquele comentário que a gente fala, né? Você pode até gostar de um filme em VHS. Mas, se você não tiver um vídeo cassete, quem que vai ler essa fita, né? E tem esse detalhe importante. Isso já em Cloud, eu já rompo essa barreira. É isso?

Ibanes: É isso aí. Em Cloud, nós passamos essa responsabilidade para o grande player, né? A responsabilidade passa a ser no caso, da Oracle. Então, ali, já por default, já é replicado em 3 localizações distintas. O mais básico que tem de backup, já é aplicado em 3 localizações distintas. Se você quer algo com mais tempo, e mais barato, também tem uma opção para isso, que custa 10% do valor do backup. Então, existe o backup, e existe a retenção do backup. Então, hoje é muito fácil. Já peguei alguns casos sim, como insucesso, novamente falando essa palavra, né? De que o cliente precisa voltar um backup de anos atrás, me entrega uma LTO 4, ou 3 no caso, e aí, onde a gente vai colocar essa fita para restaurar? Não tem como. Aí vai no Mercado Livre, para procurar. E esse é o grande problema. Por isso que hoje em dia, a facilidade de você fazer backup em nuvem, facilitou demais, e também a restauração, que a gente testa muito aqui nos clientes. Eu tenho backups enormes, restaurados em… mais rápido do que se tivesse on premisse, por incrível que pareça gente.

Eduardo: Tem também uma questão logística de backup, né? Quer dizer, você tem que fazer os backups, e os backups você tem que ter um lugar para guardar as fitas de backup. E não pode ser no mesmo site onde está o ambiente, porque se você tiver um desastre, você perde o ambiente e o backup, né? Então, mais complicações aí físicas, que não existe mais na Cloud.

Perrott: Mas Edu, não é só tirar a fita da tape, e botar em cima não, do hack, e estava lá, tudo certo? Não era assim não?

Eduardo: O pessoal, no meu tempo, o pessoal brincava que para guardar as fitas de backup, usava protocolo KV KV. Kombi vai, Kombi volta. Tem que ser Kombi para levar. Manda a fita em uma Kombi, leva.

WP: Isso que eu ia te falar. DPC, DPL. Só mudava o momento, né?

Perrott: Exatamente. Mas curiosidade minha, para os três mestres aqui, que tem bastante contato com bastante projetos. Nesse tema do backup. É comum o cliente de vocês, ou verem o cenário e falarem, “não, já que eu estou em nuvem, eu já tenho um backup?”.

Ibanes: Existem visões erradas nesse sentido, né? Você achar que está em nuvem, e tem aí sim por default por armazenamento, a nuvem em Oracle, está em 3 locais. Isso acontece mesmo. Contudo, isso não é uma retenção regulatória. É uma retenção para algum momento de desastre, naquele sei lá, naqueles dias que antecederam a falha. Então a recuperação é de curto prazo. Agora, se você pensa em clientes como esses grandes, a problemática é o regulatório. Então, qual é o regulatório que encaixa cada cliente desses? Nós temos indústrias de [TELCO], né, que eu e o Eduardo trabalhamos aqui, por exemplo, que fala de 10 anos de retenção. E dependendo do caso, quando tem situações de Polícia Federal, que acontece também, esse negócio pode chegar a 30 anos. A dica pessoal. Dá para recuperar sua ligação, sua mensagem, de 30 anos, tá? Cuidado.

Eduardo: Uma coisa que eu vejo também, muita gente confundindo, e aí não tem a ver só com Cloud, né, mas conceitos. Justamente a pessoa pensa, quando você pergunta de um backup, ou começa a discutir backup, o cara pensa no espelhamento da informação online, e acha que aquilo é um backup. Ou seja, o meu disco é espelhado, então, eu tenho 3 cópias, em 3 discos diferentes, isso aí nunca vai falhar. Isso aí é backup. Não, não é backup, justamente porque você tem a informação online. Você está garantindo que o dado não vai ser perdido por uma falha de hardware, etc. Mas, se você precisar voltar a informação de 1 ano atrás, de 10 anos atrás, ou voltar enfim, no fechamento anterior, para criar um ambiente de desenvolvimento, obviamente a informação atual não te resolve, você precisa de backup.

Ibanes: Fazendo até um adendo a isso Edu, nós tivemos clientes que saem de um cluster on premisse, e acha que não, eu vou para a nuvem, eu vou colocar numa VM simples lá, e eu estou…

Eduardo: E vai resolver, sim. É um problema que a gente tem tido bastante em discussões com clientes, cara.

Ibanes: Exatamente. E é comum, porque assim, claro que na nuvem, os grandes players, eles colocam, embaixo tem uma série de servidores, em cluster, toda aquela segurança. Porém, logicamente é uma só. Então, se você cria, por exemplo, falando um pouco de banco de dados, agora entrando um pouquinho mais no detalhe. Se você cria um banco de dados, e você cria, por exemplo, agora mudando um pouquinho para DR. Vou criar o meu DR. Então, eu tenho dado na produção, e tenho dado online lá no DR, aplicação online. Aí, não se preocupa com backup, porque ah, eu tenho outro data center que seja, ou em outra VN, ou em outro exadata, a replicação online. Ok. Aí vem o que o, se não me engano, foi o Vini que comentou, sobre o… não, foi o WP, sobre a oitava ali. A pessoa vai lá e faz um update, sem ware, alguma coisa do tipo, não fala na hora para o parceiro, que tem que recuperar o dado. Ou, ele não tem parceiro, não tem backup, e aí automaticamente vai para o DR. Perdeu o dado. Você tem uma série de cluster embaixo, você tem uma coisa lógica, e você tem o DR do outro lado, que está replicando tudo o que você faz. Então, se você não tem uma política boa de backup, você perdeu aquela informação. Então, tomem cuidado com isso, isso é um tema bem importante, conte aí conosco para passar conhecimento, e para apoiar. 

Perrott: Bacana, bem lembrado.

WP: Voltando ao FinOps, né pessoal, porque assim, eu já vi muito projeto, onde o CEO ele dá um rolback, ou ele, poxa vida, tenho que passar o chapéu de novo lá na diretoria, para pegar mais dinheiro, para poder pagar a operação em si, né? Porque não conhece as capacidades de Cloud, né? Então, quando eu falo especificamente do Oracle Cloud, pessoal, e isso o insucesso acontece quando eu prevejo que eu vou gastar 10, e gastei 20. Embora a Cloud tenha alertas, posso tagear, posso fazer compartimento, posso controlar meu, milhões de níveis, milhões mesmo, tá? Se eu fizer uma matriz lá vai dar um número gigantes, de situações que eu possa controlar, o cliente ele opta por não fazê-lo inicialmente, deixar rolar solto, porque ele quer velocidade no move to cloud. Ok, pode ser que nesse momento, a gente abra mesmo a condição disso. Mas, o que acontece em um segundo momento, é que ele continua desse jeito, ele não aprende. Então, o caso do OCI, nós temos alguns modelos de alocação. Tem o modelo chamado pre emptive, né, que são maquinas, serviços de maquinas virtuais, que vão nascer, e vão morrer. Ou seja, ele não dá uma garantia, que aquela máquina virtual vai acontecer, vai acontecer mesmo. Ou seja, ela é mais para um desenvolvimento, ou era e-commerce, coisa assim. Mas, ele faz escalabilidade horizontal, né? Você tem o burstable, que é um outro tipo de máquina virtual, que vai fazer um fracionamento da sua máquina monolítica, ok? E vai começar, ou colocar ela em frações. Subir ela em frações para você. E você só vai cobrar, a Oracle só vai cobrar a fração dessa máquina para você, de você. Então, esses dois. E o terceiro, que é o dedicado. O que que o pessoal faz? Vai tudo no dedicado, 100% no dedicado, 100%, usou, não usou, está lá. Cara, isso não é Cloud. Nós temos que entender que Cloud, é elasticidade do recurso, aonde eu posso ter situações que um bursle me ajuda muito, que eu tenho lá um monolítico, um legado que ele é uma estrutura única, mas, eu consigo fracionar dentro da minha máquina virtual, ainda fracionar ele. Ou eu tenho Cloud Native, consigo usar um preemptive, para fazer escalonamento horizontal desses recursos. E as pessoas não olham isso, não aprendem isso. E vai acontecer que você perde totalmente a razão do controle, você não tem ferramental. Então, uma coisa que a gente viu muito, que o OCI, vamos falar de um ano para cá, aumentou muito essas possibilidades. Eu tenho discos, discos não, volumes de armazenamento, que eu vou performar mais ou menos, mudando um parametrozinho, chegando a 300 IOPS, por unidade, por volume. Então, isso tem que ser usado. Mas, a gente vê que as pessoas procuram muito mais o conforto, ou seja, trazer a TI antiga para dentro do modelo novo, chamado Cloud.

Aí vocês veem também, Ibanes e Eduardo, como é que vocês veem essa parte dos clientes de vocês?

Eduardo: Sim, à parte desse aprendizado, dessa mudança de mindset, né, que o cliente não tem, né? Então, as vezes o cara decide se mover para cloud… Eu vejo assim, isso acontece na TI desde sempre, né? Muitas vezes o cliente decide ir para a Cloud, mas, ele nem sabe muito bem porque que ele quer ir para a Cloud, né? Ou seja, ele está tomando a decisão certa, mas, às vezes, sem saber exatamente o que que a Cloud pode oferecer para ele, quais são os desafios, quais são as vantagens. E aí ele chega em um mundo que ele está totalmente despreparado, né? Não conhece, não sabe como funciona, não sabe como utilizar da melhor maneira possível. E aí tenta construir aquele mundo que ele já conhecia, nesse ambiente novo. E aí obviamente ele não vai aproveitar nenhuma fração daquilo que a Cloud pode oferecer. Então, é questão de educar realmente as pessoas, para elas entenderem desde o básico. Como o WP falou, muitas vezes o cliente tem que começar desde o básico. Entender o que é um IAS, entender o que que é um PAS, etc. As diferenças, os desafios, as vantagens, a escalabilidade, o que que traz de bom, o que que traz de desafios, de custos se você não gerenciar direito. Tudo isso que a gente tem falado, para então ele começar a visualizar como é que ele pode usar todo aquele novo aparato, né, para fazer o negócio dele funcionar melhor. É uma curva de aprendizado, que muitas vezes deveria ter. Muitas vezes não, deveria acontecer antes, mas, muitas vezes não acontece. Aí você tem que começar junto com o projeto, né?

Ibanes: É isso aí. Até colaborando um pouco mais com essa informação. Um caso recente, inclusive hoje pela manhã tive uma reunião com esse mesmo cliente. Muitas vezes, o projeto não viabiliza por esse pensamento. Vamos colocar um exemplo aqui. Digamos que você tenha um cluster de máquinas físicas, que tem ali no total 60 Core. São 6 processadores Deca Core cada um, 60 Core. Aí você tem a virtualização. Aí quando vai, aí ele passa para nós, orçarmos, fazermos um projeto, 480 VCPUs. Como? É isso mesmo, 480 VCPUs. Não, eu quero isso na Cloud. Não, 480, então dá um projeto monstruoso. Só que aí quando começa a entrar no detalhe, a gente conseguiu reduzir 50%, não diria 50, mas, 40% do valor inicial, só conversando, fazendo assessment, e mostrando para ele que aquilo que ele acha que ele tem, na verdade, ele não tem. É o efeito ballon. Você começa a criar maquinas e maquinas, ilimitadas, um monte de VCPUs, sem a necessidade. Porém, você não tem a performance necessária, porque não é dedicado. Porque a máquina física, tem muito menos recurso do que a sua máquina lógica. Então, quando vamos para a Cloud, a gente tem que pensar nisso também, né? E aí entra o conceito que o WP acabou de explicar. Que aí você tem que ver a potência do processador, a potência do processador de origem versus o destino. Se é dedicado, se não é, se é [burstable]. E aí vai afinando, refinando o projeto, e aí sim salvando dinheiro no final, e salvando projeto.

WP: Exato. Ibanes, nessa linha também cara, tem aquele monte de tipo de processadores que você citou há pouco. Nós temos aí o mais moderno processador da Intel já operando no OCI no Brasil. Nós temos o arm, o ampere, o A1. Cara, sabe quando custa a hora de processamento dessa tecnologia? 1 centavo de dólar a hora. Por que a gente não usa? Porque a gente não conhece, porque a gente não vai atrás. Porque, sabe, então assim, tem muito preconceito ainda contra coisas novas. Embora a pessoa fala, “não, nós somos… todo mundo aqui é moderno, todo mundo aqui está indo para a Cloud”. Cara, não é modismo, nós temos que estudar direitinho, saber o que está acontecendo. Inclusive, comparar entre os players, porque a solução da sua situação pode ser útil em Cloud. E não tem problema nenhum, não tem problema nenhum, tá? Agora, você ir para uma situação outra sem conhecer, você pode estar piorando a sua situação, e não melhorando. Aí aquele insucesso que vem de novo. Passa pela capacitação, não tem jeito de não passar por ali.

Perrott: E pegando só um gancho do que você falou agora WP, acho que a computação em nuvem, ela habilitou muito o aprendizado contínuo. Porque eu costumo até dizer, que o profissional de tecnologia da informação, ele tem que ter uma caneta bic, uma tampinha de uma caneta bic, apertada no botão F5. Tem que estar atualizando todo dia, refresh todo dia. Porque como você citou, poxa, se já tem novos processadores da Intel, com a mais alta tecnologia, se tem o processamento, já tem os processadores Arms, poxa, porque não já experimentar? Porque acho que isso que é o bacana da Cloud também, poder experimentar rápido, que acho que é o que vocês também veem muito no caso de clientes. Se você pode experimentar rápido, você decide tecnicamente, e de negócio, se aquilo ali vai te ajudar ou não naquele momento. Eu acho que no meio tradicional de tecnologia da informação, testar qualquer coisa, era muito difícil, era muito moroso. E de fato, nunca era um teste. Era uma pequena demonstração ali, jogo rápido. Mas, em Cloud e no OCI, você poder criar rapidamente um ambiente e definir um plano, um projeto com um time. “Olha time, a gente vai testar durante 15 dias. Presidente, vai lá desenvolver um budget para a gente fazer um teste aqui. Esse teste, é um teste guiado, tem aqui ajuda de um time especialista da Oracle, e tudo mais”. Faz sentido também, para evitar tantas caneladas que a gente vê, e já conversamos por aqui. Faz sentido a gente criar essa cultura de teste, dentro do ambiente em Cloud? Teste para experimentar novas tecnologias que estão surgindo, que as vezes não está no radar, mas, surge coisas novas. E também teste para ver se faz sentido migrar, de repente, de uma arquitetura, ou de um tamanho de máquina, que agora era mais Core, de repente com menos Core, menos processamento, eu posso ter uma otimização? Faz sentido ter a cultura de teste implantada?

WP: Com certeza. Aí vou deixar até essa pergunta aí para o Ibanes. Eu queria muito ouvir a opinião do Ibanes, sobre essa situação Ibanes, com os clientes que você atua, de teste, cultura de teste, enfim, cultura do “vão testar o airbag do meu carro comigo dentro”. Como que é isso?

Ibanes: Boa. A gente…

WP: Só corrigindo. Não é comigo dentro, é com o seu cliente dentro, tá?

Perrott: Ok, ok.

Ibanes: A gente trabalha bastante nessa questão de levar conhecimento, levar novidades para os clientes. E teste, esse é um ponto interessante, porque quando você fala de teste, no primeiro momento, você fala, “não precisa de muita performance”. Pode ser qualquer coisa. Eu posso pegar o meu legado do legado lá, e usar ele como teste. Mas, o que vem acontecendo hoje em dia, é que na hora que precisa de fato testar um sistema, e isso aconteceu, eu tive uma reunião ontem sobre isso. Eles chegam para nós e falam, “Ibanes, eu preciso de mais performance, eu sei que não é produção, eu sei que a gente não tem budget para tocar igual a produção, mas, eu queria mais performance durante essa semana, porque eu preciso entregar um teste aqui de contabilidade, um reprocessamento, alguma coisa, e deste modelo vai demorar muito”. “Então tá bom, com isso aqui a gente consegue simplesmente trocar o seu processador em um reboot, aumentar o processador você vai ter o valor por hora”. E aí existe uma decisão, aí entra, se nós vamos fazer com Intel, nós vamos fazer com o AMD, e aí a gente vê os aspectos dos dois, e os preços, e tudo mais. Sobe, utiliza, acabou? Acabou. Baixa, e economiza o dinheiro. Então, aí nesse assunto também, eu gostaria de ressaltar aqui, porque antigamente a gente brincava muito que o AMD a gente não comprava, porque ele consumia demais energia, ele esquentava demais, tinha que colocar um ventilador no computador. E aí a Oracle ela quebrou esse paradigma, porque a gente vê nos projetos, já faz anos que a gente vem utilizando processadores AMD da Oracle, porque a gente vê uma performance excelente, muitas vezes melhor do que o Intel, né? Tirando esse Intel que acabou de sair, que ele acabou de sair, então, ele é extremamente rápido. Mas também tem um valor diferenciado. Os AMDs, a gente faz uma conta, por exemplo, na hora de decidir, sai um processador novo na Oracle. Olha, agora o E3, agora o E4. A gente leva para o cliente, “olha, o E4 ele passou de 2.0, para 2.23 no E3. O de 2.23 para o 2.55 gigahertz no E4. E a gente não tem a preocupação de esquentar ou não, porque essa preocupação é do Data Center. E pelo mesmo valor. Então veja, a gente subiu o processador, vamos dizer assim, em 1 ano vai, para não falar 6 meses. Em 1 ano, de um processador de 2.0 gigahertz, para 2.55 gigahertz, que entrega na hora do necessário, 3.5 gigahertz de turbo.

Então, são decisões importantes, que a gente tem que tomar, na hora de entregar o desempenho, e também na economia do dinheiro, né?

WP: Edu.

Eduardo: Importante falar também, que na Cloud, essas mudanças, né, mesmo de linha de processador, ou de família de instancia, são muito fáceis, né? Então, simplesmente configuração. Você entra na configuração da VM e diz, agora essa máquina não vai mais ser no tipo tal, vai ser do tipo tal. Aí dependendo do tipo, você precisa fazer um shutdown ou não. Mas, é muito fácil fazer isso. Antigamente, era desligar uma máquina, tirar do Data Center, etc. Então, hoje em dia, se acha que uma máquina, fez uma análise, acha que uma máquina, um novo tipo de VM vai te atender melhor, é muito fácil você fazer um teste. Faz a configuração, testa, não deu certo, não foi bom. Claro que você vai fazer isso em um ambiente que não seja produtivo, em um primeiro momento. Se o resultado foi bom, você mantém, e aí programa para fazer isso nos ambientes altos, produtivos. Se não foi o resultado por qualquer motivo satisfatório, analisa porque, e volta.

WP: Inclusive tem uma coisa que eu queria colocar aqui, que aconteceu comigo semana passada, um cliente, que eu não posso falar o nome de cliente aqui. Mas, é um grande cliente de um mercado brasileiro, que teve uma situação de instabilidade no ambiente de Cloud dele. E assim, a primeira coisa, nós temos que provar que não somos nós os culpados do problema. Cara, é uma coisa de louco. Depois de uma noite, ou pouco mais que isso, debruçados sobre as configurações, e teste, tudo mais, descobrimos que o problema estava no fornecedor de firewall. Então assim, você imagina o que é isso. Então…

Eduardo: Nem fala essa palavra, que quando eu ouço isso ultimamente, dá até um arrepio.

WP: Então cara, a gente começa a ter essa cultura também. Você colocou na Cloud, não quer dizer que você não é responsável, e nem os outros fornecedores não são. Cara, todo mundo é. O que acontece, é que muito do insucesso, está porque você tem no seu mindset, que o problema é de outro. Então, você terceirizou o problema. Cara, na minha visão, não é essa a saída. A saída sim, é um diagnóstico conjunto, é todo mundo debruçar, entender, e como chegou nesse ponto aqui, nós… Olha só o que aconteceu. Removemos o firewall da configuração, meio que colocou todo o sistema do cara, nosso cliente, de peito para o mundo. Claro, colocamos as restrições todas de security list, de scanner vulnerabilidade rodando, um monte de coisa, para poder evitar qualquer situação. Mas aí colocou, devolveu aquele firewall para o fornecedor do firewall, e ele descobriu. “Então, vocês estão usando aqui uma porta que não é esta porta para ser usada. Esta porta só pode usar para gerenciamento do próprio firewall. Vocês estão usando para gerencia das suas operações”. Então, entrou um problema que não era previsto, e caiu tudo. Mas, até descobrir isso, foram 3 dias, tá?

Ibanes: Até adicionando mais informação nisso. Eu fiz uma POC, eu e minha equipe, nós fizemos uma POC no último mês, também não posso citar nomes. Mas, é uma POC o seguinte. Olha, a gente compra o projeto, desde que vocês repliquem aqui, faça a replicação com RPO desejado. Ok, a implantação é fácil, implanto em 1 semana, menos até, e está tudo certo a POC, e já dá para assinar. Ficamos 30 dias brigando, brigando assim, entre aspas, né? Brigando com a aplicação, que é uma aplicação que faz o DR, né, tentando copiar. Aí chegava um determinado momento, caia, não replicava. E aquela… fizemos tudo, e tudo era culta ainda, como você mencionou, nossa, da arquitetura, de software, de aplicação, da rede, da nuvem, da Cloud. E a gente falando, “olha, está caindo, a gente está sendo derrubado na hora da cópia”. “Não, mas aqui não é, a gente já desabilitou os antivírus, e tudo mais. Não tem firewall, só tem a VPN”, de um fornecedor de firewall também. E daí até que um dia, acho que houve muito, depois de provar N coisas, né, decidir olhar a VPN do lado do fornecedor de firewall. E não era que era lá. De um dia para o outro, finalizamos a POC. Demorou 30 dias, horas e horas de profissionais, os mais gabaritados, e também de suporte pessoal do software fica na Califórnia. Então veja, a quantidade de prejuízo, por conta que a pessoa, o cliente, não aceitou em um primeiro momento, que poderia ser lá. Então é isso que o WP mencionou. A gente precisa olhar para fora da caixinha, né? Fora ali, olhar em um todo.

Eduardo: Outra coisa que eu vejo assim, que traz muitos insucessos no meio do projeto, que acaba trazendo atraso, e transtorno, etc., até você chegar na solução, e resolver todos os problemas. É que, normalmente, todos os clientes têm muitas aplicações legadas, né, então que vem lá de trás, de anos e anos. Que o cara que desenvolveu, ou que cuidava, saiu da empresa. E ninguém tem muita documentação. Ou, se tem a documentação, não está atualizada. Então, ninguém sabe muito bem que aplicação conversa com que aplicação, que porta que fala, que DBLink com qual banco que tem. E aí muitas vezes, liga com a coisa do teste, que muitas vezes, infelizmente, as pessoas testam aquilo que está no escopo delas, mas não testam tudo o que deveriam. Aí só percebem os problemas, na hora que você vai fazer a migração. E aí enfim, causa um monte de transtorno, rolback, arruma, verifica. Encontra o problema, faz de novo, etc. Então, se puder dar uma dica aí, de preparação antes de qualquer projeto de migração, ainda mais em Cloud, é revisar toda a documentação, e já, se tem falha, começar a trabalhar o mais rápido possível, em atualizar, ou criar documentação, verificar interoperabilidade entre os sistemas, para que tudo funcione quando for migrado. Porque isso também implica em planejamento da migração. Porque se você descobre que um sistema A, fala com sistema B, então, de repente, você vai ter que migrar o sistema A junto com o sistema B. Não pode migrar separado, porque aí se você migrar separado, você vai ter um on premisse, um… Na Cloud, você pode ter outros tipos de problemas, dependendo de como esses sistemas interagem, né? Então, mais uma vez, cai em planejamento e documentação é uma parte muito importante disso.

WP: Massa. Eduardo e Ibanes, né, de duas empresas aí, grandes consultores de sucesso em cima do uso do Cloud Oracle né. Como é que vocês estão vendo também a ida para a Cloud, mas, no viés não só da tecnologia, tá? Mas, do social, da abertura de oportunidades. Até porque nós estamos transformando muitas pessoas, a cabeça de muitas pessoas, vamos dizer assim, e isso tem uma pegada social importante. Isso é uma coisa que eu queria saber de vocês, nos seus mercados, como é que isso está acontecendo. Eu sei que na Oracle está absurdo. A gente está fazendo, realmente, fazer parte do mundo real. Embora subscrevendo Cloud, estamos fazendo parte agora, muito mais do que éramos sei lá, 40 anos de história da empresa, tá bom? Nos últimos 6 anos, nós estamos mais dentro do mundo real. E outro ponto pessoal, é como é que é essa questão ambiental com a Cloud. E aí eu vou deixar essa parte de certificações ambientais, eu vou colocar por último, porque eu tenho decor elas, do que a gente faz. Mas, como é que está para vocês. Se isso também está sendo um motivo de venda dos seus serviços em Cloud.

Eduardo: Do meu lado, eu ainda não tive a experiência de receber, por exemplo, uma demanda de um cliente perguntando assim, se no projeto, tipo, se a energia é verde, ou não. Mas, sem dúvida, isso é uma preocupação que está premente em todo mundo, e no mundo inteiro. Então, a minha empresa, a Accenture, está sempre também, assim como a Oracle, e todos os outros grandes players estão se preocupando, e tentando demonstrar todas as iniciativas que estão fazendo para consumir menos energia, ou utilizar energia renovável. Pelas notícias aí de aquecimento global, e de tanta coisa que está acontecendo no mundo, todo mundo tem isso acho que um pouquinho na cabeça, né? Então, se um cliente ainda não chegou, de repente, no meu caso, dando o meu depoimento, não chegou ainda perguntando sobre isso, acho que não vai demorar muito para perguntar, porque isso está na cabeça de todo mundo. Então, acho que é importante, e todas as empresas grandes tem feito isso, né, se antecipar a essa demanda, e demonstrar o que está fazendo para diminuir o footprint do consumo de recursos naturais que são finitos, e tudo mais. Eu me lembrei agora de um caso, que veio bem à tona aí, a coisa de alguns meses atrás, a questão de consumo de energia, por exemplo, com o bitcoin. Então, todo mundo tem acompanhado essas notícias, e visto essa discussão né? O Elon Musk, alguns meses atrás, falou que a Tesla não ia mais investir em Bitcoins por causa do consumo de energia que o Bitcoin causa, né? E aí depois, enfim, isso levantou de novo uma discussão sobre consumo de energia, né? Então, sem dúvida, é uma preocupação que todo mundo está na cabeça. Acho que ainda mais no Brasil, onde volta e meia a gente tem apagões, e questões de energia. E aqui nos Estados Unidos também questão de energia, por questão de custo. E aqui, como precisa muito de energia, por exemplo, no inverno, para aquecimento e no verão, para refrigeração, né? Então, acho que o consumo de energia e utilizar cada vez mais energias renováveis né? Solar, hidrelétrica, e outros tipo que existem, eólica, ao invés de consumir energia, por exemplo, baseada em óleo, em combustível, em carvão, e tudo isso, sem dúvida, é uma preocupação que está na cabeça de todo mundo. A gente quer um futuro melhor para os nossos filhos, a gente quer mais do que um futuro melhor, a gente quer um futuro para os nossos filhos. Que exista um futuro.

Ibanes: É, aqui também, falando a opinião pessoal aqui, nós não tivemos muitos clientes perguntando também sobre especificamente sobre a energia renovável, se a Oracle utiliza. Eles estão mais preocupados, sendo bem honesto aqui para vocês, em, eu vou deixar de consumir aqui, porque imagina a quantidade de legado, maquinas, e isso já é um bom motivo. Porque os clientes, cada vez mais, têm legados, maquinas antigas, velhas, que ficam ligados justamente para legados. Então, isso consome muito mais energia. Diariamente, fica ligado 24/7, porque ele não está, entre aspas, pagando por aquele equipamento, está pagando pela energia. Quando vai para a nuvem, então ele não se preocupa na economia de dinheiro da nuvem, mas, ele se preocupa com a economia de dinheiro dele. Então, e pensando friamente, analisando o tema, quanto mais clientes fizerem essa movimentação, imagina a quantidade de maquinas antigas. É igual geladeira antiga, um freezer antigo, uma geladeira antiga, que você deixa ligado para colocar cerveja lá, que ela fica trincando, né? Mas, fazendo uma analogia assim, a gente tem máquinas que consomem muito mais. E as maquinas novas, quanto mais maquinas novas, mais novas forem, menos consumo tem. Então, quando parte para a nuvem da Oracle, que está em constante renovação, a gente acredita sim, que tem um consumo menor. E aí eu pergunto, e passo a palavra para o WP, para informar o que que a Oracle está fazendo a respeito, o que que a Oracle pensa desse tema, né?

WP: Legal, obrigado Ibanes. Olha só, me sinto muito orgulhoso em falar. Eu tenho, ao contrário aí um pouco de vocês, né, eu tenho colocado isso nas minhas apresentações, justamente para dar aquele orgulho na participação do cliente. Olha, seja nuvem Oracle, ou qualquer outra nuvem, a pegada é muito parecida. Todas as nuvens, trabalham para ter uma pegada ambiental, um carbono menor, do que antes quando não existia a nuvem naquele projeto, ok? Então, no caso da Oracle, hoje, 59% da energia mundial, então não é Brasil, mundial, é renovável. No Brasil, esse número é muito maior, tá? E nós queremos chegar a 2025 com 100% da energia renovável dentro da nossa operação de cloud, tá? O compromisso, ele está assinado. Nós somos parte do consorcio Green Cloud, então assim, é um consorcio onde hoje driva toda a operação das grandes Clouds, para esse universo mais da pegada carbono menor, tá? Menor emissão. Mas, isso também não é só, né pessoal? Nós temos aqui um programa social chamado Oracle One, que nós treinamos alunos de universidades e colégios, em tecnologia. Então, a gente tem uma brincadeira aqui na Oracle que é a seguinte. Cada contrato que nós firmamos, nós destinamos verba suficiente para treinar 10 alunos. Então você imagina que isso aí, em uma escala do nosso ano fiscal, que vai de junho a maio, isso dá milhares de pessoas sim, tá? Então, não interessa nem valor do contrato. Destina esse valor para que seja treinado. Outra questão, é que a gente está sempre fomentando o conhecimento de uso de Cloud, em especial o Cloud, claro, para que as pessoas possam aprender a usar, e evitar os insucessos que a gente comentou aqui, né? Muito disso, né Ibanes e Eduardo, a gente está fazendo semanalmente. A gente insiste em fazer, tá? Porque a gente sabe que o fruto disso, é o melhor uso, uso consciente. Logo, uma pegada carbono melhor, logo uma participação menor financeira, né, do consumo dessa Cloud, que vai reverter para acionista, para sociedade, para melhor pagamento das pessoas. E é esse um dos objetivos principais que a empresa tem aqui também. Não é uma operação apenas capitalista. É uma operação social também, a gente tem certeza disso.

Perrott: Cara, isso é bacana. Isso que você falou, WP, ainda mais ter a certificação, não sei se quem está nos acompanhando aqui no nosso PodCast, só para reforçar. A certificação é aquela que uma outra empresa, né, uma empresa não necessariamente a Oracle, garante que vocês seguem os melhores padrões e processos. Então, para quem nunca soube de nada, o que que é uma certificação, é exatamente isso. Empresas de cunho internacional, que certificam o processo que a Oracle executa. Isso dá mais transparência, e obviamente, traz segurança sobre toda essa camada que está falando, sobre footprinting, e tudo mais, que é superimportante ter esse equilíbrio. Afinal de contas, nada melhor do que você ter um consumo consciente também em Cloud. Isso, consumo consciente, tem que ser parte do seu business, parte do seu negócio, e da sua estratégia. Mas bacana, bacana. Pessoal, mais algum case para a gente compartilhar, ou já deu? Eu sei que tem assunto, viu?

Ibanes: Assunto tem bastante. Se tivesse uma cervejinha do lado então, um boteco, aí o assunto ia longe, né?

Perrott: Até minha garanta ia parar de cocar.

Ibanes: Até compartilhando, só para finalizar então esse assunto, né? O que a gente tem assim, a qualidade de vida, honestamente falando aqui, quando você tem a arquitetura em Cloud, você consegue prover uma qualidade de vida, você consegue, com seus colaboradores, eles podem trabalhar até mesmo morando na praia. Antigamente não era possível. Mas, como está tudo conectado, basta ele ter uma internet boa, ou um colaborador de uma empresa, seja até mesmo do RH, hoje em dia está muito facilitado isso né? O home office. Então, quando está na nuvem, inclusive arquitetura, fica muito mais fácil. Então, a qualidade de vida melhorou, tá? Honestamente falando aqui. A gente aqui na nossa organização, a gente tem um incentivo, falando um pouquinho de incentivo, que a pessoa começa como monitor, e a gente vai capacitando essa pessoa para ir subindo de níveis, dentro da empresa. A gente também gosta de prover, né, vouchers de prova, e certificações e cursos, para tirar essas cerificações que tanto nós estamos falando aqui, porque é muito bem-visto no mercado, para nós, e nossos clientes também.

Perrott: Bacana, bacana, legal. Pessoal, eu queria agradecer muito a participação. Acho que o principal objetivo desse episódio é deixar bem claro para quem está nos acompanhando, de que toda e qualquer jornada tem sim seus tropeços, mas, nada melhor do que cuidar, e conhecer profissionais, e empresas que já passaram por esses tropeços, para evitar que você também sofra esses desencontros no ambiente, e principalmente na sua jornada em Cloud. Mas, saber que lições aprendidas, são convertidas em excelentes aprendizados, e excelentes jornadas. E nada melhor, reforço aqui, nada melhor do que contar com a participação desses feras nessa jornada, para trocar uma ideia, uma experiência, saber quais são os caminhos mais saudáveis, menos turbulentos, para você conseguir atingir seus objetivos. Eu queria aqui já me despedir do Ibanes. Ibanes, muito obrigado pela sua participação aqui no nosso episódio.

Ibanes: Eu que agradeço ter participado desse episódio com um assunto um pouco diferente, mas, muito legal, muito bacana mesmo. Agradeço aí a colaboração do Eduardo, do WP, e você Vinícius, muito obrigado por ter nos convidado a compartilhar alguns assuntos até mesmo engraçados, e outros muitos importantes também. 

Perrott: Eu que agradeço Ibanes. Muito obrigado mesmo. Edu, queria agradecer muito aí a sua participação aí no episódio, conteúdo importantíssimo. Obrigado pela participação, viu.

Eduardo: Obrigado, prazer é meu. Só comentar que o Ibanes falou que a gente dá risada. A gente dá risada agora. Mas, na hora que o problema acontece, a gente está tudo de cabelo em pé, para resolver. Depois a gente dá risada conversando no bar. “Você acredita que aconteceu tal coisa”.

Perrott: Verdade, verdade. Esse é o momento. Vamos rir agora, vamos aproveitar. Mestre WP, obrigado pela sua participação viu?

WP: Eu sou grato ao Eduardo, ao Ibanes também, ao Vinícius. Eu vou dizer para vocês uma coisa que plagiando uma outra indústria, que fala assim, não pratique automedicação, procure seu médico. Ou seja, não pratique qualquer arquitetura, procure seu arquiteto.

Ibanes. Boa.

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Até o próximo episódio do Papo Oracle Cloud!

Veja os outros episódios da Minissérie Papo Oracle Cloud 

 

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    Papo Oracle Cloud T2 06 – Move2Cloud: os insucessos antes do sucesso
    Vinícius Perrott

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