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FinOps – Gestão Financeira da Nuvem

Vinícius Perrott 2 de novembro de 2021 4872 18 3


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Vinicius Perrott: Seja bem-vindo ao Veezor PodCast. Olá, você que segue aqui a nossa minissérie, nesse bate-papo, eu conto com a presença do Gustavo Ribeiro e do Diogo Dantas. Gustavo seja bem-vindo.

Gustavo Ribeiro: Obrigado. Valeu.

Perrott: Diogo seja bem-vindo.

Diogo Dantas: Obrigado pelo convite.

Perrott: Pessoal, a gente vai falar de um tema que é importante, que é gestão financeira em nuvem, que é algo que já é praticado no ambiente on premise. Porém, em nuvem, com o advento e a escalabilidade, esse processo ganhou um nomezinho diferente um nome chamado de FinOps. Primeiro, explica que danado é isso? O que é FinOps?

Gustavo: FinOps basicamente é o termo que a gente utiliza, onde você vai juntar o conhecimento operacional, por isso o Ops. E o conhecimento financeiro. Então hoje, dentro do mundo da computação em nuvem, onde as pessoas que operam, estão ao mesmo tempo operando e encontrando recursos na nuvem. Porque a nuvem é isso: você basicamente paga por aquilo que você utiliza. Então, toda vez que você tomar uma decisão sobre um novo recurso, você está comprando nuvem. Então é muito importante a pessoa que está no operacional também ter a consciência financeira sobre aquele recurso que ela está subindo, para evitar, inclusive, algumas surpresas desagradáveis, que a gente vê. Infelizmente, mais do que a gente gostaria. De pessoas que acabam subindo recursos sem saber quanto aquilo custa. De repente, vem uma conta enorme. Então, FinOps basicamente é isso: é você ter a cultura financeira dentro do meio operacional e saber quanto custa cada coisa que você está subindo e por que você vai subir, dentro daquela estratégia.

Perrott: Só fazendo um ponto atrás. Antigamente, na gestão financeira do ambiente on premise, ele era muito baseado em ciclos. Você tinha que completar aquele ciclo. Só para explicar para quem está nos acompanhando. Você comprava um storage. Ou você usava 100% dele no planejado, três anos, cinco anos. E ali aquela compra era efetivada. Era concluída a compra, mais o uso técnico. Se, de repente, você usasse mais num período menor, você tinha que fazer uma aquisição mais rápida. Então, normalmente, esse movimento financeiro no ambiente on premise só acontecia nesse ciclo. O que você me falou Gustavo é que o ciclo agora é muito mais rápido. Porque eu posso fazer ajustes, literalmente, em tempo real, ajustes técnicos que possam refletir diretamente na minha conta, no final do mês. E isso gera uma necessidade diferente entre a equipe técnica o gestor financeiro. Eles têm que se comunicar mais rápido. Esse ciclo então – é o que você está falando – de eu ter essa capacidade de ajustes em tempo real. É isso?

Gustavo: Isso. Você vai ter ambientes que se ajustam automaticamente. Aí você automatiza a compra. Mas também essa fase anterior, de tomada de decisão financeira, ela vai muito ali da equipe técnica que vai provisionar esse ambiente. Então, eu diria que o primeiro ciclo acontece quando você está pensando a arquitetura, tanto com o time de infra, quanto o tive de dev. Então as decisões da arquitetura da aplicação no desenvolvimento. E as decisões do time de infra, nos recursos que ele vai subir; vai impactar bastante em como vai se gastar recurso. Como vai se gastar em nuvem. Então, essa estratégia, a grande vantagem em relação ao ambiente on premise é porque você pode errar. E você facilmente consegue consertar esses erros. Porque basicamente, você pode alterar qualquer peça ali on demand. Mas é muito importante você pensar na arquitetura da aplicação antes, porque, com uma pequena mudança de estratégia, como você vai consumir um tipo de recurso, pode fazer diferença de milhares de dólares. Então, é muito importante nessa primeira fase você ter essa visão de: aquela estratégia, quanto é que custa? Quais outras estratégias? Quais outras arquiteturas eu poderia adotar, que poderiam custar menos? E os próximos ciclos, basicamente, eles são: acompanhar o amadurecimento desta aplicação a novas funcionalidades, novos recursos. E as gerações de recursos que vão sendo disponibilizados na nuvem. Então, da mesma forma que no on premise, vão surgir novos processadores, novos discos, com mais capacidade, com mais velocidade. Isso também vai surgindo na nuvem. Então, a equipe precisa revisar tanto a sua estratégia de arquitetura, quanto também a geração dos recursos que você está utilizando.

Perrott: Agora vamos lá: como é que eu economizo efetivamente em nuvem?

Diogo: Você tocou num ponto crucial agora. Porque realmente, a gente tem uma mudança de paradigma na questão financeira da TI, com a nuvem. Antes se pensava realmente nesses ciclos. Você comprava máquina, renovava data center. Aumentava o storage, etc. Tudo isso levava um tempo para ser feito. E uma quantidade enorme de recursos de capital, que a gente chama de CAPEX. Então, para você ir para a nuvem, você tem que entender esse novo paradigma. Que agora, você não vai ter mais o seu investimento de capital em TI. O que era investimento de capital passou a ser investimento, despesas operacionais. E para você conseguir gerenciar isso, a nuvem te dá diversas ferramentas: dashboard de visualização, gráficos. Alarmes, quando você está gastando acima do que você precisa. Tudo isso, a nuvem te dá. E para economizar, além de você ter um monitoramento ativo em cima disso, a partir das ferramentas que a nuvem te dá e entender como funcionam os seus workloads – o Gustavo citou muito bem – você tem que pensar no custo, já na arquitetura e no desenvolvimento do seu software. É aí onde está a grande economia na nuvem. Se você vai para a nuvem com a cabeça no on premise, pode se dar mal. Principalmente na parte financeira. Então, na medida que você migra para a nuvem, você também tem que mudar o paradigma financeiro na sua cabeça. É uma questão cultural.

Perrott: Massa. Você falou da cultura. Então as pessoas também têm que se esforçar um pouquinho mais para poder ver o que tem dentro da nuvem, não só dos dashboards – que você citou bem – mas algumas outras possibilidades comerciais, como contratos. Têm contratos mensais. Têm contratos de 12 meses. Têm contratos de pequeno, médio e longo prazo. Isso também beneficia na minha gestão financeira?

Gustavo: Sim. Hoje, se você consegue atingir essa previsibilidade. Você amadureceu dentro da nuvem. Já conhece qual é o seu baseline, o quanto você gasta na nuvem, você pode fazer um acordo. Fazer uma aquisição do que eles chamam de reserva, os serving planes dentro da AWS. E com isso, você consegue desconto, baseado na previsibilidade. Ou seja, desse ponto aqui para cima é o que eu vou utilizar. Não menos do que isso. E aí você consegue fazer contratos que vão trazer bons descontos, comparados à tabela principal. Mas voltando ainda à história da arquitetura: essa mentalidade de você ir do on premise para a nuvem, ela realmente exige em boa parte dos projetos, que haja uma mudança também, de arquitetura. Essa mudança de arquitetura, de como você vai investir dentro da nuvem, ela pode ser importante para definir que um recurso, ele não precisa ficar ligado 100% do tempo. Um recurso, ele pode simplesmente adotar uma estratégia financeira, onde vai ser pago por requisição, pago por consumo do acionamento daquele serviço. E não você pagar pelas horas que aquele recurso está no ar. Então, tudo isso precisa ser pensado antes em relação à arquitetura. E uma vez que você está lá – como o Diogo falou – você acompanhar os dashboards, os relatórios. Entender como a sua nuvem é consumida. E aí, entendendo que você tem uma baseline, que você tem um mínimo para trabalhar ali, você vai e adota as suas estratégias de serving planes, de reserva, para conseguir descontos. E aí então, você basicamente vai pagar aquilo que é variável ao longo dos meses.

Perrott: Massa. Então, o que a gente pode tirar como aprendizado desse episódio é que não existe uma arquitetura definitiva. Aquela que eu defini, criei e ali vai ficar estática, para todo o sempre. Não. Eu tenho que estar sempre acompanhando alguns indicadores, a evolução tecnológica também em nuvem. E o arquiteto e sua equipe vão ter que estar sempre atentos para poderem estar atualizando. Obviamente, fazendo os ajustes técnicos e financeiros. É isso? Eu entendi bem?

Diogo: É isso mesmo. Não existe arquitetura definitiva. Em nenhum aspecto da TI, na verdade, não só no financeiro. Mas também no financeiro, como você está falando. Então, o ideal é que quem está na nuvem, esteja sempre tentando evoluir a sua arquitetura, ao mesmo tempo em que acompanha a evolução da nuvem, como o Gustavo falou muito bem no início. A própria nuvem evolui. Existem gerações. A cada novo ciclo da nuvem, eles lançam novas gerações de processadores. Novos sistemas de armazenamento. Aumentam a velocidade da rede. E em geral, isso vem com um custo menor.

Gustavo: Menor. Vem com desconto.

Diogo: Então é muito interessante que, a partir da sua arquitetura, você pode conseguir usar novos recursos, que são muito mais eficientes e mais baratos. Então é uma coisa bem interessante. Eu acho que um exemplo que a gente podia dar aqui Gustavo é o uso dos processadores ARM.

Gustavo: Isso.

Diogo: Que nem toda a aplicação está pronta para isso. Porque precisa ser compilada para rodar em processador ARM. Na AWS Gustavo – me corrige se eu estiver errado – em geral, você consegue uma economia de até 40% em relação a processadores X86. Mas isso é uma mudança que passa pelo desenvolvimento do software. Passa pela arquitetura do seu worload. Então realmente, o ponto nevrálgico – se a gente pode falar assim – das finanças na nuvem é a arquitetura. É o principal.

Perrott: Esse ponto da arquitetura ARM a gente vai deixar para o próximo episódio. Porque realmente tem muito que falar. E aproveitando muito a evolução da própria nuvem e a capacidade de economia e otimização das aplicações. A gente está vendo aí nas tendências, que a arquitetura ARM está ganhando bastante espaço. Espaço esse que era dominado por X86. Isso é verdade. Mas pessoal, fica aqui o meu agradecimento. Gustavo, obrigado pela participação no episódio.

Gustavo: Valeu Perrot.

Perrott: Diogo, obrigado pela participação no episódio.

Diogo: Valeu. Até logo.

Perrott: Legal. E você que nos acompanha, tem alguma dúvida, algum comentário. Você é arquiteto. Já parou para pensar em ter que refazer a sua arquitetura de instante em instante? Pois é. Não existe arquitetura definitiva. Comenta aqui embaixo. Compartilhe. Deixe seu like. E até o próximo episódio.

Recomento a leitura do artigo: Análise de mídia sociais impulsionada por inteligência artificial

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