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Papo Oracle Cloud T3 06 – Como a tecnologia pode alavancar os serviços essenciais para proporcionar um futuro próspero, sustentável e acessível

Vinícius Perrott 2 de maio de 2022 5032 19 3


Background
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Olá, seja bem-vindo ao Papo Oracle Cloud e nessa terceira temporada discutiremos soluções para o mercado, mais conhecida como soluções verticais.

E nesse 6º episódio e último dessa temporada aqui, eu conto com a presença de dois grandes profissionais. O Marcos Righetti, que já esteve aqui na 2ª temporada, a gente falou sobre inovação e desenvolvimento moderno. E a presença do nosso mestre, Marcelo Pivovar. Eu queria agradecer a presença do Righetti. Righetti seja bem-vindo aqui de novo ao Papo Oracle Cloud.

Righetti: Obrigado aí novamente em participar aqui. Bacana.

Perrott: E o Marcelo Pivovar. Seja bem-vindo aqui, o estreante da nossa série.

Marcelo Pivovar: Olá Vinicius. Tudo bem? Primeiramente, muito obrigado pelo convite. Extremamente feliz aqui em poder participar. Eu cheguei a trocar ideias, conhecimentos. É sempre válido. E é isso aí. Vamos lá. Vamos ver o que a gente consegue produzir aqui com vocês. Junto com o Righetti aqui também.

Perrott: Só tem fera aqui viu? Esse episódio vai ser muito bacana. Mas eu só vou fazer um pequeno recado aqui para quem está nos acompanhando. Lembrando que é importante você que acompanha. A transcrição completa desse episódio, do bate-papo que a gente vai ter aqui encontra-se lá no site do Papo Oracle Cloud, assim como todo e qualquer link e material de referência que a gente discutir aqui ao longo do episódio. Então dá uma olhadinha na descrição desse episódio do seu agregador de PodCast favorito, que lá tem vários materiais complementares. Então bora lá. Bem. Antes de a gente começar a nossa apresentação aqui, eu queria que o Pivovar, no caso, o Pivo, ele pudesse se apresentar e contar um pouquinho da sua trajetória até chegar à Oracle. Por favor.

Papo Oracle Cloud T3 06 - Como a tecnologia pode alavancar os serviços essenciais para proporcionar um futuro próspero, sustentável e acessível

Pivovar: Legal. Deixa eu fazer aqui um resumo. É algo um pouco extenso. Bom. Eu tenho mais de 20 anos de experiência em tecnologia né? Eu sempre trabalhei como consultor antes da Oracle, passando por várias empresas e diversos segmentos em várias indústrias. Dentro da Oracle eu tenho aqui já quase 12 anos, junto com a galera da Oracle. Onde tive a oportunidade de passar por diversas áreas. E atualmente eu estou como CTO junto com a galera, com o Righetti, onde a gente tenta levar a inovação nos clientes, utilizando não só as nossas tecnologias, mas novos modelos de negócio. Ou criando ecossistema aberto de inovação. Estamos aqui exatamente nessa caminhada para transformar. Muito mais do que transformar os clientes. Ajudá-los nesse mundo moderno. Nesse mundo onde cada vez mais a tecnologia é um habilitador para a experiência humana.

Perrott: Pivo, você falou um negócio que já fez uma grande conexão com a essência desse Papo Oracle Cloud, que é justamente mostrar que a tecnologia por si só é bacana. É legal. A gente curte; quem gosta da tecnologia. Mas ela tem que ter um propósito de estar atendendo de fato a população como um todo. E ajudando e criando coisas novas. Mas eu acho que a tua palavra aqui, a tua fala resume muito bem o espírito desse episódio. É isso. Seja bem-vindo aqui à nossa série viu?

Veja os outros episódios da Minissérie Papo Oracle Cloud 

Pivovar: Obrigado. Estou me sentindo em casa.

Perrott: Legal. Esse é o objetivo. Pessoal, esse episódio aqui, eu acho que ele traz um contexto bem diferente. Porque a gente sempre ouviu falar sobre tecnologias aplicadas em diversos segmentos. Mas quando a gente ouve determinado termo, utilities, existem algumas definições do mercado. Existem diversas literaturas na academia e na economia como um todo, que definem o que é uma utilitie. Mas eu queria que a gente pudesse criar um contexto para quem está acompanhando aqui o nosso episódio entender o que é esse setor. Quais são as empresas ou quais são os segmentos das empresas que compõem essa área? E aí gente entrar nas nossas soluções, que tanto ajudam esse setor. Então, eu queria que vocês pudessem nos ajudar, tanto o Righetti como o Pivo a entender o que é utilities. Quem pode nos ajudar aqui primeiro?

Marco Righetti: Utilities é um termo em inglês. Se eu for traduzir para quem está escutando, são as empresas que tocam o nosso dia a dia. Nós dependemos de água para viver. Se não tem água não vive. Dependemos de gás para aquecer a nossa comida, o nosso aquecimento. Se bem que o Brasil é um país tropical a gente não tem tanta necessidade de aquecimento. Só mais no sul do país. E energia elétrica. Hoje em dia dependemos fortemente de energia elétrica para praticamente tudo. Ficar sem luz durante alguns momentos, num temporal desses de verão, a gente tem a real noção de como isso impacta a nossa vida, as nossas famílias e todos que estão em nossa volta. Então utilities é o segmento que cuida disso. É o segmento que basicamente você como cidadão, que desfruta de empresas que são concessionárias; são distribuidores de energia elétrica, água, de gás. E ali tem uma série de processos. Uma série de capacidades que tocam o ser humano nesse sentido. E que a tecnologia vai suportar toda a interação que você tem com essas empresas que no final do dia vão fazer você viver. Basicamente é isso. Esse é um pouco da pegada.

Pivovar: É isso aí. O Righetti resumiu bem. É o alicerce. Basicamente é um conjunto de necessidades básicas. O alicerce para o desenvolvimento socioeconômico de uma nação. O nome vem do inglês, como o Righetti falou: utilities. Quando a gente vem traduzir aqui a gente chama de utilidades públicas, que são os serviços essenciais ali para o nosso desenvolvimento socioeconômico.

Perrott: Uma coisa bem interessante que vocês explicam aqui na definição. Eu estava até acompanhando uma vez um evento do Fórum Mundial Econômico. E lá deixou bem claro que, talvez, a internet se torne também algo essencial à humanidade. Mas se a gente fosse para a raiz da coisa em si, se tirar a energia, acabou tudo.

Pivovar: Essa é a verdade. Como tem. Na pirâmide de Maslow já colocaram o wifi como necessidade básica do ser humano. Com certeza a internet vai estar entre os itens do alicerce básico do o desenvolvimento socioeconômico de um país.

Righetti: É. Se a gente parar para pensar em servir. O item servir numa indústria de utilities é essencial. Você quando fica sem luz em casa, a primeira coisa que você quer saber é a hora que vai voltar a luz.

Perrott: Verdade.

Righetti: Se você instala um aparelho de ar condicionado – quem tem acesso a isso – quer saber se tem capacidade. Em áreas rurais, por exemplo, eletrificação muda a vida praticamente do produtor rural. Numa fazenda eletrificada ele vai ter acesso a equipamentos elétricos, que vão tornar a vida dele mais produtiva. A produção ali do alimento vai ser mais eficiente. Então repara que o item servir que é o verbo servir. É um verbo muito importante nessa indústria. E como eu comentei: tecnologia está aí para isso. Ela vai desde o momento em que você planejar o acesso à energia elétrica. O acesso à água. O acesso ao gás. Seja efetivo. Até o momento em que você tem uma interrupção. Você não tem uma atenção, um atendimento ao cliente. Na verdade, a atenção ao cidadão. Todos nós. Não tem muita distinção em relação a este segmento não. E essas empresas têm o desafio de servir bem, dentro de um modelo econômico viável. A gente sabe que são concessões. Tem uma regulação por trás. Não é assim: vou sair cavando poço artesiano e vou oferecer água. Não é assim. Vou sair passando a rede elétrica aqui na rua. No meio você tem um monte de coisa.

Perrott: Não deveria.

Righetti: É. Não deveria. Mas as cidades não são tão planejadas assim. Mas têm esses desafios.

Perrott: A sociedade vem se transformando ao longo dos anos. Em especial, as nossas duas últimas décadas, se transformou de forma absurda. É até difícil fazer um paralelo de como a gente de fato fazia as coisas lá na década de 90 e como a gente faz hoje. Hoje a gente tem um aparelho na nossa mão, que é o tal do smartphone. Ele é muito mais smart do que phone. Ele traz ali uma série de conexões com os serviços. E essas empresas que compõem os serviços de utilidades públicas – como aqui foi definido – elas também vêm se adaptando nessa tal sociedade digital. Afinal de contas, a relação entre o consumidor e essas empresas não necessariamente está mais naquele produto ou serviço que ela ali oferece, de: energia elétrica, água ou gás. Qualquer um desses produtos. Mas ela tem outro tipo de relacionamento que passa por diversas coisas digitais. Seja demanda; previsão de demanda. Como é que vocês têm visto exatamente essa relação entre essa sociedade digital e essas empresas que estão aí fazendo os serviços fundamentais para a sociedade?

Pivovar: Eu acho essa pergunta muito interessante, Vinicius. Como o Righetti falou: é um mercado extremamente regulamentado, com concessões já pré-definidas. E isso dificulta. Quase impossibilita a entrada de novos players no mercado. Então o nome do jogo dentro do mercado de utilities é excelência operacional. Ela tem que jogar um jogo onde é extremamente regulamentado. E ela tem que entregar o nível de serviço muito alto. E esse nível de serviço muito alto, às vezes, impacta exatamente na renda e em outras coisas mais. E você falou nos últimos 20 anos. Vamos pegar nos últimos dois anos, pós-pandemia. Onde a gente teve um nível de mudança ali, comportamental, muito grande no consumo, principalmente alavancado pelo trabalho ali, onde os novos modelos de negócios da empresa… se a gente pega o pico de consumo que era das indústrias, foi todo para as residências. E os das indústrias deram uma reduzida durante a pandemia. Então é interessante que essas empresas de utilities hoje, elas tenham que se adequar a esse novo momento. Não só ao novo momento de consumo, mas ao novo momento também, de mudança de hábito. A população muito mais jovem hoje, eles estão muito mais conscientes. Eles querem fontes de energias renováveis. Tem a questão da pressão da OCD de você ser mais verde. Ter uma pegada menor de carbono ali. Então é algo que já vem há um tempo. Mas se intensificou nos dois últimos anos. Não sei se o Righetti quer complementar com o ponto de vista dele, Riga?

Righetti: Só complementando o que você colocou.  No sentido de que você está digitalizando mais. Você na verdade, tem que se preparar para variáveis diferentes. Isso que você colocou da pandemia é um exemplo. Como é que eu vou preparar uma boa previsão de demanda? Essas empresas todas conhecem previsão de demanda. Elas têm experiência, por conta dos profissionais que trabalham ali, que têm experiência em cima disso. Mas quando adiciona variáveis que não estão: uma pandemia, uma mudança climática significativa. Isso impacta a cadeia inteira.

Pivovar: Riga, se a gente pega: quantas mudanças de habitações? Pessoas que migraram para o interior, procurando qualidade de vida. Você muda a concessão da…

Righetti: Muda a concessão e muda a forma como você prevê a demanda. Então vamos lá. Tecnologia a gente não só digitaliza ali no aplicativo móvel, que eu vou ver minha conta para pagar.

Perrott: Verdade.

Righetti: Porque na verdade você vai digitalizar o teu processo de previsão. Como é que você digitaliza o processo de previsão? Têm várias tecnologias por trás. Eu vou usar mão de uma inteligência artificial para obter eficiência operacional como o Pivo colocou. Ou seja, é demanda demais para uma variável que eu conheço para o comprimento da minha rede elétrica. Eu tenho que ver o clima. O clima já é visto há certo tempo. Eu já acompanhei alguns centros de monitoramento. E o clima realmente é um fator chave. Principalmente no verão, quando chove muito.

Pivovar: Isso. No litoral principalmente.

Righetti: principalmente. É. Mas a gente vê outros fatores. Esse deslocamento populacional entra na conta. Até para a eficiência operacional de servir o campo. A pior coisa que você pode ter é uma ineficiência das equipes de campo, que são as primeiras que vão lá para resolver o problema. O transformador que estourou. Algo que foi rompido. Então são as primeiras a aparecerem ali. E ali você tem custos envolvidos. Então a previsão tem que ser feita de uma forma holística. Tem que olhar todas as variáveis envolvidas no fornecimento de energia elétrica. Interligar isso com água, que isso vai ter demanda. Então para mim as empresas de utilities que vão se destacar na eficiência operacional, elas têm que trazer para dentro de casa essa inteligência. Elas têm que automatizar; digitalizar essa empresa.

Perrott: Vocês falaram duas coisas aí que chamou super a atenção aqui. Ainda dentro desse contexto. E só para relembrar para quem está ouvindo aqui. Quando a gente acende um interruptor dentro de casa ou abre uma torneira ou vai ligar o fogão para poder esquentar a comida de meio dia. Lembra que toda está fisicamente conectada, desde a origem até a nossa casa. Não é uma cadeia wifi, que você tem como transmitir aquele item por uma onda eletro sei lá o quê. Não. É fisicamente conectada. E isso que vocês estão falando, tanto o Righetti quanto o Pivo. Ter uma eficiência operacional é conseguir ter esse monitoramento, ter essa rastreabilidade na cadeia inteira, que está tanto no poste, debaixo da terra, onde tiver. Tem que ter esse acompanhamento. Essa eficiência operacional é muito complexa.

Pivovar: Exato. Porque a gente fala: ao você colocar ali a tua tomada ali e ligar um eletrodoméstico é uma coisa. Mas tem toda a parte de geração, transmissão e a distribuição. E como o Righetti falou: a digitalização tem que ser durante todo esse ciclo. Se eu digitalizar somente o final ali, a distribuição – vamos dizer que seria um pouco mais fácil, do ponto de vista que toca o cliente – ainda continua você tendo problemas operacionais durante o processo de geração e transmissão. Então ali, quando a gente fala não só de digitalização. A gente está falando também, o que o Righetti falou: a camada de inteligência é inteligência em todos os lugares. Por isso que a gente escuta muito hoje em dia a questão de [inint 00:13:52], os leitores, as redes inteligentes. E uma camada muito forte de automação por trás disso. Para que a gente também tenha ali toda a questão da rede que suporta ali o físico, os componentes físicos que compõem uma rede de transmissão. Sejam capazes de ter ali a inteligência artificial por trás, através de algoritmos, fazendo manutenções preventivas, prescritivas. Então é um universo complexo até a energia chegar até a tua casa, existe um mundo de coisas acontecendo fisicamente e digitalmente.

Perrott: Verdade.

Righetti: Eu vi uma startup suíça, que ela desenvolveu um tipo de drone que ele e anticolisão. Que é uma inteligência que se ele voa para cima de algum objeto ou de uma pessoa, ele desvia. Aí vocês ficam parando para pensar: maior bacana esse tipo de aplicabilidade. É muito parecido com as manutenções feitas em usina nuclear. Que tem uma sensibilidade. Você não pode mandar todo mundo, toda hora ali. A energia elétrica também tem um pouco disso. Ela tem o risco laboral. Alguém vai entrar na rede elétrica. Tem que se equipar. Eu tenho um pouco de experiência nisso, porque eu fui estagiário em Furnas Centrais Elétricas há muito tempo atrás.

Perrott: Legal.

Righetti: Eu me lembro que o pessoal de manutenção pareciam astronautas. Eles tinham equipamentos ali para poder subir numa linha daquelas que a gente vê na estrada. Basicamente transmissão direto de Itaipu. Interessante. Um parêntese: um transmissor aqui em São Paulo impacta em Itaipu. Você pensa a visibilidade. Existe isso.

Perrott: Olha aí. Que legal.

Righetti: O sistema brasileiro é muito conectado. O operador nacional do sistema tem essa visibilidade. Isso é bem interessante. É uma tecnologia desenvolvida aqui no Brasil.

Perrott: Olha aí.

Righetti: É bem interessante isso.

Perrott: Já dá para a gente fazer um episódio só sobre isso aí.

Righetti: Dá para fazer sobre isso. E basicamente, se parar para pensar, por que um drone assim, anticolisão? É para poder melhorar eficiência operacional. Se eu tiver algum incidente, alguma coisa preventiva que eu queira fazer, você tem um custo muito grande de proteção laboral e tem a consequência da segurança do trabalho, que também entra nos custos dessas concessionárias. Então é bem interessante essa… é o que eu falo: digitalização não é só no aplicativo, como o Pivo falou: seria mais fácil para o consumidor. É no processo inteiro a digitalização.

Perrott: Agora tem uma pergunta aqui que faz também sentido nesse contexto. Vocês falaram uma palavra que é importante: a tal da concessão. Quando uma empresa dessas obtém essa concessão tanto de administração, operação, enfim, de poder criar os serviços com base nessa concessão. Deixar logo um aviso bem claro aqui: não é aquela concessão de 12 meses. São anos. Na verdade, são algumas décadas de contratos. Então você tem ali concessão de 15, 20, 30 anos ou até mais para poder utilizar aqueles recursos. E o investimento em maquinário, em infraestrutura também tem que ser de longo prazo. De longuíssimo prazo. E a durabilidade e a resistência e a segurança daquilo tudo ali tem que ser muito bem planejada. Vocês também comentaram que é a tal da previsão. Eles também conseguem trabalhar de certa forma. Mas como que a gente consegue ainda aumentar a eficiência operacional sem abrir mão da segurança? Porque um cabo elétrico ou uma barragem que é construída ou até mesmo uma tubulação de gás que é desenvolvida, implantada, não é um item que você vai ali e compra no armazém de construção e faz de novo em dois dias. Não. É um negócio único, exclusivo, particular. Como é que a gente consegue manter mesmo assim, a importância da segurança do equipamento e dos investimentos nesse ambiente?

Pivovar: Trazendo a mensagem do tio do Homem Aranha: com grandes poderes vêm grandes responsabilidades.

Perrott: Boa.

Pivovar: Então junto com a concessão, ele ganha um pacote de investimentos que ele tem que fazer anualmente, durante essa concessão, dentro do que ele está gerindo ali. Então falando de energia, da ENEL, que controla isso. Quanto que ele vai investir na rede efetivamente, para melhorar a experiência? E outra questão é também, os equipamentos, que vão se tornando obsoletos durante a concessão. Então tem que ter uma manutenção ali também muito forte, do ciclo de vida desses equipamentos. O que também interfere na questão de operação. Então, resumindo: existem mecanismos que obrigam legalmente as empresas a estarem investindo cada vez mais no desenvolvimento e na manutenção desses ativos. E do outro lado tem uma pressão nossa, como clientes, que queremos qualidade cada vez melhor de serviços. A nova geração – eu tenho uma filha de cinco anos – é extremamente ansiosa, imediatista. Ela não consegue ficar um minuto sem wifi, sem energia. Água tudo bem. A gente tem garrafinha, outras coisas, que a gente consegue. Mas você entende como cada vez mais existe também não só a questão de regulamentação, mas a questão da opinião pública sobre isso? Os danos de imagem que acontecem, quando fica alguma operação fora. Danos principalmente na indústria, relativos à operação. Só o ano passado teve mais de 14 bilhões de prejuízo em relação a problemas de indisponibilidade de rede no Brasil todo, junto com inadimplência e outras coisas mais. Então tem vários fatores que ajudam no controle sobre esses temas que você trouxe.

Righetti: Essas indústrias têm uma característica diferente de outras. Quando você fala em fábrica, os ativos estão no ambiente da fábrica. Quando a gente fala de fazenda, estão no ambiente da fazenda. Como são redes de distribuição, esses ativos, praticamente a empresa não tem uma planta, vamos dizer assim. Ela não tem um local fechado, que ela guarda essas coisas. Uma válvula, um [inint 00:19:50], um transformador. Todos esses ativos estão espalhados pelo Brasil. Se você parar para pensar, a planta é o Brasil. Pensar em cidades, zonas rurais. Então você tem aí um desafio quase que de fazer a gestão desses ativos. Isso entra na veia, na receita dela. Ela impacta na veia dos ativos, que são contados lá nos balanços dela. Que o órgão regulador vai olhar. Então tem essa responsabilidade.

Perrott: Verdade.

Righetti: O órgão regulador vai olhar. E isso é também todo um processo que ele tem que cuidar. Ele tem que ser bem cuidado por essa empresa. Então, falar em digitalização. Então ela veio para ajudar isso também. Antigamente você não tinha wifi, não tinha internet. Não tinha essa demanda por eletricidade. Não tinha essa movimentação. Hoje tem muita concentração da população nas cidades do litoral, com essas mudanças do tempo. A gente percebe esse desafio de manter o ativo que está espalhado pelo país. É um item de preocupação para eles. Tem que lançar mão de tecnologias para isso.  IOT. Fazer a gestão desse ativo, ver a localização dele. São temas aí que aparecem bastante.

Perrott: Eu queria só fazer um parêntese aqui. Que na fala do Pivo, da filhinha dele. Mas obviamente tem uma figura na nossa história da humanidade. Não vai poder participar do nosso episódio aqui, por questões óbvias. Mas ela está presente na sociedade moderna, que eu faço sempre um paralelo. É o Thomas Edison. Quando ele de fato conseguiu conceber o conceito da lâmpada, ele criou uma coisa que nem ele imaginava que ele estava criando. Ele inseriu na sociedade um novo hábito, que é o conceito do imediatismo. Por quê? Na minha visão, na minha analogia, eu sempre faço esse paralelo. Porque a partir do momento que a sociedade conseguiu ter uma interação com um botão – que era o interruptor – e esse botão instantaneamente tem uma reação em cadeia que aciona diversos componentes e a lâmpada acende. No caso, ela tem a incandescência dela. Isso começou ao longo dos anos a ter toda essa reação, de que você interage com uma coisa, aquela coisa responde. Porque antigamente era tudo a vapor. Então levava certo tempo para poder aquecer a caldeira. A roda começar a girar. O tal movimento começar a acontecer. Através da instantaneidade da ação e reação que a gente crê. Aí obviamente, a gente tem que chamar uma segunda personalidade aqui que é Newton, da ação e reação. Eu acho que o que a gente vive na nossa sociedade hoje é muito disso: de que tudo que a gente faz, seja em nuvem – que é o nosso grande alicerce aqui – a gente quer ver as coisas mais instantâneas. A internet, a reação, seja à emissão de um boleto ou até mesmo uma telemetria. Seja na área industrial ou residencial. Você quer fazer uma telemetria de certa forma remota, que é o conceito principal. Você não ter que levar um operador até então para poder medir se o equipamento está ou não com a necessidade de manutenção. Se aquele consumo está dentro ou não do previsto? Então o cenário que o Pivo comentou sempre me vem essa memória de que hoje a sociedade é a sociedade do instantaneamente. É tudo instantâneo. Tem que ser para agora. Porque já vem natural. É uma necessidade praticamente inerente ao que a gente faz hoje. Faz muito sentido o que eu falei aqui para vocês?

Pivovar: Perfeito. Adorei a tua analogia com Newton e a sociedade contemporânea. Cabe perfeito.

Righetti: Faz super sentido. E é um baita desafio. Água. A represa ficar em 50%, não é que amanhã vai ficar em 90%. Depende de outras variáveis. Então você tem que saber lidar com isso, com essa instantaneidade que você colocou. Tem certas coisas, que para essa indústria não tem.

Pivovar: É. Com a natureza, nada é instantâneo.

Perrott: Exatamente.

Pivovar: É tudo no tempo dela. Nada é instantâneo. E quando a gente está falando que grande parte da infraestrutura básica vem da natureza: gás, energia seja ela eólica, seja ela hídrica. 60% da nossa energia é hidrelétrica. Não é no nosso tempo. É no tempo da natureza. Então não existe imediatismo nisso. Isso é o oposto da situação humana contemporânea, na qual a gente sempre quer as coisas para agora.

Perrott: E diferente até mesmo, do que a gente já tratou na nossa série aqui, falando sobre soluções verticais. Não existe a tal da água em pó. Adiciona um litro de água. Ela vira um litro. Não. Não tem isso. As outras; existe certa indústria de transformação, de você extrair um determinado item da natureza e transformar ele em outro produto. Mas água, gás e energia elétrica, ainda se precisa de certa combinação de fatores ainda muito naturais, para poder acontecer. Bem pessoal, a gente falou de temas interessantes até agora. Porém tem também outro tema que surge na nossa pauta, que é o tal do conceito de recompra. Ele apareceu. Algumas áreas já estão entendendo muito bem esse conceito de recompra de energia. Para que serve? Como funciona? Se pudesse contextualizar um pouquinho sobre para que serve essa prática agora, de mercado, visto até mesmo uma evolução da energia elétrica, da transmissão, geração e distribuição, como o Pivo e o Righetti comentaram. Eu queria que vocês explicassem um pouquinho para a gente este conceito do recompra e depois a gente entrar em outros temas aqui. Por favor.

Righetti: A recompra realmente está bem evidente. E outro dia eu estava vendo uma reportagem bem interessante sobre esse impacto nas nossas vidas. Recompra a gente imagina painéis solares. Você tem na sua casa um painel solar. Aqueles painéis futuristas no telhado da sua casa, com um pequeno esquema de geração de energia a partir dessa energia solar. E aí você aproveitar isso dentro do seu ambiente. Se a gente extrapolar isso aqui para outras situações, você…  A reportagem estava bem indicando isso, bem interessante. Nas cidades a gente não tem espaço disponível para botar painel solar. E aí já tem a possibilidade de você alugar espaços terrenos ou espaços de tetos do condomínio do seu prédio, para poder oferecer energia solar para os condôminos do prédio, para o próprio prédio. Ou para os vizinhos. Então aí entra a questão de uma economia diferente da que você tem hoje. A economia sempre foi baseada na distribuição da energia elétrica. Você tem a concessionária, você paga a conta. E você tem energia elétrica ali. O serviço em cima disso, etc. Aqui você tem uma equação que muda um pouco. O fato de ter a geração de energia elétrica, a devolução dessa energia elétrica para o sistema. Então a recompra tem essa dinâmica. E tem uma dinâmica obviamente de investimento. Tudo que diz respeito a utilities, ainda mais no setor elétrico é muito investimento de capital. Painel solar não é barato. Você tem um investimento pesado de engenharia até para fazer chegar a energia elétrica na casa ou na casa do vizinho. Então a recompra realmente é uma tendência. No Brasil tem alguns desafios, mas também tem acelerado. Eu acho que para a gente algumas coisas são interessantes.

Pivovar: É muito legal isso que o Righetti falou. Trazendo um pouco em números. Hoje no Brasil 32% da energia que é consumida já vem do que é chamado de mercado livre. Que é onde as pessoas ali podem negociar diretamente, livremente, não dependendo mais da sua concessionária, mas de outros consumidores, que podem fazer cessão de energia que está sobrando ali dentro deles. E tende a crescer cada vez mais esse mercado. Porque como eu falei: está mudando muito a questão da consciência social ali em relação a novas fontes de energias não poluentes. Então o governo está subsidiando bastante ali, com descontos progressivos para energias que vêm: eólica… que mais? Tudo que é energia renovável ali, alternativa e está sendo consumida. Eu não sei se vocês conhecem. Existe o que se chama de mercado livre. Eu estava até pesquisando esses dias para entender melhor. É onde as pessoas têm acesso a comprar e vender energia de uma maneira independente das concessionárias. Eu posso, por exemplo, o condomínio, eu moro em São Paulo. Então a gente tem ali a Eletropaulo, que é o nosso fornecedor oficial. Eu posso entrar nesse mercado livre e negociar. Ter uma fonte extra de energia ali, provendo eletricidade para o meu prédio. Eles falam que de 10 a 30% de economia anual, quando você vai para esse mercado. Porque daí é lei de oferta e procura. E é muito interessante. Eu acho que é algo – como o Righetti falou – tende a crescer cada vez mais. Um fator que é limitante hoje é o investimento, quando a gente pensa em consumidor final, de colocar painéis solares ou até mesmo baterias para você armazenar esse tipo de energia também. Mas tende-se a ter investimentos massivos hoje. A gente pega países desenvolvidos, isso já é subsidiado pelo governo para que todo sejam o que eles chamam de [inint 00:28:50] uma mistura de produtor com consumidor. Algo que no Brasil estamos engatinhando. Mas eu acho que a pandemia acelerou muito.

Righetti: É. O ponto interessante da recompra. Repare que no setor de distribuição, tanto industrial quanto residencial, você tem ali o reporte. As distribuidoras têm que reportar isso, que é a forma como a rede está sendo atendida. É um processo que é de uma via única, da distribuidora para o mercado consumidor. Nesse mercado livre – que o Pivovar está colocando – isso é muito distribuído. Muito espalhado, vamos dizer assim. E qual é o desafio aí? Tem que ter transparência em cima de pares ou de pessoas, tanto física quanto a jurídica, para saber que tem uma área disponível para você. Daí você tem redes de negócios praticamente, sendo montados entre esses participantes. E as regras dessas redes são o consenso. Eu tenho rede para disponibilizar, nesse valor. Então você está oferta e procura. Ou seja, a demanda e a oferta sendo equilibradas de uma forma consensual. É bem diferente do modelo que a gente tem. O único modelo de distribuição que a gente conhece. Então é um baita desafio. Eu acho que a gente vai ter umas novidades interessantes acontecendo ao longo dos próximos anos.

Perrott: Uma coisa que eu complemento aqui, para quem está acompanhando nosso episódio conseguir materializar mais ainda, outro exemplo que eu acho que faz sentido. Hoje quando a gente quer escolher uma operadora de celular a gente tem diversas ofertas no mercado. Então a gente pode ir para uma, para outra. Porque uma oferece um pacote diferente, enfim, algo que faça mais sentido ao meu dia a dia, ao meu estilo de consumo. E serviços essenciais – que é o que a gente está tratando aqui – não necessariamente tem essa facilidade de troca ou de escolha ou de oferta. Isso que vocês estão falando, eu não posso chegar ali no mercado e comprar um chip de energia elétrica da empresa A e mudar para a empresa B. Não é tão simples. Eu tenho que ter uma série de outros investimentos. No caso com o surgimento tanto da recompra, como o tal do mercado livre, começa a aparecer essas opções. E também, um mercado que estava mais fechado a uma só operadora. A uma só distribuidora. A uma só empresa de relação ali. Ele surge um cardápio maior. Isso também, no final das contas, acaba ajudando o mercado como um todo. O consumidor e as empresas a buscarem alternativas mais eficientes e econômicas para poder oferecer o tal do produto e o serviço. É nessa linha de raciocínio?

Righetti: Tem uma discussão bem interessante sobre isso. Porque as demandas vão se transformar. Não é só uma questão de você ter opção para escolher. Quer ver uma demanda que vai transformar basicamente daqui a alguns anos? É o carro elétrico. Hoje o desafio do carro elétrico são os postos de abastecimento. É desafiante. Porque você chega em casa e vai ligar na tomada do edifício, do condomínio. Quem paga essa conta? Eu ou o condomínio? Entram aí algumas questões que não cabem muito no status quo do mercado livre. Na verdade, vão caber numa coisa transformacional. Mais uma vez: infraestrutura. Como eu vou ter ao longo das minhas vias, a minha mobilidade, postos de reabastecimento de energia elétrica? A gente está falando de São Paulo. Em São Paulo você vê alguns postos. Mas pensa o Brasil continental.

Perrott: Bem pessoal. A gente falou aqui de diversos pontos importantes. Criou um excelente contexto. Eu acho que quem está acompanhando o nosso episódio aqui realmente agora está entendendo o que é esse setor de utilities e qual o tamanho do mercado. O desafio que é prover soluções. Mas a pergunta que não podemos deixar de lado é: como que a solução de computação em nuvem se encaixa nesse mercado tão importante e que de fato é realmente tudo isso que a gente falou: eficiência operacional, melhores estruturas, melhores monitoramentos. Melhor acompanhamento com o todo. E que a gente tenha reflexo positivo tanto para o usuário consumidor quanto para as empresas também, que estão provendo e desenvolvendo o serviço. Como a nuvem se encaixa nesse bate-papo todo aqui?

Pivovar: Falando especificamente aqui de Oracle. A gente tem uma vertical que é a [inint 00:32:57], que é onde a gente tem soluções focadas especificas no mercado de utilities. Seja ele para gás. Seja ele para eletricidade. Seja ele para… então hoje quase todas as soluções estão em SAS, o que possibilita ali a inovação contínua. Atualização a cada trimestre. E lembra que a gente comentou lá atrás Vinicius, de todo o ciclo desde a geração até a distribuição?

Perrott: Sim.

Pivovar: Então a gente tem solução para todo esse ciclo de vida aí, vamos dizer. Então a gente tem soluções para medição avançada. A gente tem soluções para eficiência energética e gerenciamento de demanda, como o Righetti já falou. A gente tem soluções para gerenciamento de rede. Gerenciamento de trabalhos e ativos. Serviço de campo. Ciclo de vida de ativos e capital. Então tudo isso são tecnologias que ajudam exatamente na eficiência operacional. E daí a gente pode falar em redução de custos. A gente pode falar de satisfação de cliente, valor agregado e produto. E o mais legal é que todas essas tecnologias hoje Vinicius, já vêm embarcadas – grande parte delas – com a inteligência artificial dentro delas.

Perrott: Bacana.

Pivovar: Então já tem modelos ali – computacionais e matemáticos – prontos. Muito baseado no que a gente vê de melhores práticas no mundo. Que ajudam as áreas de negócios a tomarem as melhores decisões. Então aí que a gente vê como a nuvem ajuda muito. Tem soluções, por exemplo, hoje, algo que está muito em alta, a questão de gerenciamento de capital humano. Depois da pandemia todas as empresas viraram empresas de saúde.

Perrott: Verdade.

Pivovar: Todos nós temos que cuidar da saúde física e mental dos nossos colaboradores. Então, por exemplo, durante a pandemia a Oracle lançou para quem era usuário do nosso SAS e HCM, que a gente chama, um módulo inteiramente de [inint 00:34:41] que foi desenvolvido durante a pandemia. Exatamente para a gente trazer essas questões que antes não existiam. Não havia essa preocupação dentro das empresas. Mas foi graças à nuvem e ao formato SAS. Todo mundo que tinha essa solução no início da pandemia já recebeu essa atualização e começou a poder trabalhar essa nova forma de olhar para os colaboradores com mais carinho. Focado na questão de saúde e bem-estar mental e físico.

Perrott: Sensacional.

Righetti: Do ponto de vista de tecnologia, as nossas soluções utilizam tecnologias que nós colocamos como fundação para isso tudo. Então todas essas soluções que o Pivo citou são soluções construídas em tecnologias como inteligência artificial e machine learning. Uma temática muito presente hoje em dia nas empresas. Elas veem o valor da informação dada ou por um device lá na ponta ou um [inint 00:35:40] ou por uma estação metereológica. Ou por um medidor de rede de uma subestação. Para esses equipamentos que são equipamentos industriais praticamente. Então você tem um conceito ali de trazer essa inteligência para dentro de casa e ajudar nesses desafios que a gente colocou agora. Por exemplo, prever uma flutuação da rede servida. Ou prever uma necessidade de demanda frente a um controle populacional ou a um deslocamento populacional. Ou até ao que eu coloquei a pouco do carro elétrico. É uma variável que até hoje não tem. Você vai ter ali algoritmos que a inteligência artificial vai fazer dentro das técnicas deles lá, aproximação de agrupamentos, de tendências, estatísticas em cima daquilo para tomar uma decisão. Hoje em dia essas empresas não podem estar sozinhas com o conhecimento que elas têm. Elas têm que absorver esses conhecimentos de dados externos. Isso que o Pivovar colocou de que o ser humano, a pessoa é um elemento chave aqui. Ela tem que saber ter o conhecimento cognitivo, uma interpretação daquilo. E aí fazendo no mercado de utilities, energia elétrica especificamente. Ela não vai ler um relatório. Ela não vai ver um infográfico. Ela tem que saber interpretar aquilo e devolver para a máquina e dizer: aprenda mais sobre isso. Não. Essa fonte de dados está insuficiente. Você precisa ter outras fontes. Então a gente tem tecnologia para isso. A nuvem é um habilitador importantíssimo, porque é um serviço que está disponível. É um serviço que é atualizado por uma empresa de software. Nossa Oracle tem uma tradição de mais de 40 anos nisso. Ela conhece bem desse mundo. O desenvolvimento dessas tecnologias ao longo do tempo. Então você vai utilizar isso. É uma utilitie também.

Perrott: É verdade.

Righetti: Se for parar para pensar, a nuvem é um utilitie. No fundo, no fundo, antigamente, em tecnologia da informação, você tinha que desenvolver muita coisa dentro de casa. Hoje em dia essas tecnologias estão disponíveis como um utilitário. Uma relação utilitária, que é um tema que dá outro PodCast, se discutir muito sobre isso. Então a nuvem entra para complementar essa indústria. O modelo que a indústria fizesse para os seus consumidores. E, por fim, se a gente falar em automatizar a forma como os negócios são feitos. Tem caso de blockchain, por exemplo, sendo utilizado: em recarga de bateria, painéis solares lá nos Estados Unidos. É uma referência que a gente tem que a gente pode apontar como uma referência. Uma empresa especializada em negociar esses créditos entre consumidores e concessionária.

Perrott: Que interessante.

Righetti: Veja que interessante como a tecnologia de nuvem habilita isso. Se fosse anos atrás, a gente teria que ter um projeto de anos para ser desenvolvido. A nuvem está aí para agilizar isso para a gente.

Perrott: E na fala de vocês me vem um determinado cenário seguinte:  a partir do momento que essas empresas que são tão especializadas e tão segmentadas. E é difícil você encontrar outras no mercado. É comum você falar assim: me traz uma referência de empresas que fazem igual a mim. O Righetti citou: não tem duas Itaipu. É uma. Existem outras hidrelétricas. E outras barragens. E cada uma é específica. Cada uma tem um modelo diferente. Por mais que pareça ser igual. Mas não é. Como eu gosto de fazer um trocadilho: é igual, mas é diferente. É da mesma família, mas tem suas particularidades. Ter essas soluções em nuvem que vocês estão descrevendo aqui traz um contexto muito melhor para essas empresas. Porque olha: eu não estou te entregando só o poder computacional. Eu estou te entregando um conjunto de soluções que já estão dentro do seu segmento de atuação, da sua especialidade. Obviamente que cabe a vocês chegarem até… acoplar o conhecimento e a vivência de vocês na nossa solução, para realmente dar mais sentido. Mas não é uma caixa em branco que vai ter que customizar e construir um programa do zero. Não. Já é algo muito mais avançado. Porque ele consegue sair mais rápido. É esse o entendimento que eu estou tendo na fala de vocês. Estou certo?

Pivovar: Tem as duas opções. Você tem já o que eu falo. Você pode escrever do zero, baseado muito no que a gente tem também…

Perrott: Legal.

Pivovar: De memória de infraestrutura. E do outro lado, você já tem as soluções de mercado prontas. Cabe a você. Então eu falo, às vezes, a gente não é uma empresa de tecnologia. A gente, às vezes é de tempo né? Eu estou te entregando tempo. É [inint 00:40:00]. Assim como eu entrego habilitado motor de regras que já estão prontos, com toda a inteligência do mundo inteiro testando. O que você consegue fazer com ela, o céu é o limite. Então na verdade, a gente otimiza tempo para as empresas hoje, para as soluções em nuvem.

Righetti: E tempo para mim é o ativo mais importante de todos. A gente não recompra tempo. Só vai consumindo ao longo do tempo.

Pivovar: É. Somos perecíveis. Os negócios são perecíveis.

Righetti: Vale mais até que moeda aí.

Perrott: É verdade.

Righetti: Qualquer criptomoeda que se imagine.

Perrott: Righetti, eu acho que a tua fala já deu a nossa deixa aqui do tempo. Eu sei que é um assunto que é superinteressante de a gente poder tratar. Eu particularmente estou adorando aqui esse bate-papo. Essa série está super rica. Realmente está trazendo um contexto todo diferente. Eu queria agradecer a presença aqui do Righetti. Obrigado de novo pela sua presença aqui no Papo Oracle Cloud. Até a próxima oportunidade.

Righetti: Sempre um prazer estar com vocês aqui. Muito obrigado pela oportunidade. E bom papo com Pivovar.

Perrott: Legal. E Pivovar, você não vai escapar dessa também não viu? A gente sempre faz uma pergunta legal aqui, de encerramento dos nossos convidados. No caso você que é o estreante da nossa série. E a pergunta é bem simples. Então vamos lá para o Pivovar. O que é computação em nuvem?

Pivovar: Eu acho que se eu pudesse resumir em três palavras para mim seria: habilitar, democratizar e estender. Eu acho que a tecnologia em nuvem habilita e estende a capacidade humana de desenvolver novos modelos de negócio. Desenvolver novas formas de trabalho. Hoje em dia é muito hibrido. E democratizar. A nuvem veio exatamente para que a gente consiga desde a NASA até uma pequena rede de mercado tenham acesso à tecnologia de ponta. O que antes não era possível.

Perrott: Legal.

Pivovar: Para mim seriam essas três palavrinhas mágicas.

Perrott: Bacana. Está anotado aqui, já são mais três palavras que a gente coloca no nosso episódio de definição do que é computação em nuvem. Pivovar, muito obrigado pela sua participação. E até a próxima oportunidade aqui no Papo Oracle Cloud.

Pivovar: Eu que agradeço. Adorei aqui a conversa com vocês. Foi – como diria no interior – uma prosa boa, cheia de conteúdo, superleve. Eu espero estar de volta aqui com vocês Vinicius e Righetti. Um abraço a todos aí que estão nos ouvindo.

Perrott: Legal. E você que nos acompanha na nossa minissérie aqui. Esse episódio não acaba por aqui não. A gente continua discutindo esses temas, todos aqui apresentados na 3ª temporada e nas outras temporadas também lá no grupo do Papo Cloud Makes lid.lee/papocloudtelegram. O link encontra-se na descrição desse episódio, no seu agregado de PodCast favorito. Aí, o que você tem achado dessa minissérie bem legal? Realmente criar um contexto para soluções tecnológicas faz todo o sentido. Porque a tecnologia é muito legal. Mas legal mesmo é ela estar aplicada a um contexto. Agradeço a sua participação. A sua audiência aqui. E até o próximo episódio do Papo Oracle Cloud.

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Até o próximo episódio do Papo Oracle Cloud!

Veja os outros episódios da Minissérie Papo Oracle Cloud 

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    Papo Oracle Cloud T3 06 – Como a tecnologia pode alavancar os serviços essenciais para proporcionar um futuro próspero, sustentável e acessível
    Vinícius Perrott

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