• Home
  • keyboard_arrow_right Podcast
  • keyboard_arrow_right Destaque
  • keyboard_arrow_rightPodcasts
  • keyboard_arrow_right
  • keyboard_arrow_right Papo Oracle Cloud T3 05 – Como a tecnologia apoia o Setor de Educação para proporcionar inclusão, maior autonomia e experiências diferenciadas
play_arrow

Podcast

Papo Oracle Cloud T3 05 – Como a tecnologia apoia o Setor de Educação para proporcionar inclusão, maior autonomia e experiências diferenciadas

Vinícius Perrott 25 de abril de 2022 5020 19 3


Background
share close

Olá, seja bem-vindo ao Papo Oracle Cloud e nessa terceira temporada discutiremos soluções para o mercado, mais conhecida como soluções verticais.

E olha só, nesse terceiro episódio, eu conto com a participação da Roberta Cruz. Bem, Roberta, seja muito bem-vindo aqui ao Papo Oracle Cloud.

Roberta Cruz: Muito obrigada, Vinícius, obrigada, é um prazer, fico muito honrada de falar dessa indústria que a gente vai falar aqui, a de educação, porque é uma indústria que realmente foi muito impactada e eu acredito que isso seja, na verdade, o futuro da nossa nação, seja a base educação, então se a gente não trabalhar a educação, a gente vai ser muito prejudicado nos próximos anos.

Vinicius Perrott: Sem dúvida. E é um assunto que particularmente eu gosto muito também, de um segmento que eu acho fantástico, cada desafio é enorme, gigantesco, e eu tenho certeza que esse bate papo vai ser super rico. Mas antes, Roberta, de começar o nosso bate papo, vou só reforçar um recadinho aqui para quem está nos acompanhando, lembrando que toda a transcrição desse bate papo aqui com a Roberta está lá no site do Papo Cloud, a transcrição completa, você vai poder ler e reler, compartilhar, assim também como todo e qualquer material que a Roberta e a gente for lembrando aqui, vai estar na descrição desse episódio no seu agregador de podcast favoritos, também lá no site do Papo Cloud. Então, vamos lá, vamos para o nosso papo aqui. Roberta, antes da gente entrar nesse tema que é superimportante, educação, e que de fato, ela já vem se transformando ao longo dos anos, das décadas, a cada nova tecnologia a educação também acaba incorporando junto aos seus processos, seja para desenvolver um método, uma metodologia nova, enfim, para qualquer área e segmento. Porém, nesses últimos dois anos houve uma transformação muito mais acelerada que você trouxe alguns dados importantes, mas antes de você entrar nesse detalhe, eu queria que você pudesse se apresentar um pouquinho para o pessoal te conhecer e conhecer a sua jornada na Oracle também.

Papo Oracle Cloud T3 05 - Como a tecnologia apoia o Setor de Educação para proporcionar inclusão, maior autonomia e experiências diferenciadas

Roberta: O meu nome é Roberta Cruz, eu sou mãe de dois filhos humanos de sete e de nove anos, e dois cachorros, corajosa, e tenho peixes também em casa, eu sou casada. A minha vida é uma loucura, mas a Oracle tem espaço na minha vida. Eu sou uma pessoa muito eclética profissionalmente, então eu tenho uma formação em publicidade e propaganda, trabalhei mais de 20 anos com marketing, em empresas bem variadas, então desde escritório de advocacia, distribuidora de tecnologia, empresa de entretenimento, telefonia, codificação industrial e aí há um ano e meio, eu aceitei o desafio da Oracle, que era para trabalhar com sales programs, são programas de venda para incentivar a equipe de vendas, e agora nesse último fiscal year, eu fui transicionada para a área de sales inteligence, para atuar no setor de educação, saúde e telecomunicações. Eu sou uma pessoa que adora aprender, então eu estou muito feliz de falar nesse podcast sobre educação, adoro aprender, adoro ensinar e eu acredito, foi o que eu falei no começo, que a educação seja a grande chave para esse desenvolvimento da nossa sociedade. Então, a gente precisa investir muito nessa indústria.

Perrott: E olha só que interessante, Roberta, na sua trajetória, eu fiquei imaginando assim, poxa, o quanto de conhecimento em tese, em tese divergente, hoje converge, porque são disciplinas e habilidades que a gente vai aprendendo ao longo da nossa carreira que fazem todo sentido. Principalmente o nosso tema aqui, é pegar esse conhecimento tecnológico e aplicar em uma vertical, em um conjunto de verticais para dar contexto e sentido, porque a tecnologia pela tecnologia em tese fica só por ela, ela não dá um sentido diferente, então essa tua trajetória realmente acaba contribuindo. E a tua visão, como é que você tem visto esse conhecimento divergente em uma área mais específica, como a própria educação e todas as outras?

Veja os outros episódios da Minissérie Papo Oracle Cloud 

Roberta: A ideia, Vinícius, é que a tecnologia, ela sempre… na minha vida, ela sempre teve uma relação muito forte, então eu sempre atuei com áreas de tecnologias e marketing, inclusive, marketing é um setor que sofreu uma mudança enorme, incrível. Era uma área que não contava com a tecnologia tanto assim, nessa dimensão que a gente tem hoje, a gente então, quando eu comecei marketing, a gente falava sobre produção de peças publicitárias com agência, tinha-se muitos outdoors na cidade, fazia campanhas estáticas, e aí depois com a tecnologia, essas campanhas passaram a ser campanhas de movimento, campanhas dinâmicas, campanhas de mídias sociais. E aí aquele marketing que a gente demorava meses às vezes para trakear o resultado da campanha, agora a gente trakeia na hora, então a tecnologia na minha área diretamente, na minha experiência de 20 anos de marketing impactou bruscamente, eu realmente considero que a tecnologia é o grande trunfo para todas as áreas, e que traz muitos benefícios para a gente, a gente só precisa saber aproveitar.

Perrott: Exatamente. E eu acho que palavra chave que você fala, Roberta, é aproveitar. E até mesmo entrando no nosso tema de educação, já existe há muitos anos diversas tecnologias que apoiam a sala de aula, seja uma aula mais interativa, uma demonstração, até mesmo uma vídeo conferência, um repositório, mas nos últimos anos e em particular nesses últimos dois anos, toda essa tecnologia foi posta a prova, para realmente se aquilo tudo que já estava em sala de aula fazia sentido ou potencializado. Quais são as mudanças que você tem visto nesses últimos anos em relação a esse pôr a prova as tecnologias?

Roberta: Pois é, Vinícius, esse setor foi muito, muito impactado, então assim, a gente teve que sofrer uma mudança despreparada, porque foi uma mudança muito brusca, então esse ensino teve que ser adaptado rapidamente, porque afinal de contas, aqui no Brasil principalmente, a pandemia chegou em março, então era início de ano escolar, as escolas tiveram que fazer paradas bruscas, férias, adiantamento de férias, feriados para poder se adaptar à uma plataforma onde nem os professores estavam acostumados e nem os alunos estavam acostumados. Até para a gente ter uma ideia como foi impactante, o ensino infantil, você imagina ensinar crianças através de uma plataforma, seja o Zoom, Meet, qualquer plataforma de ensino. Então, a gente teve uma evasão de 7.3% dos alunos de 2019 a 21 que foi o período da pandemia, que ainda não acabou, mas que agora se Deus quiser ela chega ao final. Mas a gente teve uma evasão nessa rede infantil, no setor infantil muito grande, por quê? Para as crianças pequenas ficarem seis horas, quatro horas na frente de uma tela é um desafio enorme. Então, a evasão aconteceu, os professores não conseguiram nesse primeiro ano, no segundo acho que já conseguiram acompanhar um pouco mais, mas não conseguiram nesse primeiro ano reter a atenção das crianças que estavam acostumadas a aulas lúdicas, a uma maneira mais leve de ter aulas do que ficar sentado na frente de um computador. E a escola, muito além do conteúdo, esses alunos perderam uma parte que é fundamental que a escola proporciona, essa inclusão da criança na sociedade, do jovem na sociedade, e essa perda desse contato é uma… assim, realmente é muito trabalhoso e tem especialistas até comentando que esse período para a recuperação leve de três a onze de recuperação da sociabilidade e da recaptura do conhecimento perdido. Então, além da preocupação da educação com o conteúdo, tem a educação de sociabilidade, essas experiências com a Covid, elas foram tiradas repentinamente da vida das pessoas. Então… e tem um outro ponto, Vinícius, que é muito importante nessa mudança toda, que tem até um estudo da Life Long Learning, que eles apontam que tem um direcionamento novo para esse setor, esse setor, ele deve abordar temas agora como gênero, educação, valorização da profissão do professor, foi uma profissão que agora… tem que ser super exaltada, eles tiveram que aprender na raça mesmo como segurar a atenção, como criar engajamento desses alunos, e o combate ao racismo na educação, e algumas outras tendências, por exemplo, o trabalho colaborativo, a gente vai falar um pouco mais para a frente no nosso bate papo, essa geração de alunos, desde ensino infantil, até ensino superior, já é uma geração muito digitalizada agora. Então, eles precisam desse trabalho colaborativo em mídias, a gente vai falar um pouquinho mais para a frente, mas é uma mudança de comportamento muito grande. E também o trabalho em sociedade em geral, para a gente entender um pouco a dor dos outros, a empatia com os outros e criar para a gente jovem, nessa nova geração de ensino, um protagonismo para que ele tenha um pouco mais de independência. Até tem uma atual proposta para 2022, de que para o ensino médio, por exemplo, aqui no Brasil, a gente teria uma divisão de horas de ensino que seria uma carga horária maior para formação básica. Português, história, matemática, ciências, aquelas mais conhecidas, e uma carga horária um pouco menor, mas não tão menor, de 1200 horas para itinerários informativos. O que que seria isso? No ensino médio, a gente possibilitar que o aluno tenha essa autonomia, esse protagonismo para escolher o que que lhe interessa. Então, ao invés dele passar os três anos do ensino médio aprendendo mais do mesmo, repetindo o que a nossa geração viveu, eles vão poder falar, “bom, então eu gosto muito mais de comunicação”, então eles já se especializam desde já. E aí provavelmente quando ele chegar em um vestibular, em um Enem, ele já vai ter esse direcionamento para que setor ele quer seguir, então a vida dele vai ficar um pouco mais, não tranquila, porque a vida de estudante nunca é tranquila.

Perrott: Ainda tem o desafio de estudar.

Roberta: Tem o desafio de estudar, isso não vai parar. Mas ele vai conseguir se realizar um pouco mais, ele vai estar mais engajado. E aí Vinícius, até se você me permite agora, eu queria citar alguns dados que me preocuparam bastante quando a gente fala da pandemia.

Perrott: Sim, por favor. São dados assim, para mim gritantes, porque eu sou uma pessoa muito ligada à educação, mas assim a gente até agora falou do ensino infantil e a gente entende, crianças no computador é complicado, mas esse impacto da pandemia para a graduação, por exemplo, também é uma coisa preocupante, de 2020 a 2021, a gente teve uma queda de matrículas em 5%, e mesmo com o ensino a distância.

Perrott: Caramba.

Roberta: Então, a gente tinha… a gente tinha essa opção e mesmo assim queda no número de matrículas. Mas quando a gente fala de especialização, a gente teve uma alta taxa de desemprego, e aí para compensar esse desemprego, as pessoas tentaram se especializar um pouco mais. Então, quer dizer, eu não posso ser igual a todo mundo, preciso me diferenciar, eu vou procurar uma especialização, muitas vezes à distância. Por que à distância? Porque à distância na pandemia você não precisa ir no presencial, e também porque ela tem um custo quatro vezes menor em média. Então assim, esse ensino à distância para a especialização, ele teve um crescimento de 4.8%, o que já dá, eu acho que uma certa esperança no nosso coração de que os estudos estão retomando, as pessoas estão entendendo o valor de se especializar para esse mercado que cada vez mais quer desde o jovem especializado, até o adulto especializado.

Perrott: Acho que é importante levar esse contexto, porque mostra que no momento, assim, no início do processo, do famoso lockdown e tudo mais, óbvio que as famílias tiveram e as empresas tiveram que se reorganizar e todo mundo, um se ajudando, poxa, vamos lá, vamos entender, tem gente que tem computador em casa, tem gente que só tem smartphone, e as empresas que só tinham estrutura para aplicar uma aula ou uma prova pelo computador, teve que se adaptar ao smartphone para justamente não aumentar esse déficit dessa desistência, mas eu acho que a palavra que fica aqui em tudo na sua fala, que eu estou compreendendo, é uma adaptação e colaboração, vamos colaborar e vamos se adaptar e vamos junto, nada separado, tem que ser junto. Também percebe isso?

Roberta: Exatamente, exatamente. Na verdade, essa é uma das tendências, que a gente continue com o ensino híbrido, mas também presencial, porque tem coisas que não substituem a sociabilização, que é o que a gente falou, que é importante, que as pessoas tenham relacionamento cara a cara, que a gente não deixe esse tipo de relacionamento morrer, porque isso também ajuda a gente a capturar conhecimento. Mas o ensino híbrido, ele vai continuar como uma tendência, para você ter uma ideia, Vinícius, a gente teve um aumento de 288% das matrículas com EAD, então desde a pandemia, então quer dizer, é o que tem, ok, que nesse momento era o que a gente tinha de ferramenta. Mas aí assim, você tem uma facilidade, não precisar pegar trânsito, de não se transacionar para outra cidade, claro que você… e com o preço quatro vezes menor, então dependendo do grau de importância para você, isso passa a ser relevante para a sua vida.

Perrott: E vamos repetir aqui para ficar bem… eu acho que é um número extremamente impactante para quem está acompanhando, duzentos e quanto?

Roberta: 288% de mais matrículas exatamente durante a pandemia. E o EAD não era um ensino muito bem julgado antes, não sei se você se lembra, mas o EAD, ele não tinha uma imagem, um conceito muito bom. E a gente precisou ter o EAD, e o hoje em dia muito melhorado, porque a pressão da pandemia, fez com que a gente avançasse muito nisso, e as pessoas acabaram vendo valor, mas não… o EAD sozinho, provavelmente, ele não vai ter forças para ficar no mercado, então ele vai ter que continuar uma coisa um pouco híbrida, um pouco presencial, um pouco online.

Perrott: Eu acho que aqui também fica claro a tua fala, Roberta, que não é necessariamente a questão da ferramenta ou da forma que se é presencial, ou online, ou é híbrido, mas sim o como, porque se eu tenho uma boa aula e eu estou até tirando a figura do presencial e online, mas a aula foi bem preparada, ela estava utilizando as boas ferramentas, que faz até parte do nosso bate papo aqui, de entender essas múltiplas ferramentas que o aluno… porque o aluno dentro da faculdade, ou dentro da escola, ele é uma figura que transaciona em vários lugares, hora ele está interagindo com o professor presencial, hora ele está interagindo com o professor através de um chat, hora ele está interagindo com uma vídeo aula, ou até mesmo um conteúdo gravado, tem professores que gravam conteúdo de reforço e complementar, o aluno assiste depois ou antes, tem essa interação. Como é que isso tudo se conecta no dia a dia dessa grande jornada que é o aluno frente à educação?

Roberta: Você sabe que você me comentou isso agora e esse é um ponto bem importante até de um conceito de sala de aula que mudou também, e isso assim, foi um termo que eu acho que tem toda a lógica para o momento em que a gente está vivendo. Vinícius, o aprendizado antigamente, ele era como… antigamente… antes de pandemia, não muito antigamente, há pouco tempo atrás, ele era como? O professor entra na sala, explica o assunto e aí o aluno vai lá, faz o exercício, leva a tarefa para a casa, faz sozinho, traz, o professor corrige, dois dias depois volta para ele. E o que que aconteceu agora com um pouco dessa… com esse monte de ferramentas online que a gente tem disponível para a educação, é a inversão da sala de aula, então a sala de aula invertida, ela é o que? É o conteúdo exposto para o aluno antes desse encontro, então de repente o professor fala, “olha, pessoal, acessem a ferramenta, assistam o conteúdo, façam a experiência e tragam para a gente conversar”. E o que que o… o professor acaba mudando um pouco de função, ele passa a ser um curador de conteúdo e um tutor para esse estudo, muito mais do que um professor que ensina o básico da lousa, entendeu? O que está na lousa. Então, ele gera… provavelmente, e eu acredito muito nisso, ele vai gerar estudantes e futuros adultos muito mais pensantes, porque gerando esses debates, eles não estão memorizando como uma boa parte de gerações aí de adultos tiveram que aprender, memorizando as coisas. Eles vão assistir, eles vão debater, e o aprendizado vai ficar muito mais leve, olha que beleza, o aprendizado vai ser gostoso, a ideia é essa, é criar engajamento através de uma maneira gostosa de aprender, que sorte desses alunos.

Perrott: Pois é, porque eu me recordo que eu decorei bastante coisa também na minha jornada.

Roberta: A gente não teve essa opção, a nossa opção foi, senta e aprende. E a vantagem dessa geração é senta, aprenda como você entender, cria o seu ponto de vista e a sua opinião e traga para a gente debater. Isso é um posicionamento superinteressante. Mas Vinícius, lembrando, o nosso país é uma desigualdade enorme social, tem uma desigualdade enorme social, educacional também, então claro que quando a gente fala de sala de aula invertida, plataformas, nem tudo isso é aplicado a todo tipo de ensino, infelizmente. Então, ensinos públicos muitas vezes são muito mais precários obviamente, até por falta de verba, de recursos, de estímulos, mas aos poucos acredito que isso vá sendo implementado. Então em algum momento essa… a nossa sociedade vai ter acesso a tudo isso que a gente está comentando.

Perrott: Um ponto importante, Roberta, na sua fala, que eu acho que eu deixo bem destacado aqui, as tecnologias já existem, elas foram potencializadas, devido essa demanda crescente que você até mesmo destacou no número, que eu acho que é importante, que cria bom contexto, mas na hora da aula ou na hora do aluno e do professor, da instituição, da sociedade como um todo consumir aquele ambiente e aquele conteúdo que está naquele ambiente, eu não posso ter indisponibilidade, eu não posso ter lentidão, eu não posso ter um problema tecnológico que inviabilize eu dar continuidade ao meu estudo e eu continuar enfim, fazendo aquela minha jornada. E existe sempre um trabalho de manter esses ambientes altamente escaláveis, que atenda a demanda, porque uma coisa, até me basear de novo nesse teu número, uma coisa eu ter uma estrutura para sustentar x alunos simultaneamente, outra coisa eu ter esse aumento de duzentos e tantos porcento, que você comentou, quase 300%, e a infraestrutura também tem que atender esse modelo, crescer quanto tem que crescer, diminuir quando tem que diminuir, eu não posso abrir mão de agilidade do meu ensino. Como é que eu consigo desenvolver pelo menos uma estratégia, eu enquanto instituição, para poder vislumbrar caminhos, sem estar desperdiçando recursos, que é o recurso técnico, financeiro e enfim, da instituição como um todo?

Roberta: Sobre essa questão de escalabilidade e alta disponibilidade, Vinícius, eu acredito que seja uma questão de planejamento e organização. Porque no modo híbrido, a escalabilidade é uma grande vantagem. Então, você pode ter um professor e dezenas ou centenas de alunos e que tem as plataformas que complementam, para as pessoas terem esse conhecimento que elas precisam. E você também, com essa escalabilidade, você consegue fazer jogos, simulações, atividades interativas durante a aula, e que quanto mais gente, normalmente é melhor, fica mais divertido, mais dinâmico, e é muito mais fácil de você aprender, capturar esse conhecimento, que você está naquela dinâmica envolvido. E aí também para a gente ficar um pouco mais tranquilo, mas aí é bem o começo da luz no fim do túnel, a partir de julho a gente tem a chegada oficial do 5G no Brasil. E essa chegada, o que que ela traz? Ela além de uma alta velocidade, claro que não vai ser uma banda que vai atender a todos de imediato, já está em teste em algumas regiões, mas essa conexão, além dela ser muito rápida, a gente tem uma vantagem muito grande na conexão 5G, que é a baixa latência, a baixa latência é o que? É o tempo de envio de informação, até o tempo de recebimento da resposta. Então, para esse tipo de jogo, essa coisa dinâmica, o aluno não vai precisar jogar e esperar que os outros joguem ou esperar que chegue a resposta no aplicativo, a coisa vai ser muito mais dinâmica, então a agilidade vai acontecer inevitavelmente, mas não talvez nesse primeiro momento, quando a gente ainda está com o 4G e ainda tem um delayzinho. Mas esse aprendizado vai ficar muito mais eficiente, digamos assim. E nesse método de ensino de alta disponibilidade, é importante considerar que o professor pode ser um pouco prejudicado, o professor já foi muito prejudicado nesses dois anos e ele teve que aprender muita coisa, mas além de tudo, como as ferramentas, elas estão ali disponíveis, então para você mandar uma mensagem para um professor, pedir uma ajuda com um trabalho e isso pode ser a qualquer hora do dia. E se o professor não for um professor regrado, que naquele horário de trabalho… fora do trabalho, ele não vai atender, talvez a vida dele fique um pouco confusa e aí sim, é o que eu falo que ele precisa de um planejamento e uma organização dele para que isso não invada a vida dele. Mas para o aluno, sensacional. O aluno vai ter, ele vai ter o professor, ele vai ter a plataforma, ele tem outras plataformas de comunicação, então ele não estará sozinho. Eu entendo que a nossa missão de educação em geral, Brasil, ela é muito mais inclusiva e muito mais de qualidade, o ensino remoto, ele veio trazer para perto quem não consegue estar perto. Então, gente que… pessoas que tem dificuldade de locomoção, ou pessoas que moram em uma cidade onde não tem o curso que ela quer fazer. Então, espero de verdade que esse método à distância seja realmente inclusivo e consiga agregar esses alunos que a gente perdeu e esses alunos que a gente nunca conseguiu ter. Então, que ele traga esse benefício para a sociedade.

Perrott: Olha, Roberta, eu vou ter que dar um depoimento pessoal e vai ficar registrado nesse episódio, exatamente sobre essa sua fala que eu achei sensacional, trazer perto para quem está longe. E justamente nesse período, eu tive a oportunidade muito bacana de participar de um curso internacional sem ir na instituição de renome, assistindo online, ao vivo, interagindo com o professor e com os alunos, e eu era o único fora do país de origem daquele curso. Então assim, se não fosse pela plataforma e também a instituição oferecer esse curso, eu não teria como ter ido lá no país, nos Estados Unidos para poder fazer esse curso, e que foi fantástico. Então assim, é realmente uma prova aqui do que você está falando, que viabiliza conectar mais pessoas com mais mentes, e mais pensamentos e fica bem mais colaborativo, de novo puxando a sua palavra lá do início, a colaboração, então fica aqui registrado, faz sentido sim, viu? Isso que Roberta falou, eu vivi, eu vivi isso.

Roberta: Faz sentido, é um mundo de oportunidades, Vinícius, a gente não pode desperdiçar, porque se o mundo está chegando para a gente e está chegando para todos, eu espero, aos poucos vai expandindo, que as pessoas só consigam aproveitar isso, assim como aproveitou.

Perrott: Você também falou do 5G, Roberta, obviamente o 5G, ele não é uma grande promessa tecnológica, é um fato, está na fase de implantação, e o que mais a gente pode ter de tendência para esse setor, visto diversas outras coisas, o 3G, ele vai ser uma grande estrada, vai viabilizar acesso, mas indo nele, o que que pode se conectar a ele que viabilize outras possibilidades?

Roberta: Então, para essa indústria, Vinícius, quando a gente fala 5G, ele já remete muito a essa velocidade que a tecnologia vai entregar as informações. Então, tem algumas tendências tecnológicas sim para esse setor de educação, e que muitas vezes são muito compatíveis com a expectativa do 5G, por exemplo, eu vou citar algumas para vocês, mas por exemplo, a tecnologia imersiva, ela é a tecnologia que é usada como realidade aumentada, realidade virtual, até não sei se vocês já viram, mas algumas projeções de realidade aumentada, por exemplo, em um estádio, acho que foi, se eu não me engano, na China, eles fizeram uma projeção de um dragão sobrevoando um ginásio onde teria um jogo de futebol, se eu não engano. Então, eles trouxeram, para quem assiste de casa um jogo de futebol, por exemplo, eles trouxeram a figura para dar uma dinamizada naquele momento, para dar uma emoção. E na educação, você imagina você ter uma realidade aumentada, uma realidade virtual, ou até uma realidade estendida do que você possa ver alguma coisa que não está na sua mão, então que você possa entrar dentro, de repente, da sua escola virtualmente, ir até o laboratório de física e fazer um experimento virtualmente, acompanhar o experimento, isso é até comprovado de que essas plataformas imersivas, elas têm uma efetividade de aprendizagem muito grande, cerca de 76% a aprendizagem, então quer dizer, põe em prática e eu meio que garanto o conhecimento, sabe? Essa é uma das tendências. Outras tendências que eu gosto muito de comentar, eu já falei sobre acessibilidade e inclusão, sobre trazer os estudantes para perto, que é uma das grandes tendências e que o 5G facilitando essa conexão com a internet, essa velocidade vai facilitar muito a inclusão. É um outro ponto importante que a gente até comentou em off antes daqui da gravação, é um termo chamado mobile first learning, eu não sei se você tinha ouvido falar, eu tenho filhos pequenos, os meus filhos tiveram necessidade de entrar em aulas no computador e no celular. Graças a Deus eu consegui ter um computador para cada um, mas muitas famílias não conseguiram, e o que elas fizeram? Deram o celular para o filho pequeno, que não ia ter um celular tão cedo. Ele teve o primeiro contato de aprendizado online com um dispositivo móvel, que foi com um celular. Então assim, tem até uma porcentagem que também me chama atenção, que 58% dos pais deram um smartphone para o filho por causa das aulas. Então, estimulou para que esse tempo de dar o celular ao filho fosse antecipado. Então, essa tendência de que a tecnologia está cada vez mais presente no dia a dia da educação, ela é confirmada. E tem outros números interessantes, por exemplo, a gente agora tem cerca de 15 bilhões de dispositivos móveis no mundo. A tendência é que a gente tenha 18 bilhões em 2025. Então, é aumentar muito rapidamente esse número, a gente está falando… a gente vem com um mundo de conexão móvel há muitos anos já, para a gente chegar há quase 15 bilhões, imagina que em mais dois, três anos, a gente vai ter três bilhões a mais de usuários e de dispositivos, não de usuários, de dispositivos. Então, é uma crescente exponencial. Um outro ponto importante de tendência para essa indústria, que eu acho que é muito considerável e a gente já comentou também, é sobre o trabalho colaborativo por social learning. Então, o que significa, fazer encontros virtuais, por mídias sociais, para debater um tema, para fazer círculo de aprendizagem e tudo isso faz com que o aluno esteja envolvido e ele capture muito mais esse conhecimento, do que uma sala de aula tradicional. Tem também e aí vocês vão conhecer, algumas micro pílulas de conhecimento, que a gente chama, você já deve ter assistido alguns vídeos do Ted, vídeo do Ted é uma micro pílula.

Perrott: Exatamente.

Roberta: São vídeos rápidos, com pessoas experts nas áreas e que vão fazer ali um monólogo ou às vezes um diálogo, mas normalmente um monólogo sobre o tema que ela tem a experiência. E aí tem essas micro pílulas e elas também podem ser aliadas a gameficação, que é o caso, por exemplo, daquele aplicativo Duolingo, você já usou esse aplicativo?

Perrott: Já, já usei sim.

Roberta: Ele é um habilitador de línguas, e ele é incrível, e ele tem jogos e você consegue falar com pessoas de fora do seu país, claro que tem versão gratuita e versão paga, mas ele te abre, de novo, um mundo de conhecimento. E aí falando já de gameficação, essa é outra tendência, gente, a gameficação gera uma ansiedade, uma vontade de participar em qualquer tipo de estudante. Então, quando você… a gente aqui na Oracle, até vou contar uma das atividades internas nossas que funcionam super bem, agora já está manjado, a gente já usou bastante, mas no começo da pandemia, a gente usava aquele famoso, como se fosse o Show do Milhão.

Perrott: Ah legal.

Roberta: Escolhia uma pessoa da plateia e essa pessoa da plateia respondia as perguntas sobre a Oracle, e era muito legal, porque a pessoa se sente envolvida, a plateia participa junto e se sente envolvida, e o conhecimento ali também é capturado.

Perrott: Isso vai dando mais imersão a quem está participando. Então, a pessoa fica mais tempo interagindo, conectada e realmente se interessando, realmente querendo aquele conhecimento.

Roberta: Exatamente, Vinícius, e a gente teve um conhecimento muito solitário por muitos meses, então esse conhecimento social, esse conhecimento com as pessoas junto que para a gente, a gente já estava acostumado e a gente perdeu, então voltar a ter isso da maneira que a gente teve agora nessa época de pandemia, isso foi sensacional, a gente fazia a vida um pouquinho mais leve diante daquele momento tão cinza que a gente estava vivendo, foi uma das sugestões e das soluções feitas por empresas, por escolas, e que para a área de educação em especial funciona muito. E um outro ponto, Vinícius, que eu queria comentar sobre tendências, é a personalização, o que que significa? Quando eu te falei do ensino médio, sobre escolher um pouco mais o perfil que ele quer aprender naquelas 1200 horas adicionais, é a gente trabalhar um pouco mais com os dados dos alunos. Eu como Oracle, eu te digo assim, os dados são os grandes trunfos da nossa realidade, a gente precisa dar atenção para esses dados, porque eles são valiosíssimos, então você conseguir analisar o dado de um aluno, que ele começou a estudar no ano tal, que ele tem interesse em tal matéria, e que vem um palestrante falar daquela matéria que ele tem interesse, e você conseguir fazer uma teia de informações daquele aluno, a gente consegue ficar como aluno, muito mais satisfeito, e isso eu te digo como ensino superior, ou ensino até infantil, a gente fica muito mais movido a isso, e a gente aprende muito mais. Então, olha a quantidade de coisas que eu te passei aqui que só tendem a favorecer para que a educação realmente ganhe agora uma nova energia, um novo gás, para que a gente tenha estudantes motivados e felizes.

Perrott: Tem até um estudo nesse segmento, Roberta, que trata exatamente esse aspecto da personalização do conhecimento e do ensino, visor que o indivíduo como unidade, ele é único. E tem suas necessidades, enquanto coletivo ok, ele pertence aquele grupo e aí formatar um material para o grupo, obviamente você cria um padrão, porém quando você vai atender a necessidade do aluno indivíduo, isso que você falou contribui bastante, que é a capacidade da personalização, de trazer contextos e informações específicas para aquele indivíduo ali, e de novo, enquanto um e enquanto grupo. É bem interessante, tem vários estudos na área que fala sobre isso. E que legal que é uma tendência, e que na verdade, já está sendo tratada, já está sendo resolvida, de certa forma, com a tecnologia, isso é bacana.

Roberta: Exatamente. A ideia é que a gente não seja mais um número, Vinícius, porque muitas em empresas grandes, depois que esses estudantes crescerem, se o mundo continua do jeito que está, eles vão virar o 365 da empresa X.

Perrott: Vai virar o número da matrícula.

Roberta: O número da matrícula, e ele vai virar o número, mas ele não quer ser o número, porque essa geração, ela não quer ser igual, ela é uma geração, que ela quer ser diferente. Ela quer ser do jeito que ela quiser se realizar e que ela puder se realizar. Então, a gente também tem que considerar que a geração mudou, as demandas mudaram, a gente aceitou ser um número até a página 15, alguns não, mas agora essa geração que está vindo, não aceita ser um número, ela quer ser o Vinícius, ela quer ser a Roberta, ela quer ser a Silmara, ela quer ser quem ela se formou, quem ela escolheu para ela. Então, a gente… eu vejo mudanças boas, Vinícius, eu sou uma pessoa otimista e eu acho que a educação e já vindo de base tão favorecida assim, a gente vai ter um mundo melhor daí para a frente.

Perrott: Eu não tenho dúvida disso, Roberta, eu não tenho dúvida. Inclusive, é uma aposta muito grande minha, inclusive, aqui também do nosso episódio em poder trazer uma luz e inspirar outras pessoas que estejam vindo também. Agora, Roberta, mas a gente tem que fechar esse ciclo aqui e a gente já está no finalzinho do nosso episódio, eu sei que tem muito assunto ainda para falar de educação, dá para fazer aqui uma série só sobre isso, porque tem cada detalhezinho que faz toda diferença, e transforma, é uma aposta também aqui minha. Mas antes de finalizar, eu sempre faço uma pergunta aqui aos meus convidados que busca o entendimento pessoal, do que que você houve falar de uma coisa que a gente está ouvindo direto há muitos anos falar, então vamos lá, para a Roberta Cruz, o que que é computação em nuvem?

Roberta: Olha, Vinícius, para mim, ela é realmente uma coisa necessária hoje em dia, ela é uma tecnologia que a gente pode acessar de qualquer lugar basicamente, desde que tenha um dispositivo conectado à internet e que você não precise instalar um software para poder acessar o que você tem ali. Então, que você vai consiga ter mais mobilidade, então eu posso trabalhar do meu computador e ter os meus arquivos todos colocados na nuvem, salvos na nuvem e os meus executáveis também, os aplicativos e que eu não tenha nenhum tipo de dificuldade em acessar o que eu preciso. Então, é um grande facilitador, eu como Oracle e como uma empresa que foca muito em nuvem, eu digo que é realmente uma solução que dá um alívio, dá uma fortalecida na nossa vida de profissional e na vida pessoal também.  E eu espero que a tecnologia, todas as tecnologias agora migrem para a nuvem, porque a gente fique totalmente cloud. É isso que é a tendência.

Perrott: Legal, legal. Roberta, eu queria muito agradecer pelo seu tempo e os insights que você compartilhou no nosso episódio, eu não tenho dúvida que quem está acompanhando, realmente está curtindo bastante essa nossa temporada. Obrigado e até a próxima oportunidade.

Roberta: Obrigada a vocês, Vinícius, falar de educação é um prazer, obrigada pelo convite, contém comigo para o que vocês precisarem daqui para a frente. Um abraço.

Perrott: E você que acompanha a gente na nossa minissérie, só reforçando, a transcrição completa desse bate papo está lá no site do Papo Cloud, você pode acessar o link através da descrição do seu agregador de podcast favorito, exatamente onde você estiver ouvindo esse episódio. Olha só, a Roberta, ela compartilhou vários insights aqui que realmente vale a pena você ir lá conferir e pegar todos os dados no detalhe. Bem, esse bate papo aqui não termina nesse episódio, a gente continua lá no nosso grupo, Papo Cloud Makers, bit.ly/papocloudtelegram, e eu agradeço a sua presença. Até o próximo episódio do Papo Oracle Cloud.

Manda um comentário aqui para a gente, pode ser pelo Telegram. bit.ly/papocloudtelegram.

Até o próximo episódio do Papo Oracle Cloud!

Veja os outros episódios da Minissérie Papo Oracle Cloud 

  • cover play_arrow

    Papo Oracle Cloud T3 05 – Como a tecnologia apoia o Setor de Educação para proporcionar inclusão, maior autonomia e experiências diferenciadas
    Vinícius Perrott

Tagueado como: .

Avaliar a postagem
Episódio anterior
Episódios relacionados
Comentários (0)

Deixe um comentário

Seu e-mail não será divulgado.