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Vinícius Perrott 14 de fevereiro de 2021 4702 17 3
Olá, tudo bem?
Seja bem-vindo à minissérie Papo Oracle Cloud, idealizado e produzida por Papo Cloud junto com o time da Oracle Brasil.
Eu sou Vinicius Perrott e, nessa minissérie de quatro episódios, temos o tema central estratégias de negócios para adoção de solução em nuvem, independente do tamanho da sua empresa.
Mas antes de começarmos o nosso bate-papo, tenho um recado para você.
No site papo.cloud, você pode acessar a transcrição completa da nossa entrevista.
Acesse agora mesmo e confira dois materiais que o time da Oracle Cloud preparou para você.
O primeiro é um infográfico, Tudo o que você precisa saber para migrar para a Oracle Cloud.
O segundo material é um passo a passo para criar a sua conta no modo gratuito da Oracle Cloud. Com essa conta, você pode criar, experimentar e desenvolver aplicativos na Oracle Cloud gratuitamente.
Não importa se você é CIO ou CTO, se lidera uma área de TI corporativa ou se é responsável pela prestação de serviços de tecnologia.
Disponibilidade de ambiente e custo sempre estarão na sua pauta.
E, seguramente, depois das lições da pandemia e de um processo de antecipação da digitalização assistido nos últimos meses, esses dois pontos serão ainda mais importantes e você não pode escolher um em detrimento do outro.
Entenda como é possível trilhar um caminho para rodar seu negócio num ambiente moderno, com altíssima disponibilidade e ainda reduzindo custos.
Vinicius Perrott: Para esse episódio da Minissérie Papo Oracle Cloud, temos a presença do Leandro Vieira, líder de novos negócios para pequenas e médias empresas. Leandro, seja bem-vindo ao Papo Oracle Cloud.
Leandro Vieira: Show. Muito obrigado, Vinícius. Bom dia, boa tarde, boa noite para o pessoal. Não sei que horário vocês estão escutando. Como podcast é essa mídia dinâmica, então espero que se sintam abraçados por mim. É um prazer estar contigo, Vinicius. Estou 100% à disposição para a gente falar um pouquinho mais de Oracle Cloud com foco em pequenas e médias empresas do nosso Brasilzão. Eu tenho certeza que muita gente deve estar escutando: “Caramba, Oracle para pequenas e médias empresas?” Sim, é possível. A gente vai falar um pouquinho mais sobre isso hoje. Muito obrigado pelo convite, Vinicius.
Perrott: Tranquilo. Com certeza o episódio vai ser muito legal. Mas, Leandro, vamos começar pelo básico. Eu acho que o básico sempre nos ajuda.
Leandro: Claro.
Perrott: Quem é o Leandro Vieira?
Leandro: Pessoal, quem é Leandro Vieira? Acho que Leandro Vieira é um cara apaixonado por tecnologia, apaixonado por inovação, empreendedorismo. Mora há dez anos em São Paulo. Eu sempre tive aquele sonho de infância, via as pessoas, quando assistia o jornal, lá no interior… eu sou natural de Botucatu, interior do estado de São Paulo. Então via o jornal, via as pessoas lá na Paulista, andando para lá e para cá de terno e gravata. Eu sempre sonhei em ser um executivo. Estou há dez anos na Oracle exercendo esse… vivendo esse sonho de infância de ser um executivo na área de tecnologia. Sou formado em tecnologia, trabalho, como falei, há dez anos aqui na Oracle. Iniciei a minha carreira aqui dentro de uma posição de vendedor interno, uma posição de insight sales. Inicie minha carreira atendendo grandes clientes e, há quatro anos, a gente moveu a estrutura para atender uma camada de clientes que, até então, a gente não atendia que são as pequenas e médias empresas no Brasil. Isso casou exatamente com um pouco do contexto que a gente está aqui para falar um pouquinho para vocês hoje que é o advento de cloud. Então, há quatro anos, a Oracle começou a portabilidade dos produtos dela para comercialização como serviços em cloud. E nós criamos aqui, a gente chamava, na época, uma start up dentro da Oracle que foi a área de atendimento a pequenas e médias empresas da qual eu faço parte. A gente começou essa jornada há quatro anos. Então a gente se considera ainda um evangelista nesse mercado, porque todo mundo olha e fala: “A Oracle nunca foi para empresa pequena, a Oracle sempre foi para empresa grande”. Então a gente está há quatro anos dentro dessa jornada de evangelização do mercado para com as nossas soluções. Mas se eu pudesse resumir o Leandro: apaixonado por tecnologia, apaixonado por empreendedorismo, um cara 100% aberto a aprender e ajudar. E acho que essa visão de aprendizado contínuo é algo que a gente não pode esquecer. Eu acho que esses tempos recentes nos ensinaram que a gente não entende nada, não sabe de nada, tem que estar sempre aberto a coisas distintas. Ninguém imaginava que hoje… aqui a gente está há quase dez meses trabalhando dentro de casa, aqui na Oracle, por conta dos efeitos da pandemia. Então, acho que a gente tem que ter a mente aberta e 100% à disposição para conhecer as coisas. Então estou aqui para passar um pouquinho do meu conhecimento de Oracle, mas tenho certeza que o que vai voltar também de conhecimento de vocês para com a gente vai ser sensacional nessa troca fundamental, Vinicius.
Perrott: Realmente inspiradora a sua jornada e a sua visão de carreira. Tenho certeza que o ouvinte dessa minissérie vai se inspirar também. Mestre, eu queria puxar um assunto que é importante, partindo do princípio que a economia no Brasil é fortemente fundamentada no pequeno e médio empreendedor, empresas de todo o tipo de tamanho, de todo o tipo de segmento. Mas normalmente ela… você até colocou na sua introdução que elas são meio que esquecidas por algumas empresas de adoção de tecnologia ou até mesmo tem dificuldade na adoção de tecnologia. Como é que o gestor, SMB, que está lá querendo fazer o seu negócio crescer, melhorar, trazer resultados para a sua economia, para o seu ecossistema local… ele tem uma relação muito local, normalmente o pequeno e médio empreendedor. Como que a Oracle e como você, com a sua experiência, com os seus insights, veem esse mercado e posicionam de uma forma para ajudá-los? Esse é o nosso principal papel, ajudá-los a ter uma solução de tecnologia de ponta.
Leandro: Muito bom, Vinicius, ótima a sua pergunta. Eu acho que eu volto para o básico que é: às vezes falta conhecimento para esse mercado. Então eu vou pegar alguns exemplos. Eu já tive em mesas com donos de empresas que criaram impérios em determinados setores em determinadas regiões do Brasil que têm pouco contato com tecnologia, porque, fundamentalmente, ele nunca precisou da tecnologia tão próxima ao negócio dele para proporcionar o crescimento. Então vamos pegar uma empresa de logística. Eu estive sentado em mesas com presidentes dessas empresas que a gente estava, entre aspas, competindo o nosso projeto contra a compra de uma nova frota. E para ele era muito mais visível ver dinheiro retornando através da compra de um caminhão, da compra de novos equipamentos do que em um projeto de tecnologia. Eu acho que quando a gente olha, de novo, para o cenário atual, para o cenário de pandemia, onde muitas das nossas formas de ir ao mercado, de consumir produtos mudou, a tecnologia tomou um papel de destaque em todo esse âmbito de pensamento do pequeno e médio empresário local. Então imagine o seguinte, você é dono de uma loja, você tem suas duas, três lojas para vendas de alguma coisa, você se viu em um momento que você não podia abrir a sua loja. Como que você ia pagar funcionário? Como que você ia controlar o seu estoque? Como que você ia chegar ao seu cliente sendo que ele não podia chegar até a sua loja e fazer compra de seus produtos? Então acho que acendeu uma luz dentro de uma visão que, particular a nossa Oracle, mas que a gente tem visto retrada nos nossos clientes de que a tecnologia deixa, de fato, de ser aquele velho papo que a gente sempre escutava. “Tecnologia é estratégico, vai deixar de ser suporte algum dia da operação e vai passar cada vez mais a tomar um papel estratégico”. Acho que hoje a gente tem visto concretizar um pouco dessa visão. Agora você me pergunta: “Como a gente ajuda o mercado das pequenas e médias?” Primeiro com conhecimento. A gente chega, muitas vezes, para sentar e discutir projeto com os nossos clientes, acho que o nosso papel, como eu coloquei aqui no começo, é um papel de evangelista. É de entender primeiro a situação daquele cliente, o que dentro do nosso portfólio faria sentido para levá-lo para um próximo passo de crescimento ou para estabilizar uma situação que muitas vezes é uma situação complexa dentro do cliente. Então muitos clientes, quando a gente olha para o histórico recente, nunca investiram tanto em tecnologia, então é normal você chegar em uma pequena e média e ver o servidorzinho embaixo da mesa. É aquela coisa que, às vezes, ele tem um mini data center que às vezes não tem refrigeração, então em alguns momentos caem os equipamentos e a operação para. Ou, muitas vezes, agora a gente está em época de chuvas aqui no Brasil, a gente está gravando aqui em janeiro… aí em São Paulo, aqui todo final do dia em janeiro chove. E a gente… muitos clientes… eu lembro até um caso que a gente discutiu ano passado que o data center alagou. Então o cliente já tinha certo tamanho, ele tinha um data center interno e esse data center alagou, ele ficou quatro, cinco dias sem poder operar. Então acho que sempre parte do entendimento, de como que a Oracle fez isso dentro dessa estruturação que eu comentei de quatro anos atrás. Com pessoas. Então a gente capacitou uma equipe, hoje somos mais ou menos em cerca de duzentas pessoas que atendem o mercado de pequenas e médias aqui no Brasil. E eu acho que a pergunta fundamental: o que a gente precisa? Você não precisa de nada, é só chamar a gente para conversar. A gente tem profissionais tanto do cunho técnico com conhecimento de aplicações quanto do cunho técnico com conhecimento de infraestrutura para sentar junto com os nossos clientes e desenhar projetos em conjunto que ajudem a: 1) resolver essas situações que são situações urgentes, quando a gente diz de reestruturação de data center, coisas que estão hiperativas para o dia a dia do gestor de tecnologia. Ou, no segundo ponto, ajudando aquela empresa, de fato, a um próximo passo que vai levá-la para uma visão competitiva muito mais aninhada com as visões de mercados atuais. Então vamos pegar o exemplo da loja que eu dei. Pensa numa loja virtual, temos soluções e-commerce na nuvem que você pode levar a sua loja virtual em quinze dias, você pode abrir uma loja virtual com alguns parceiros Oracle ajudando você na implementação. Então existem várias peças nesse quebra-cabeça, mas nosso ponto fundamental, até pelo ponto que a gente acredita que é necessário, de novo, dar conhecimento, a gente tem uma equipe 100% pronta, à disposição para iniciar essas conversas com os nossos clientes, Vinicius.
Perrott: Puxa, sensacionalmente. Realmente é um grande apoio que você, junto com a sua estratégia e sua equipe, vai dando aos pequenos e médios empreendedores. Mas também tem um ponto importante que nós, ou a grande maioria, que somos pequenos e médios, temos uma preocupação muito grande com o custo. Tem que estar sempre controlado o custo. E para o pequeno e médio que ainda não estão em uma governança tão pronta, uma governança pronta para poder ir para nuvem, para poder já entender como que funciona, como que é cobrado, como é que você justamente evangeliza, como que você mostra para esse novo empreendedor que está entrando agora na nova jornada de computação em nuvem tenha um maior controle nos seus gastos, nos seus investimentos? Como que ele vê esse lado e desmistifica? Porque como você citou bem, o servidor dele estava debaixo da mesa; agora está na nuvem. Como que ele controla esse lado tão crítico que é a área de custos?
Leandro: A Oracle é tida, no passado recente, como uma empresa que tinha soluções caras. Então eu acho que esse é um primeiro ponto que eu acho que a gente tem que começar também a quebrar. Hoje, se a gente fizer um ponto comparativo com os nossos principais concorrentes no mercado quando a gente fala de soluções de tecnologia em nuvem, a Oracle, em disparada, é 30 a 50% mais barata do que todos esses concorrentes localmente. E nós temos algumas diferenças que são importantes. Nosso faturamento é 100% em reais, então sem pensar em variação cambial, então a gente sabe que muita gente que hoje já adquiriu nuvem sofre com a flutuação do câmbio. Com a Oracle isso não acontece. Nosso câmbio é um câmbio 100% estável. Então a partir do momento que nós assinamos o contrato, esse contrato não tem nenhum tipo de increase ou nenhum tipo de aumento naquele preço que foi pré-definido no momento da assinatura. E 100% dos impostos já estão inseridos na contratação que também é outra surpresa que vira e mexe acontece quando a gente está falando com alguns clientes. “Eu fiz uma contratação de uma solução XPTO. Em um determinado momento, além da flutuação de câmbio, eu descobri que eu deveria reter, recolher aqueles impostos que não necessariamente… como o faturamento no local não estava acontecendo através do meu fornecedor”. Então esses são dois pontos fundamentais. O terceiro ponto é novamente indo na linha do conhecimento, Vinicius, nossos preços são 100% públicos, então se você entrar na Oracle Calculator, se você colocar no Google “Oracle Calculator”, você vai chegar à calculadora de preços Oracle e você vai conseguir ter a noção clara do que são os custos determinando a quantidade dos serviços necessários. Então existem serviços que são cobrados por hora, existem serviços que são cobrados por dia. Então desde subir uma máquina virtual até alguns terás, gigas de storage, eles estão 100% abertos e são 100% configuráveis dentro dessa calculadora. Um terceiro ponto que eu acho que vale super a pena: o nosso time, esse time que eu falei de 200 pessoas que nós temos para atendimento de pequenas e médias aqui no Brasil, ele está 100% à disposição para, além de ajudar o cliente dentro dessa jornada de entendimento do que é necessário, de quais produtos seriam… quais soluções teriam mais sentido para a necessidade deles, a gente também ajuda dentro dessa visão de redução de custo, porque não necessariamente esse ambiente A que ele tem lá embaixo daquela mesinha nele, que porventura ele gastou X em uma aquisição no passado, ele precisa levar exatamente esse ambiente como é para a nossa nuvem. Então tem um trabalho também de adaptação do que hoje está no cenário daquele cliente, levando com utilizações para a nuvem. E aí ele pode ter… seja redução de custos por armazenamento de dados, por um backup. A gente pode trabalhar isso em diversas visões, Vinicius. E eu acho que outro ponto importante a frisar, hoje, dentro desse mercado de pequenas e médias, a gente também atende pessoas físicas, então a gente tem aqui um volume grande de pessoa física e muita gente não sabe que faz usufruto da tecnologia Oracle através de cartão de crédito. Então a gente também tem uma modalidade… se você em uma empresa, você não tem o capital social já formatado, você pode fazer usufruto como pessoa física através do seu cartão de crédito pessoal, fazer utilização da nuvem Oracle. Então é um número que tem crescido mês após mês de pessoas físicas interessadas que vêm talvez de uma jornada que nós começamos. Há cerca de um ano, se eu não me engano, nós lançamos parte do nosso portfólio dentro de um contexto que a gente chama de eternamente gratuito, Always free, que é o quê? Para um determinado set de produto e quantidade de produtos Oracle, então estariam inseridos dois bancos de dados autônomos Oracle, duas máquinas virtuais que você poderia subir na nossa nuvem, cem teras de… cem gigas de storage, perdão. Isso 100% sem custo por um prazo ilimitado para os nossos clientes. Daí você fala: “Cara, como assim que você está dando coisas de graça por um prazo ilimitado para clientes ou para pessoas físicas?” A gente está muito na linha de, novamente, evangelizar através do conhecimento. Então se eu tenho um estudante em uma universidade que se junta com outro amigo que eles começam: “Vamos desenvolver, talvez criar uma empresa para resolver esse problema do mundo”. Puta, que legal. “A gente quer resolver isso agora, a gente vai precisar de tecnologia, a gente vai ter que ir para os players que hoje poderão nos ajudar a subir ou criar uma aplicação”, seja qual for essa ideia. Então a Oracle pensa exatamente em acompanhar essa jornada desde o início. Então a gente começa dentro de uma visão onde eu faço um investimento nesses dois estudantes que estão querendo conhecer mais sobre tecnologia e, porventura, podem fundar uma empresa que depois pode ser a próxima grande ideia que vai mudar o mundo, de uma maneira gratuita dentro de uma visão ilimitada, desde que ele não exceda, novamente, esses limites que existem para a utilização dos nossos produtos. E se ele gostar, se ele achar que isso o ajudou nesse início ou, de fato, ou o ajudou a se desenvolver, a se capacitar tecnicamente, a partir de um segundo passo ele pode começar a adquirir isso como pessoa física, uma vez que ele exceda esses limites através de um crédito e um CPF. E depois, a partir do momento que ele constitui a empresa, a gente pode ir para uma modalidade contratual com ele mais de longo prazo onde ele tem condições comerciais melhores e assim por diante. Então a gente quer tentar acompanhar toda essa jornada, desde a formação tecnológica dos nossos potenciais profissionais e as próximas empresas no Brasil, até empresas, de fato, constituídas que nós temos hoje dentro do nosso escopo, Vinicius.
Perrott: Puxa, interessante, porque você mostra que existem várias alternativas para o pequeno começar, se estruturar. Essa data do CPF… sensacional, de fato uma grande oportunidade para experimentar as soluções em nuvem. Dá uma possibilidade totalmente nova em relação a esse novo ambiente. Mas, claro, ainda na área técnica e junto à gestão do pequeno empreendedor, ele sempre tem uma dúvida de que… “Ah, eu tenho que usar uma solução in cloud, mas eu tenho que ter coisas distribuídas mundialmente, eu tenho que ter muita replicação de tudo e isso vai encarecer”. Explique um pouquinho melhor essa estratégia. Eu posso ir para a nuvem, mas logo na primeira instância, no primeiro passo que eu sou, eu já tenho que estar distribuído localmente ou distribuído geograficamente? Como que é essa estratégia de adoção em nuvem para o pequeno?
Leandro: Não necessariamente, tá, Vinicius? Existem produtos e, digamos assim, contratos de disponibilidade distintos. Então hoje, por exemplo, no Brasil, a Oracle é um dos poucos fornecedores que têm SLA de atendimento dentro do seu contrato. Ou seja, o que isso significa? Dentro de uma única instância, sem pensar em uma diversificação onde você tenha que ter bases de contingências espalhadas pelo globo, talvez pensando em um cliente que tenha um pote maior, a gente já tem um nível de atendimento necessário que vai te cobrir necessariamente a disponibilidade daquele seu ambiente. Então, quando a gente pensa em jornada para nuvem, muita gente fala na questão ‘custo’. “Eu penso em reduzir o meu custo indo para nuvem”. É importante e, dependendo do cenário no qual você se encontra, sim, você pode conseguir reduções de custo significativas versus seu cenário atual versus aquisição de hardware tradicional como nós tínhamos muito no passado. Porém, se eu pudesse elencar os dois principais motivos para que essas empresas, de fato, pensem nessa jornada para nuvem, estariam muito correlacionados à disponibilidade. Novamente, você não ter lá dentro do seu data center a possibilidade de quedas, possibilidade de… vamos supor, queda de energia. Se você não tem uma preparação adequada ao seu data center, você vai ficar com o seu ambiente fora. O caso da chuva, que eu falei, que a gente trabalhou um cliente recentemente que ele teve o seu data center inundado. Então, a questão de disponibilidade é superimportante, então você terceiriza um papel que hoje está dentro do seu guarda-chuva para um fornecedor. Então grande parte dos fornecedores pode ter dentro de contratos níveis de serviços aos quais você não tem edição adequado aos seus negócios. E o segundo ponto é a questão de segurança que está muito correlacionada. Quantos ataques nós estamos vendo hoje em dia no que tange ambientes internos então? É um pouco do que a gente fala. Muita gente fala: “Quando eu vou para a nuvem, talvez eu tenha um ambiente que necessariamente vai ser compartilhado. A chance de alguém ir lá mexer nos meus dados é maior”. Não. Aí é que muitas empresas se enganam. É muito menor, porque imagine o seguinte, hoje você tem uma equipe de uma, dez, quinze, vinte, trinta, cem pessoas defendendo o seu data center contra invasões. Vamos imaginar um cenário hipotético. A partir do momento que você traz esse ambiente para o ambiente de nuvem, você vai ter a sua equipe de cinco, dez, cem pessoas defendendo, você vai ter mais a equipe que faz a gestão do data center que está te defendendo, está defendendo mais “n” clientes globalmente. Ou seja, se existe alguma forma de… alguma brecha de segurança global, e isso aconteceu em determinado país da Europa, essa atualização vai relatar globo, então ela vai relatar e vai chegar aqui ao Brasil já te protegendo daquela potencial brecha de segurança que possa existir. Então, a visão de segurança é uma visão superimportante que muita gente acaba desconsiderando hoje. Hoje, grande parte do ativo das empresas… sim, a gente falou da empresa de logística que tem a frota de caminhões. Sim, é um ativo superimportante porque é isso que traz o dinheiro para dentro de casa. Mas imagina que essa mesma empresa seja refém de um hacker que roubou 100% das suas informações e depois está cobrando uma taxa altíssima de resgate por essas informações. O que aquele dono dessa empresa faria? Em que situação ele estaria? Será que ele conseguiria operar sem nenhuma informação de cliente, sem nenhuma informação de quanto que o cliente deve, quais foram as notas que foram tributadas, a questão de tributos? Então é um cenário muito complexo ao qual nós estamos nos vendo hoje. E quando a gente traz essa visão para nuvem, a chance disso acontecer cai substancialmente, Vinicius.
Perrott: Bem, eu não sei nem o que falar, porque fica muito mais estratégico quando você explica dessa forma que, primeiro, desmistifica aquele negócio de “Ah, eu tenho que adotar tudo quanto é tipo de solução, o mais alto possível, e minha conta estourar tão rapidamente”.
Leandro: Não.
Perrott: E, de fato, você está mostrando que existem caminhos mais tranquilos e mais estratégicos e mais passo a passo para poder ter uma adoção de como está a sua nuvem e, obviamente, você iniciar a sua jornada com muito mais maturidade e seguridade.
Leandro: É isso aí.
Perrott: Mas, Leandro, a gente está chegando ao nosso finalzinho do nosso bate-papo, mas eu sempre faço uma pergunta aos meus convidados que não tem certo ou errado. Muito pelo contrário, é buscando a visão de mundo do convidado. E a pergunta é a seguinte: para o Leandro Vieira, o que é computação em nuvem?
Leandro: Computação em nuvem para o Leandro Vieira é uma forma que nós trouxemos de diminuir a barreira de entrada para toda e qualquer empresa e toda e qualquer pessoa. Então, novamente, indo um pouco com o discurso que eu já coloquei, hoje qualquer pessoa que se sente dentro de uma universidade, dois amigos têm uma ideia brilhante, através de computação em nuvem eles podem transportar essa ideia em uma realidade e dali sair a próxima solução que talvez vá mudar o mundo em cima disso, Vinicius. Então eu acredito muito que a computação em nuvem diminua essa barreira de entrada. Então antes a gente via 100% da economia pautada nas grandes empresas, 100% uma visão de competitividade muito grande, porque se eu sou grande, eu não quero que ninguém seja grande que nem eu, eu não quero colaborar com o mercado. Hoje a gente tem muita visão pautada nas pequenas. Quem iria imaginar, por exemplo, o Nubank talvez desafiando empresas como Itaú, Bradesco, Localmente que são empresas que estão estabelecidas há um bom tempo? Quem iria imaginar um GymPass, por exemplo, sendo um próximo unicórnio de uma ideia que nasceu basicamente do zero? Então a computação em nuvem, para mim, traz muito essa visão de diminuir a barreira de entrada para pessoas e empresas de fato inovarem e tirarem aquelas ideias do papel que, de fato, podem ser as próximas ideias que, de fato, vão transformar o mundo, Vinicius. E aí isso endereça muito o que nós temos na Oracle… aqui o nosso, digamos assim, lema… a gente quer que o mundo seja transformado através da nossa tecnologia, então a gente quer ajudar na transformação do mundo por meio da nossa tecnologia. Aí você vai me perguntar: “Pô, Leandro, ousado isso”. Puta, é ousado. E eu, Leandro, eu, Oracle, eu não vou transformar o mundo no final, mas eu quero ter uma plataforma disponível de computação em nuvem para que pessoas brilhantes, empresas brilhantes usem essa plataforma para colocar essas ideias, que a gente ajude a potencializá-las na transformação do mundo, buscando o mundo que, de fato, todos nós desejamos viver, Vinicius.
Perrott: Leandro, obrigado. E, para o ouvinte aqui do episódio, vale ressaltar que toda a transcrição desse nosso bate-papo está lá no nosso site. Fica aqui, Leandro, o meu agradecimento pela sua participação e até a próxima.
Leandro: Eu que agradeço. Muito obrigada, Vinicius. Um abraço, pessoal.
Perrott: O que achou do nosso bate-papo? Convido você a comentar lá no nosso grupo do Telegram: .
E ai?!
Tá na nuvem!
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Papo Oracle Cloud 2 – Alta disponibilidade ou redução de custo? Leve os dois para o seu negócio
Vinícius Perrott
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Vinícius Perrott 7 de fevereiro de 2021
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