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Papo Oracle Cloud T3 02 – Como transformar a Inteligência de Dados em ativos poderosos para a eficiência e inovação na Manufatura

Vinícius Perrott 4 de abril de 2022 4920 18 3


Background
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Olá, seja bem-vindo ao Papo Oracle Cloud e nessa terceira temporada discutiremos soluções para o mercado, mais conhecida como soluções verticais.

Nesse segundo episódio, eu conto com a presença do Marco Righetti. Righetti, seja bem-vindo aqui ao Papo Oracle Cloud.

Marco Righetti: Legal, Vinícius, obrigada aí pelo convite novamente, a gente já esteve no outro podcast sobre desenvolvimento.

Vinicius Perrott: Exato.

Marco Righetti: É um prazer estar com vocês aqui também.

Papo Oracle Cloud T3 02 - Como transformar a Inteligência de Dados em ativos poderosos para a eficiência e inovação na Manufatura

Perrott: Eu que agradeço aqui a sua participação. Para quem está nos acompanhando, chegou agora na temporada do Papo Oracle Cloud, depois confere que lá na segunda temporada o Righetti, ele fez um episódio bem interessante sobre inovação com desenvolvimento moderno com a Oracle Cloud, bem legal, um bate papo, nossa, superdescontraído e vai muitas dicas lá. Antes de começar, Righetti, só dando uns recadinhos aqui também, para quem acompanha toda a temporada, sabe que lá no site do Papo Oracle Cloud, eu coloco a transcrição completa do episódio, assim você pode consultar qualquer material complementar que a gente citar por aqui, e também você que quer exercitar a sua leitura, se você quiser ouvir, quiser ler, se você conhecer alguém que gosta de ler, então o episódio está lá 100% transcrito, ajudando esse episódio a chegar a mais pessoas. Então vamos lá. Righetti, nesse episódio aqui, na verdade, nessa temporada, a gente está falando sobre algumas soluções verticais e você está trazendo uma vertical que é bem interessante e bem impactante na indústria de transformação, que é a tal da manufatura. Explica para a gente um pouquinho o que que de fato é a manufatura e ela só transforma mesmo ou tem mais coisa por aí.

Righetti: Então, o termo manufatura, na verdade, está presente no nosso dia a dia, há séculos, desde a revolução industrial nós vivemos com produtos transformados pela manufatura. E nessa presença, a gente viu esse termo manufatura se transformar ao longo dos tempos, dos anos. Existe uma feira em…  Houve em 2011, veio esse termo indústria 4.0, que praticamente é a última transformação significativa em manufatura, em que você tem a convergência de automação industrial, que é presente desde os anos 70 na indústria, nas plantas, nas fábricas, com tecnologia da informação, e aí você tem algumas tecnologias bem interessantes para atender alguns desafios. Que desafios são esses em geral? São desafios que estão aplicados a entender a demanda do consumidor, hoje o consumidor é um consumidor global, as demandas são variáveis por regiões do planeta, passamos hoje por uma crise até de cadeias de suprimentos, vamos abordar mais adiante, um dos benefícios da indústria 4.0 tem em relação a isso, enfim. Você tem esses desafios da produção, de manter essa produção contínua, uma produção com matéria prima de qualidade, atendendo as demandas, e aí você tem esse tema de indústria 4.0, que vem a ajudar a convergir isso com tecnologia da informação.

Perrott: Agora nesse conceito de modernização das indústrias, a gente basicamente vendo o endereço IP entrando nesse segmento, o IP, ele basicamente é um… vamos dizer assim, é um contêiner, fazendo uma pequena analogia aqui, que o que você coloca lá dentro, ele vai transportar. Então, ele tem um valor agregado muito importante, porque praticamente é em tempo real que ele consegue conversar com a cadeia de suprimento, com a logística do início ao fim, então essa modernização e agora com essa questão da computação em nuvem, obviamente os negócios, eles se transformam, nunca antes idealizados ou até mesmo concedidos, então essa transformação que você citou, ela agrega muito valor aos negócios e a computação em nuvem, ela está sendo um catalisador mesmo nesse processo como um todo?

Veja os outros episódios da Minissérie Papo Oracle Cloud 

Righetti: É a chave, é o que a gente fala, na manufatura, hoje ela passa por um momento de digitalização, o que que significa isso? É justamente pegando um pouco da analogia que você trouxe aqui, a indústria antigamente, para você montar uma planta, uma fábrica, praticamente não existia o protótipo da fábrica, não existia o gêmeo virtual, ou uma simulação da fábrica, você tinha a planta, o planejamento, você fazia ali os estudos e colocava a fábrica para funcionar. Vou dar um exemplo prático aqui, uma linha de produção de um automóvel hoje em dia, o ciclo do produto do automóvel é muito mais curto, do que há décadas atrás. O que que isso provoca na indústria? Principalmente na automobilística. A gente pode… se estiver refletida em outras indústrias… você tem que ter uma adaptabilidade, uma capacidade de ser adaptável à essas mudanças em todas as etapas, desde o design do produto que você está fabricando, desde a parte de montar a linha de produção, o controle da qualidade, até a questão da entrega, da logística que você vai adotar para entregar o produto para o consumidor. E tem até uma extensão dessa entrega, não termina ali, o consumidor quer ter a experiência de serviço também desse produto e isso interliga com a fábrica, para você fazer aquele… o que a gente chama de ciclo infinito da produção na manufatura, então se a gente pegar essas etapas todas, é uma etapa bem simplista de uma produção em manufatura, como é que a tecnologia ajuda nessa digitalização? O design você vai ter ali simulações, o conceito de simulação até de alta performance, a gente chama de HPC, para poder verificar se aquele produto realmente, ele vai atender aquele requisito, aquele design, a própria linha de produção tem um gênio digital para você simular se aquela linha de produção do jeito que está montada, ela vai atender a quantidade de fabricação daqueles produtos, você tem o comportamento da linha de produção, de acordo com a demanda, será que aquela matéria prima é adequada, será que se aumentar minha produção duas vezes, eu trabalhar em três turnos completos é o suficiente? Então, são perguntas que você faz…

Perrott: Sim.

Righetti: Na manufatura para saber se eu vou atender uma demanda. E isso está interligado com a cadeia logística, porque hoje em dia você não tem um produto sendo fabricado com uma matéria prima ali do lado, você tem pedaços que são de outros países, e que você quer ter visibilidade dessa matéria prima, da disponibilidade dela para saber se você vai ter um descontínuo de produção. Então, perceba que está tudo muito interligado, essas informações são muito interligadas entre si, e aí o novo motor, vamos dizer assim, não é mais só a máquina que fabrica, ou a máquina ou o torneiro mecânico, a metalurgia, ou a máquina que empacota, é o dado gerado a partir daquilo, é o dado que eu recebo, então o dado vira uma informação essencial para você ter essa indústria mais adaptada.

Perrott: Agora uma coisa que pelo menos me encanta muito ao analisar, estudar um pouco mais sobre esse segmento, é que os recursos são finitos, não existe nada infinito, muito pelo contrário, eu tenho tempo, eu tenho pessoal, eu tenho conhecimento, eu tenho a própria matéria prima como você já citou, e faz parte da complexidade desse negócio entender como tudo isso se encaixa no momento certo para tomar a decisão, se produz mais ou menos, se tem mais turnos ou menos turnos como você citou. É uma área muito pragmática, que vê resultados em tudo o que faz, e às vezes a inovação, quando a gente fala que a inovação vai disruptar o negócio ou algo parecido, fica muito distante, mas como é que você tem percebido a indústria inovando de fato, até você já citou alguns exemplos, mas inovando com o resultado na mão e o gestor e essa indústria realmente se transformou, e falou, “poxa, eu estou vendo que eu estou analisando nos meus dados, que os meus dados estão sendo importantes”, como é que você tem visto esse contexto entre o pragmatismo e a inovação?

Righetti: Ótima pergunta, porque realmente a manufatura, ela trabalha com pragmatismo, eficiência operacional é a agenda normal de qualquer responsável, engenheiro de automação envolvido em qualquer linha de produção ou qualquer design de produção. O que a gente vê bastante nesse pragmatismo é uma inovação orientada a processos, você tem processo que pode ser melhorado, procedimento que poderia ser melhor contornado e aquilo já representa uma economia numérica, uma economia de produção. Outra coisa interessante que a gente percebe, é uma busca, como a gente tem aí um contexto básico de produção contínua, ou seja, a demanda manda eu produzir, é um pouco diferente do modelo de décadas atrás que você tinha ciclos de produtos, e que você tinha um planejamento muito organizado do que você ia produzir.

Perrott: Sim.

Righetti: Era quase que sazonal, era quase temporada.

Perrott: Exato.

Righetti: Temporada de produzir isso e tal. Esse ciclo, tinha muito a questão de ciclo fabril. Hoje é um pouco… a equação é inversa porque você tem o just in time, a demanda mesmo do consumidor e a fábrica sendo ligada ou desligada conforme essa demanda. Então, como você tem uma perseguição grande ou produção contínua, manutenção é um tema a ser lidado, você está falando em cadeias de produção, qualquer interrupção da etapa provoca o que a gente chama de efeito chicote, ou seja, eu acumulo alguma coisa, ele chicoteia para o resto da cadeia, e isso provoca uma ineficiência. Então, mais uma vez, eficiência operacional, é um tema muito ligado à eficiência operacional. E uma notação preditiva, por exemplo, é o tema recorrente em inteligência artificial, é você pegar os dados que existem, IOT, quer dizer, internet das coisas é algo muito normal nesses equipamentos, nessa indústria, não é algo… não é ciência de foguete, não é nada fora do normal, não é ciência… ficção científica, é uma coisa que existe, já há bastante tempo, inclusive. Mas você tem que fazer bom uso disso, não adianta nada você capturar ali a telemetria da máquina e não ter um bom uso, associar isso a um processo de negócio, a um impacto que você pode ter em uma falta de manutenção, ou na falta de prever que aquele equipamento pode estourar ali em um determinado momento. Então, você tem que ter ali um elemento de inteligência artificial que vai atuar para reduzir essas manutenções, você ter condições para que a fábrica, a linha de produção tenha ali uma manutenção, a fabricação contínua, sem o impacto dessa manutenção. Então, esse é um exemplo clássico de inovação, que não é ciência de foguete, não é nada fora da realidade, é possível e basicamente você tem aí elementos existentes nas tecnologias hoje em dia que viabilizam isso.

Perrott: Agora Righetti, você falou da tal da ciência de foguete, e de fato, porque a indústria, ela já inova pela sua essência, porque veja que interessante, para quem está acompanhando aqui o episódio, a essência da indústria é construir uma máquina para produzir outra coisa, vê que interessante, você produz algo, você cria algo para poder criar outros itens em série, ou em sequência ou com nível de capacidade de repetição com menor falha possível, para evitar o desperdício nesse contexto, você citou também a questão da manutenção, que depender do segmento, a máquina que é construída, ela não tem uma peça ali na esquina para substituir tão rápido, porque também existe uma outra indústria para produzir aquele equipamento que tem especificações, às vezes vem de fora do país, enfim, tem todo um processo, não substitui tão rápido. Mas como é que você tem visto esse olhar de ter solução para cuidar dessa pressão de falar de IOT, que não é novo dentro do segmento de indústria também, o que de solução a gente tem para poder conseguir ajudar os gestores a tomar um pouco mais as rédeas e realmente falar assim, “cara, a minha indústria é dados, tenho o meu produto, o meu serviço, mas tem dados aqui também para poder acelerar e aperfeiçoar o detalhe, porque o detalhe faz a diferença”?

Righetti: Ótima pergunta e isso reflete muito essa convergência que eu citei lá no início do podcast, o que que significa isso? Significa que a automação industrial que sempre inint 12:05 automação sempre vai ser a entrada no equipamento fabril, de fabricar outros produtos, hoje ela se expande para convergir com tecnologia da informação, é muito comum hoje você vê profissionais de tecnologia da informação, cientistas de dados, por exemplo, interagindo com engenheiros de produção, que tem esse viés de automação para perseguir exatamente isso, como é que na minha linha de produção faz sentido uma perdição, quando é que faz sentido eu capturar esse dado, essa informação para eu poder prever que um pedido automatizado de uma peça que vai quebrar daqui a duas semanas, por exemplo. Então, esse tipo de convergência é presente, a gente já vê isso em várias indústrias, em vários clientes nossos, inclusive. E quais são as soluções que estão por detrás disso? Basicamente você tem que trazer para o mundo de automação, inteligência artificial, machine learning, mas não é qualquer machine learning, é muito genérico se a gente colocar aqui, é o machine learning direcionado para  algoritmos que entendam como essas máquinas funcionam, como é apurar a qualidade de impacto de uma matéria prima em uma esteira, como um robô, a gente vê introduzido aqui o robô, braços mecânicos, e aí você tem vários tipos de braços mecânicos, tem o braço colaborativo, que trabalha junto com o operador de máquina, tem o braço que é independente e autônomo, ele é até isolado, porque ali tem uma questão de velocidade da produção, você tem o tema de computação de borda, o edge computing, que você vai inserir esses algoritmos mais inteligentes ao lado da máquina, uma esteira dessa operando a não sei quantas operações por segundo, você não pode esperar ali um processamento ocorrer, você tem a nuvem, que é o conceito que a gente fala de control tower, o que é o controle tower disso tudo? É você ter visibilidade da sua planta sem estar lá, por exemplo, é muito comum, se fala muito isso como tendência, você não ter mais operadores nas fábricas, você ter distante da planta, onde ela está fisicamente instalada e você ter visibilidade, como é que a sua linha de produção está produzindo, quais são os incidentes de manutenção que estão previstos, tudo lançando mão dessas tecnologias, então é bem interessante isso, a gente vê, pinta aí um cenário bem interessante de convergência da automação com a tecnologia da informação.

Perrott: Agora curioso quando você fala de control tower, para quem tem um pouquinho de contato com esse segmento, mas não está entendendo nesse teu nível que você está falando, pode até confundir com a tal da telemetria, que também já era algo presente nesse segmento há muitos anos, porque é aquela capacidade de você interagir e medir o equipamento, de certa forma, remoto, mas não, do jeito que você estava apresentando, é um outro nível, é uma capacidade de gestão mesmo, de operação da planta como um todo, é isso?

Righetti: É, exatamente. E não só a planta, hoje… vamos lá voltar aqueles desafios de visibilidade que eu indiquei. A fábrica não é isolada, ela depende de uma cadeia logística de entrada de insumos, que são as matérias primas, as peças dos equipamentos, etc, ela depende, ela é dependente disso, de trabalhadores ou colaboradores especializados naquilo. E tem as etapas de linha de produção e tem a entrega dos produtos, a entrega desses insumos para outras indústrias ou para o consumidor final, então um control tower que seria… control tower é muito similar ao cockpit de uma aeronave, quem teve o prazer de entrar já em uma cabine de avião ou até o carro, automóvel hoje em dia, ele tem lá o painelzinho dele, é um painel, painel de controle, onde você tem os indicativos. Não é só ver a fábrica, é você ver que a fábrica está produzindo, ela tem uma predição de produção de tantos produtos ou itens por hora, e aquilo ali está em um desvio padrão ou não daquela produção planejada, se está dentro desse… se tem matéria prima, você ter visibilidade da cadeia de logística de terceiros, o que significa isso? Se fala muito disso hoje em dia, às vezes você recebe uma matéria prima, você quer saber… você tem contratos ali que são cumpridos, mas sempre tem um incidente, um caminhão que não chega, ou então, a fábrica não produziu o suficiente para você… a sua matéria prima para você produzir, isso impacta na produção contínua. O que que acontece? Você ter visibilidade da cadeia de terceiros, é saber exatamente o que está ocorrendo, não só no contrato, no pedido, mas o pedido sendo executado em tempo real. Aí tem tecnologias que apoiam isso, além de IOT tem blockchain, blockchain é você dar transparência em todas as transações que são formas contratuais manuais e de forma automática, entre parceiros, entre empresas que independente de si, então isso é crucial hoje em dia em uma produção, em uma manufatura, isso aí é essencial, a gente vive isso, essa dificuldade hoje em dia por conta da pandemia, a pandemia trouxe essa lição…

Perrott: Verdade.

Righetti: …De picos de demanda, hoje em dia a indústria… posso trazer o exemplo da indústria automobilística, o plástico injetado, por exemplo, muito presente nos painéis dos automóveis, ele já vinha pronto lá da China, ele hoje não vem, porque tem uma crise aí de contêiner, falta contêiner para transportar nos navios. Então, aqui no Brasil, a gente está recuperando a forma de produzir esse plástico injetável já em um molde para uma fábrica para a indústria automobilística. Então, repare que a visibilidade da cadeia de terceiros impacta na entrega do automóvel, por exemplo, para o consumidor final, repara que isso é crucial. Então, o tal do control tower, o painel de controle, ele não tem só visibilidade do equipamento, daquela planta, daquela linha, ele expande a cadeia como um todo, tem essa visibilidade da cadeia como um todo. O impacto que você tem desde uma manutenção que você vai fazer, até a falta de espaço de armazenamento de uma matéria prima na sua fábrica.

Perrott: Nossa, isso aí realmente traz uma visão totalmente diferente de quem já passou perto de uma fábrica, acha que ali é um universo fechado, e isso que você está falando não, é um universo totalmente mais conectado do que nunca, você ter a preocupação… até mesmo certos incidentes naturais que a gente vivenciou nesses últimos anos, com o tal do vulcão quando entra em erupção pode impactar uma cadeia logística de um país e que isso acaba chegando aqui para o Brasil, enfim, porque está tudo tão conectado. Então, nessa tua fala, Righetti, eu percebo que um dos grandes benefícios é essa conexão, sair do universo… sair do perímetro da fábrica e, na verdade, você falar assim, “olha, a minha indústria, por mais que esteja conectada direta ou indiretamente a determinados segmentos, pode… é vantagem para o meu negócio ter essa conexão, essa visibilidade”, isso é uma vantagem para esse mundo da manufatura, da indústria 4.0?

Righetti: Total, total vantagem competitiva, e volto a repetir, o elemento principal são os dados, se você olhar de uma maneira muito isolada, olhar só a telemetria do equipamento, você não tem… isso não vai influenciar, por exemplo, já falta de uma matéria prima ou na falta de um caminhão para entregar o seu produto final lá para o consumidor, para o teu distribuidor. Então, você ter visibilidade dos dados, como eles se inter-relacionam, é muito bem conectado… bem colocado aqui a questão da conexão, como é que eu correlaciono isso? Como é que a falta de um algodão vai influenciar em uma máquina que vai desfiar o algodão, e até a qualidade do algodão, o algodão está mais grosso, está mais fino. Então, como é que isso influencia na velocidade da produção, porque eu tenho um pedido a cumprir, uma demanda de um cliente? Então, você repara que essa interconexão de dados é essencial e é fator competitivo, é aquilo que vai diferenciar a entrega não mais… tem a questão do custo obviamente, tem que ser eficiente operacionalmente para poder entregar em um custo competitivo, mas o prazo hoje em dia é crucial, porque a gente vive isso, vive essa questão do prazo, se não tem a entrega, eu vou optar por outro fornecedor, é simples assim, então é realmente um fator competitivo. No Fórum Econômico de Davos em 2016, houve uma discussão… o tema era indústria 4.0 daquele fórum, e tem aqui um ponto que eu queria destacar, dados, eles não vivem sozinhos, eu preciso de um entendimento do contexto, que a gente fala de cognição, precisa entender esse contexto, como é que isso… o dado lá da telemetria daquela máquina influencia, por exemplo, uma transação que eu tenha mapeado no meu blockchain de entrega de alguma matéria prima, como isso tudo se relaciona. Então, se tem uma demanda da automação industrial por esse tipo de profissional, daí a convergência com tecnologia da informação.

Perrott: Cara, o que você falou aí, Righetti, fiquei assim imaginando, você citou o caso do algodão, a depender de como você trata bem o seu dado e poder ter um insight de que surgiu uma outra matéria prima, que pode substituir o algodão, então a vantagem competitiva não é somente entender quando a matéria prima vai chegar e estar disponível na minha indústria, mas de repente descobrir outros caminhos que aquela matéria prima pode ser substituída, inovada, criada, enfim, praticamente infinitas possibilidades os benefícios, não é isso?

Righetti: Exatamente, na qualidade do produto, na forma como você faz… mais uma vez, aquilo que eu falei, orientado à processo, eu estou olhando o processo, o que que vai influenciar no processo? Você pode até simular, aí que em a questão também de você ter tecnologias que permitem simular, tem o conceito muito colocado em manufatura discreta, que é esse tema que a gente está falando aqui, que é o gêmeo digital, o que que é o gêmeo digital? É o gêmeo virtual da realidade, então você a partir de simulações desse gênio digital, você consegue inferir lá, será que se eu mudasse a minha matéria prima, o que que acontece com a minha produção? Ao invés de você… se fosse modelo antigo eu teria que ter uma outra planta praticamente, eu teria que montar uma outra linha de produção. No gêmeo digital eu jogo isso em computação, eu jogo em até computação de alta performance, que a gente chama de high performance computing, HPC, e a gente tem aí tecnologia à disposição, quem é que habilita essa tecnologia de exposição? A nuvem, na nuvem que eu vou ter condições de acessar esse tipo de tecnologia de uma maneira muito competitiva, em um custo muito competitivo, em uma qualidade de entrega de tecnologia muito competitiva, que vai permitir eu tomar esse tipo de decisão que é crucial para o meu negócio.

Righetti: E olha só, fazendo um paralelo, que você está falando do gêmeo digital, me veio só um insight aqui, que eu acho que faz sentido no nosso bate papo, que você falou da nuvem ser uma grande habilitadora, a gente muito fala que a nuvem, ela habilita as empresas a desenvolver suas soluções de forma rápida, o famoso MVP, testar um baixo custo, mas quando você traz essa agilidade, esse poder computacional para a área de manufatura e indústria 4.0 em particular, também temos esse mesmo conceito de que ao invés da empresa gastar milhares de dólares construindo a fábrica simplesmente no achismo, utiliza dessas soluções, utiliza dessas fontes de dados, para fazer ali um teste, uma simulação e ver se aquilo ali realmente faz sentido ou não, injetar a produção e criar aquela fábrica no mundo real. Então, o mundo virtual a nuvem ajuda a tomada de decisão do mundo inint 23:38 do mundo real, faz sentido isso?

Righetti: Faz, porque na nuvem você tem elementos ali que contribuem para isso, você tem um investimento upfront ou um investimento de aquisição, você está alugando ali computação, e dentro da nuvem, você tem serviços especializados, eu comentei aqui do HPC, são serviços especializados para a alta performance computacional, se eu quiser testar um modelo de linha de produção e quiser testar até modelos, será que esse cano aqui que vai passar… aí eu estou entrando até no detalhe técnico da coisa, mas se eu quiser testar o modelo desse cano, a vasão dele, antigamente eu teria que construir o cano, o protótipo dele, e HPC, eu jogo ali o modelo, um software de modelagem em 2D, 3D, ele vai exigir muita computação e eu não vou adquirir super computadores para isso, eu vou usar o que está na nuvem, o data center que tem aí os provedores, a Oracle tem a sua solução de HPC, que é utilizada inclusive na indústria automobilística bastante, para simular, por exemplo, aerodinâmica, que para mim é um dos exercícios mais complexos da indústria automobilística e exige muita computação. Tem outros elementos ali, você vai ter algoritmos de machine learning ali disponíveis para você fazer essas predições, que eu comentei até agora, você vai ter ali um conjunto de tecnologia blockchain, se fala muito em blockchain hoje em dia, será que eu tenho que ser um especialista em blockchain ou usar um serviço de blockchain? É mais fácil você usar o serviço de blockchain, então tem disponível ali…

Perrott: De fato.

Righetti: …Coisa pronta para você utilizar para conectar parceiros em uma cadeia, por exemplo. Inint 25:15 Então, é aí que a nuvem entra para contribuir, ela é o habilitador, o acelerador da inovação com um custo mais acessível, daí a gente vê uma oportunidade bem grande da manufatura, principalmente aqui no Brasil se alavancar nisso.

Perrott: Você falou da aplicação na aerodinâmica, na indústria automobilística, me veio algumas cadeiras aqui da faculdade que eram as mais complicadas, a dinâmica do fluido e a própria aerodinâmica, são duas cadeiras que para calcular isso tudo na mão, que era o que o professor pedia, era bem difícil e deu uma suada ali para passar, mas deu certo.

Righetti: Que bom.

Vinícius: Mas…

(…)

Perrott: Righetti, a gente está chegando no finalzinho do nosso bate papo, é muito interessante, é fantástico essa cadeia, mas lá nos bastidores você tinha apresentado um livro, compartilha o livro aqui para a gente e detalhe, todos os links que o Righetti e todo o material que o Righetti puder compartilhar, eu vou deixar aqui na descrição e na transcrição do site do Papo Cloud.

Righetti: É, quem quer realmente entender o impacto e econômico, o impacto no dia a dia de tudo isso que a gente falou, tem um livro bem interessante, que eu recomendo, que é A Quarta Revolução industrial, do Klaus Schwab, eu vou compartilhar, acho que é interessante compartilhar esse link, ele é o relatório, na verdade, é um livro lançado no Fórum Econômico Mundial de Davos, de 2016, que esclarece muito essas questões da quarta revolução industrial, da preparação que se tem aí do modelo econômico, das pessoas, dos agentes para lidar com esse mundo mais moderno.

Perrott: Bacana, esse livro realmente se torna uma referência. Afinal de contas, o fórum lá serve para isso, para promover a reflexão a longo prazo e fico feliz em saber que as soluções que a Oracle vem trazendo, vem realmente agregando de forma bem pragmática, de novo, eu acho que a palavra pragmatismo, eu não sei a origem, de onde surgiu, mas tem tudo a ver com a indústria 4.0, que os resultados têm que ser realmente conseguido medir e enfim, conseguir ser avaliado. Righetti, eu queria muito agradecer a sua participação aqui na nossa terceira temporada, em nosso segundo episódio do Papo Oracle Cloud e até a próxima oportunidade.

Righetti: Muito agradecido aí por participar, sempre colaborando aí. Um abraço.

Manda um comentário aqui para a gente, pode ser pelo Telegram. bit.ly/papocloudtelegram.

Até o próximo episódio do Papo Oracle Cloud!

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