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Podcast

Papo Oracle Cloud T4 04 – Metaverso – Marcelo Pivovar

Vinícius Perrott 28 de dezembro de 2022 5102 19 3


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Olá, seja bem-vindo à quarta temporada do Papo Oracle Cloud. Nessa temporada iremos discutir sobre processos e tecnologias que estão revolucionando o mercado e potencializando a inovação nas suas empresas e nos seus negócios.

Nesse episódio, eu conto a participação do Marcelo Pivovar. Pivo, seja muito bem-vindo aqui ao Papo Oracle Cloud.

Marcelo Pivovar: Olá, Vini. Primeiramente gostaria de agradecer novamente essa participação, fico muito feliz de estar aqui, queria dar um oi a todos que estão nos ouvindo agora.

Vinicius Perrott: Legal, muito prazer aqui tê-lo de novo. Bem, e para quem está chegando agora aqui na nossa temporada do Papo Oracle Cloud, o Pivo, ele já está aqui discutindo sobre altas tecnologias também, lá no episódio seis da terceira temporada, vou deixar o link aqui, a transcrição para facilitar a sua experiência. Mas Pivo, antes de fazer nossa introdução aqui do nosso principal tema desse episódio, tenho um recadinho para quem já acompanha, facilitando a sua experiência, já sabe que toda a transcrição completa desse bate papo fica lá no site do Papo Cloud, assim como todo e qualquer link e material complementar que durante o nosso bate papo a gente falar aqui. Mas hoje, o Pivo, ele vai falar sobre um tema que está aqui na alta, que é falar justamente sobre o tal do metaverso, a gente vai entender para que que serve, como funciona, para que que de fato isso aí vai nos ajudar nas empresas e os negócios a inovar. Mas eu queria, Pivo, que você pudesse contextualizar primeiro o que que é esse tal do metaverso.

Papo Oracle Cloud T4 04 - Metaverso - Marcelo Pivovar

Pivovar: Essa é uma boa pergunta, Vini. Existem várias versões no mercado para o que é o metaverso, se a gente pega a etimologia da palavra, a palavra meta, do grego, quer dizer além de, ou uma auto referência, e verso vem de universo, então trazendo a etimologia, a gente está falando além do universo ou contido dentro do universo, mas se a traz isso para o nosso dia a dia, para os modelos de negócio que nós temos hoje, o metaverso nada mais é do que a expansão do nosso mundo físico para o digital utilizando tecnologias emergentes. E é importante que a gente fala que essa expansão não pode ter uma perda de quantidade de tempo e espaço, que ela tem que fazer sentido, ela tem que ser persistente, ela tem que ser intercambiável entre o mundo físico e o mundo digital. Mas existe uma que eu gosto mais ainda, que vai além das tecnologias, que ela fala assim, que o metaverso é a expansão dos cinco sentidos humanos para além do corpo físico, utilizando a tecnologia.

Perrott: Nossa, essa aí foi filosófica, viu?

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Pivovar: É filosófica, essa tem um pezinho aonde eu… eu estudo muito antropologia, então o metaverso vem exatamente para extrapolar as nossas sensações além do nosso corpo, e tem muita startup legal fazendo isso já, ainda não é escalável, mas já estão fazendo muitas experiências legais envolvendo olfato, envolvendo toque, sabor, som e a visão que é o mais usual hoje em dia.

Veja os outros episódios da Minissérie Papo Oracle Cloud 

Perrott: Caramba, eu gostei demais dessas duas definições que você trouxe aqui, Pivo, porque traz um pouquinho… pouquinho não, traz bastante o contexto bastante diferente do que a gente acaba ouvindo na principal literatura que a gente encontra no mercado, mas traz uma reflexão também interessante, porque se eu estou expandindo os meus sentidos para um outro universo dentro de si próprio, será que eu posso dizer assim, então eu posso estar expandindo possibilidades também interessantes de negócio, porque imagine que eu tenho uma interação de um produto, um serviço que eu já ofereço no mundo físico, no mundo real para o meu cliente, seja ele virtual ou inint 03:18 eu também posso de repente aproveitar e embarcar um serviço dentro do conceito do metaverso e expandir ainda mais as possibilidades de interação para os clientes. Obviamente a gente está em uma evolução, uma criação tecnológica e muita coisa vai surgir ainda para poder melhorar e trazer coisas que a gente nem está conseguindo calcular, mas o que que você tem visto aí em relação ao mercado, se ele já está mais adepto à essa situação ou se ele ainda está um pouco tímido, está esperando alguma coisa acontecer, ou não, já tem coisas que já estão acontecendo, que está valendo a pena já se debruçar sobre o tema?

Pivovar: Existe um misto de empresas que já estão mais maduras, modelos de negócios que são muito mais fáceis de ser empregados dentro do metaverso, e outros que ainda estão um pouco distantes dessa realidade, se a gente pode chamar o metaverso de uma realidade. Mas tivemos muito as indústrias de games puxando esse conceito de metaverso, hoje eu tenho sobrinhos de 13, 16 e 18 anos, por exemplo, eles já vivem em um metaverso, só que isso não tinha um nome, chamava game, eles vivem dentro desse mundo digital, eles transacionam dentro desse mundo digital, eles compram, comercializam artefatos ali para os avatares, por exemplo, hoje tem um mercado novo que chama business to avatar, que a gente não conhece muito ainda, mas é empresas principalmente de fashion, de tênis e outras coisas mais, que produzem artefatos para avatares. Existe outro modelo de negócios que chama play to win, que você também consegue jogar e ganhar NFTs, criptoativos para que você consiga depois comercializar isso dentre games. E como que a gente traz esses conceitos para dentro do b2b, dentro do mundo de negócios? Se a gente olha 30 anos, a maioria das empresas hoje, essas bigtechs não existiam, redes sociais não existiam, a gente está começando a web 1.0, se a gente falasse há 30 anos atrás que toda empresa teria um e-mail ou um site era algo surreal de imaginar, não, por que que toda empresa teria um correio eletrônico?

Perrott: Para quê?

Pivovar: Para quê? E eu ouso dizer que no futuro, todas as empresas terão uma parte dos seus negócios no metaverso, porque tudo o que puder ser digitalizado será digitalizado, tudo o que puder descentralizado, será descentralizado, e é um caminho sem volta, porém nem todos os cores dos negócios estarão no metaverso, pode ser que eu tenha no metaverso partes, por exemplo, de recrutamento e seleção, que a maioria dos meus talentos poderão estar lá, essa geração nova.

Perrott: Interessante.

Pivovar: Vai ser o recrutamento e seleção, acho que para selecionar faz muito mais sentido no metaverso do que o modelo linear, físico que a gente tem hoje, pode ser que eu tenha partes institucional dentro do metaverso, pode ser que eu tenha parte de treinamento dentro do metaverso, enfim, então nem sempre o meu core business vai estar dentro do metaverso, mas pedaços do meu negócio, principalmente o que toca a experiência do cliente, o que toca recrutamento e seleção estarão dentro do metaverso. Então, a gente vê muito isso. Hoje, grande parte das empresas estão entrando em algo muito mais de marketing, de presença de marca, de experiência do cliente ali dentre uma gameficação, mas não tanto a parte de negócio mesmo, de venda, compra de produtos, transação financeiras, enfim, como a gente vê muito hoje dentro do digital, mas não no metaverso.

Perrott: Pivo, eu queria puxar o aqui o papo para duas coisas que você falou, a primeira é justamente o que você falou que há 30 anos atrás a gente ficava ainda na discussão se vou ter site, se vou ter e-mail institucional ou não, hoje é óbvio que isso está mais do que resolvido essa questão, ninguém tem dúvida, todo mundo tem, ainda mais… tem outras dúvidas em relação à rede sociais, qual é a melhor para a sua identidade, mas eu acredito que o grande rompimento que teve para facilitar essa adoção foi justamente não ter essa necessidade de ter uma fronteira. E aí eu explicando melhor, o meu e-mail, ele era no provedor A, obviamente ele mandava e-mail para qualquer outro tipo de provedor, não importa qual era a solução que estava sendo hospedado, e-mail é e-mail, ali surgiu um protocolo padrão a todos os e-mails, a solução de e-mail era justamente para isso, facilitou. Hoje, talvez seria uma necessidade no futuro resolver essa questão de protocolo, porque as soluções vão surgindo e é um pouco dentro de uma fronteira um pouco fechada, a gente tem que no futuro romper essas fronteiras para que com que os metaversos venham a se falar por conta própria, seria a mesma solução que a gente está vendo hoje? Eu vou entrar no metaverso não importa de qual provedor, eu tenho que entrar no metaverso e me conectar com todo mundo, seria isso?

Pivovar: Exatamente, a gente tem um grande desafio hoje e essa é a grande corrida do metaverso, quem que vai estabelecer os novos padrões para o metaverso? A gente vê hoje muitas empresas de games, cada um dentro do seu metaverso, Fortnite, Niantic, enfim, várias outras empresas de games, a gente vê as redes sociais também correndo atrás porque há a necessidade no futuro de ter uma padronização, por mais que seja descentralizado, eu tenho que ter a padronização dos protocolos, para que eu possa ter a portabilidade dos meus avatares, dos meus criptoativos, e hoje isso não existe. Então, exatamente estamos nesse momento, quem definirá os novos padrões dentro do metaverso? Lembrando que assim, muitas pessoas olham o metaverso como algo muito mais voltado a games de realidade virtual, realidade expandida, realidade mista, mas eu, assim, é uma opinião do Pivovar, para mim metaverso é muito mais sobre economia mundial, quem dominar o metaverso possivelmente pode ser que domine também as economias mundiais, pode ser que eu tenha criptoativos daqui para a frente que sejam universalmente borderless e possam ser transacionados em qualquer lugar, seja no físico ou no digital. Então essa é uma corrida para mim muito mais de open finance, do que exatamente de realidade mista ou realidade virtual que seja.

Perrott: Legal, a sua visão, e aí até conecta a minha outra parte da pergunta, imagine que normalmente um processo de onboard de um funcionário, independente do segmento que ele esteja atuando, na área industrial, na área de serviço, sempre leva muito tempo porque você tem que configurar o ambiente, você tem que recepcionar os seus novos colaboradores. Aí o que que eu imaginei aqui, imagine uma grande indústria que tem uma máquina para ser operada, de eu construo essa máquina no metaverso, eu posso estar treinando simultaneamente vários colaboradores no mundo inteiro, pegando esse gancho que você falou, trazendo todo mundo para essa imersão inicial de capacitação, de treinamento, de operação no mundo virtual e aí fazer um estágio mais acelerado de aprender a operar aquilo ali e depois ir para campo, trazer ao mundo real de novo. De repente pode ser uma das possibilidades que as empresas possam estar explorando bem, e dominar isso de conseguir dar um onboard mais acelerado ou até mesmo, quem sabe, indo mais a frente ainda, nunca mais ter contato físico com determinado equipamento, claro, com alguns serviços e equipamento, tudo no virtual, é treinado e operado, quem sabe, por que não?

Pivovar: Exatamente isso, é um pouco dos digitals twins, existe um conceito muito interessante lá quando a gente fala da exponencialização das tecnologias, que os últimos dois Ds é desmaterialização e democratização, e por consequência, uma desmonetização, então se eu consigo fazer com que essas tecnologias façam com que eu desmaterialize a experiência trazendo para o mundo virtual, e isso faz com que ela ganhe escala e o preço dessa experiência fique cada vez mais tendendo a zero, e isso faz com que as tecnologias e as experiências sejam muito mais inclusivas, a gente está falando do mundo dos negócios, mas isso se aplica muito mais também à educação, por exemplo, eu vou poder levar uma educação imersiva, uma educação de primeiro mundo às vezes, com professores que às vezes nem residem no seu município, a gente vê esse Brasilzão, você, Vinícius, trabalha muito com isso…

Perrott: Exatamente, exato.

Pivovar: …O podcast atinge lugares às vezes onde jamais a gente poderia levar um Vinícius ou um Pivovar para falar lá, então o metaverso é sobre isso. Claro que toda tecnologia no início, ela tende a ser um pouco mais segregativa do ponto de vista financeiro, do ponto de vista de viabilidade financeira para empregar em todos os lugares, mas ao ponto que ela vai sendo utilizada, ela vai sendo desmaterializada e desmonetizada, aí a gente consegue chegar em qualquer segmento. Respondendo a sua pergunta do onboarding, sim, eu posso fazer onboarding de qualquer pessoa, de qualquer lugar do mundo, conhecendo o meu head quarter a preços muito próximos do zero, o investimento de eu ter que pagar, por exemplo, o nosso head quarter fica na Califórnia, no Vale do Silício, uma viagem para lá, uma semana de estadia, refeições, às vezes essa pessoa nem tem passaporte para ir para lá, às vezes nem fala um inglês tão apropriado ainda quando entra nessa empresa, então isso faz com que a gente tenha onboards mais acessíveis, mais humanizados, sem necessidade de deslocamento, e muito mais do ponto de vista financeiro muito mais viáveis a qualquer empresa, então é muito legal, esse exemplo do onboarding que você falou é genial, só que isso é expandido a todo e qualquer modelo de negócio que possa ter nas empresas. Eu acho que muito… o metaverso vai ser muito aplicável à educação.

Perrott: Sem dúvida.

Pivovar: Então, a gente pode ter professores ao redor do mundo, e a gente já tem tecnologias de tradução simultânea que vai conseguir fazer essa intercambialidade ali de idiomas para qualquer criança em qualquer lugar mundo.

Perrott: Tem uma coisa que você falou da educação, que obviamente é um tema que eu gosto bastante e estudando um pouco sobre a revolução da telecomunicação no mundo todo, existem países em alguns continentes que eles não passaram pela fase do cabeamento estruturado na rede de telecomunicações, eles já nasceram em redes de wi-fi ou redes de sinal, tinha uma torre e a transmissão acontecia nesses países, então eles já nasceram no telefone celular, e olha que interessante, pensando essa mesma linha de raciocínio, com a tecnologia se tornando cada vez mais barata e tendendo a zero, pode também chegar no conceito de educação a levar a educação para áreas que a gente nunca teria condições de montar uma escola tradicional, de colocar o professor presencialmente ali, mas a tecnologia e  associada à outras coisas, o 5g inclusive, já falamos do 5g na nossa temporada aqui do Papo Oracle Cloud, juntando tudo isso, olha só que legal, a gente coloca essas pessoas, já tem via de acesso, a nossa via virtual que é o 5g ou outro tipo de tecnologia de internet e coloca o metaverso, pronto, resolveu o problema. Então, a gente conseguiu fazer uma inclusão através da tecnologia, isso é muito legal, não é não?

Pivovar: Isso é muito legal, exatamente, hoje se discute muito como exponencializar as tecnologias emergentes para que elas sejam, exatamente, muito mais inclusivas, tem um conceito que veio do Japão há cinco, seis anos atrás que chama sociedade 5.0, não sei se você teve oportunidade de estudar um pouco sobre isso, e ele fala exatamente sobre como a  sociedade 4.0, antiga, estava muito voltada ao modelo de negócio, à melhora dos processos fabris, tanto que vem à indústria 4.0, a sociedade 5.0 é um conceito que traz a tecnologia a serviço do homem, então como que as tecnologias trarão mais qualidade de vida, mais inclusão social e mais segurança? Então, é algo muito legal de ser estudado, de ser verificado, porque exatamente o metaverso… claro que esse conceito surgiu bem antes do metaverso, mas o metaverso só corrobora exatamente isso, como as tecnologias estão vindo para melhorar e para dar acesso ao que é de mais avançado a qualquer tipo de pessoa e de qualquer lugar do mundo, não importa classe social, religião, enfim, a democratização do acesso à tecnologia.

Perrott: Agora, uma coisa que a gente também não pode deixar de destacar, Pivo, o metaverso é legal, tem muitas possibilidades, mas há uma infraestrutura por trás, a nuvem não é só mágica, tem muito trabalho para ser feito, uma infraestrutura pesada e densa para poder suportar coisas que a gente não sabe nem ainda o que que será, mas a gente já tem que se preparar hoje, não é verdade?

Pivovar: Exatamente, às vezes nos eventos que eu vou palestrar, eles perguntam por que que o metaverso não veio lá atrás com os jogos que nós tínhamos no passado e tal, são duas grandes razões, vou começar pela mais humanista, primeira era a questão comportamental, nós não estávamos preparados para o metaverso, a questão das redes sociais foi o primeiro treino para o metaverso, a gente começou a compartilhar intimidades, compartilhar coisas que antes só ficavam ao círculo de amigos, de familiares. Outro ponto é o biológico, não sei se você teve a oportunidade de colocar um óculos de realidade virtual, para nós a experiência até que tem um certo desconforto, porque o nosso corpo biologicamente não está preparado para ter um terceiro eixo ali, então a gente às vezes fica um pouco nauseado e tal, mas as gerações anteriores não conseguem trabalhar com realidade virtual, eles passam mal, já se você coloca nas suas filhas, você falou que tem duas filhas, para as crianças, elas nunca colocaram, na hora que você coloca, ela já sai pilotando, tem algo nessas gerações novas que eles já têm isso embebido isso na bios dele, que é interessante. Mas do ponto de infraestrutura, nós não tínhamos infraestrutura adequada no passado para suportar a capacidade computacional que é exigida pelo metaverso, se a gente pega a Lei de Moore, a Lei de Moore fala que desde 2012, a cada 18 meses, a capacidade computacional dos nossos comportadores, nossos servidores dobram, se eu trago isso para a capacidade de storage, a capacidade de produção de conteúdo, são seis meses, a cada seis meses dobra-se a quantidade de dados gerados no mundo, no mundo, a cada seis meses, e se eu trago isso para a inteligência artificial, a cada três ou quatro meses devido à quantidade de dados e a capacidade computacional, meu machine learning também dobra a capacidade de aprendizado, e isso faz com que o metaverso hoje seja factível, porque além de eu ter uma capacidade computacional gigantesca ali de PUs, mesmo para renderizar a realidade mista, eu tenho que ter uma capacidade gigantesca de armazenamento de dados, eu tenho que ter uma capacidade gigantesca desse processamento de dados para que também tenha toda aquela questão da inteligência artificial aplicada nisso, a gente tem que sempre lembrar que o metaverso hoje, saindo do mundo dos games, ele é sobre negócios, então eu tenho que aprender a interagir com as pessoas que utilizam o metaverso, seja qual ele for, entender o comportamento deles, fazer as melhores ofertas, tentar cruzar informações para que também eu consiga vender no mundo físico. Se a gente pega, por exemplo, a Nike comprou uma empresa gigantesca de tênis para avatares chamada Artfact, qual foi a sacada da Nike, por exemplo? A Nike investia, continua investindo milhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento de novos tênis, então isso demanda tempo, dinheiro e com o Artfact, o que que ele faz? Ele produz tênis para avatares, conforme a adesão dos tênis, as pessoas compram esses tênis por avatares, eles jogam para o físico depois.

Perrott: Olha que legal.

Pivovar: Olha que loucura, ele está fazendo teste A e B ao contrário, ele testa no digital e depois produz no físico se fizer sentido. E tem várias marcas fazendo isso, então além de ter a capacidade… como eu falei, além da gente ter a capacidade computacional para suportar o metaverso, a gente tem toda a questão de comportamento humano que anda junto, para que a gente consiga ter hoje esse novo modelo de negócio, e novo modelo de experiência que é o metaverso.

Perrott: Cara, isso aí você deu uma mega sacada aqui, porque imagina, uma empresa, ela fica às vezes passando anos tentando desenvolver um novo produto, porque em um ambiente físico requer experimentações diferentes, produção e tudo mais, desde a prototipação, quase que não sai agora, daquele item, aí tem que criar às vezes uma máquina para poder fazer aquela peça, acontece muito disso, às vezes você quer fazer um novo equipamento, você tem que primeiro produzir a máquina, criar a máquina para poder fazer aquela determinada peça. No mundo virtual não, você falou, testa lá, valida, se teve adesão, já sabe mais ou menos o potencial de venda, de aderência daquilo ali no mercado, agora é produzir e distribuição, não é isso?

Pivovar: Exatamente isso, o custo de pesquisa e desenvolvimento é quase marginal, porque você pode inverter até, você pode deixar os próprios usuários criarem os modelos deles, que eles acham que seriam ideal para eles, e depois eles fazem votação e você produz aquilo que eles acham, já tem vários commerces fazendo isso no mundo digital.

Perrott: Caramba, isso é muito legal mesmo.

Pivovar: É, você inverte, você dá um nó, você inverte a cadeia de produção, você inverte a cadeia de produção, assim como se a gente leva lá para a questão da web 1.0, a web 1.0 lá atrás era muito mais sobre centralização, a questão de sites estáticos, muito mais informativos. Hoje, a web 3.0 é totalmente sobre a descentralização, hiper personalização, então hoje as empresas estão tendo que se adequar a isso, você pega essas empresas de comércio eletrônico, principalmente as chinesas, de fashion, a gente tem um conceito que chama ultrafashion, a moda fora de estações, baseado no que os próprios consumidores querem e não no que as empresas querem produzir. Uma loucura.

Perrott: Total, totalmente, você está invertendo, mas está entregando valor, e você falou exatamente uma coisa que está associado muito à nossa nova economia, eu acho que o metaverso, ele vai ajudar nisso também, que é a questão da personalização, ou melhor dizendo, da hiper personalização, porque os produtos são iguais, mas quando eu compro, eu quero ter um jeitinho meu, uma característica minha, ou algo que me identifique e fale assim, poxa, aquele produto é daquela marca, que Vinícius comprou, mas aquele produto ali tem algo diferente que o Vinícius conseguiu personalizar, isso é bacana, e no mundo virtual isso é à distância de um clique praticamente.

Pivovar: Exato, é um clique. Cara, até pouco tempo atrás, antes da pandemia eu estive fazendo uma visita à umas lojas conceito lá nos Estados Unidos, e eu fui em uma loja de Levi’s, que a gente chama de Levi’s, que é mais fácil, que é algo que me surpreendeu muito, porque tinha nas prateleiras as calças com o número que a gente usa normal, 40, 42, 44, beleza, mas você tinha a opção de personalizar a etiqueta, então se você era um pouquinho mais fora do padrão social ali, você é um pouquinho mais gordinho, você poderia comprar uma calça 46 e pedir para colocar a etiqueta 42. E eu falei, olha… para mim era algo meio…

Perrott: Que onda.

Pivovar: É, então, exatamente, eu pensei que onda, mas qual que é o caso de uso de fazer uma calça com o tamanho correto com a etiqueta diferente? Existem mulheres, principalmente, que tem vergonha de ir na academia e pendurar a calça no cabide para tomar banho, porque elas estão um pouquinho acima do peso, então a etiqueta com o número menor ajuda ela a ser inserida, dá a sensação que ela está sendo aceita na sociedade e fora o fator motivador ali de emagrecer para chegar naquele número. Olha só que interessante, isso para mim é extrema personalização, você comprar etiqueta com o teu número, o número que você quer, não o teu número, olha só que interessante.

Perrott: Isso é bacana, isso é bacana. Você deu o caso da etiqueta, a gente tem vários outros, coloca nome, às vezes troca a cor, às vezes o cara consegue combinar cores, eu acho isso muito bacana. Agora, Pivo, uma coisa só para a gente concluir o nosso bate papo aqui, eu sei que é muito legal, a gente pode esperar que o metaverso, ele seja de fato uma tecnologia que vai ser, antes de mais nada, inclusiva.

Pivovar: Sem dúvida nenhuma.

Perrott: Isso acho que é um dos principais objetivos da tecnologia que a gente vem acompanhando ao longo desses anos, quanto mais inclusiva for, melhor para a sociedade, melhor para os negócios, a gente viu isso muito fortemente com a computação em nuvem, esse modelo computacional sendo adquirido de forma totalmente disruptivo do modelo passado, através de um simples cartão de crédito você tem um poder total de você construir o que você quiser dentro de um ambiente, e construir um metaverso com um cartão de crédito, vê que interessante, você pode construir algo novo. Eu acho que para mim o que resume aqui todo esse bate papo que você falou, é a capacidade de inclusão, quanto mais inclusivo for a tecnologia, o metaverso, melhor vai ser para a nossa sociedade e os negócios vão se beneficiar diretamente como um todo, entendi certo aqui o nosso bate papo?

Pivovar: Exatamente isso, Vinícius, existe um jargão até que eles falam, que antes do metaverso a gente poderia ser tudo aquilo que a gente pode ser, com o metaverso a gente será tudo aquilo que a gente quer ser, então por exemplo, têm pessoas com algum tipo de deficiência no mundo físico, que dentro do metaverso, ela não terá mais deficiência. E como eu estou falando que há a expansão dos cinco sentidos através da tecnologia, ela poderá sentir que está caminhando, pessoas com algum tipo de deficiência auditiva, ela poderá sentir que está ouvindo, e olha como isso é inclusivo, o universo vai abrir ali as fronteiras de muita coisa que hoje tem a limitação física, e uma limitação social, dentro do metaverso provavelmente aí entra questões de ética depois e um monte de regulamentações que possam vir a ser, mas não temos mais distinção de gênero, raça, religião, seremos todos avatares, como que eu vou poder segmentar um avatar? Eu posso fazer um avatar realístico de mim, do jeito que eu sou no mundo físico ou eu posso fazer um avatar de como eu gostaria de ser no mundo físico, olha que lindo isso. Existem pessoas hoje que são presas dentro de um corpo, mas elas queriam ser outra… ter outro corpo ou outra sexualidade, o que quer que seja, então eu acho que vamos ter muitas quebras de paradigmas e o metaverso vai nos ajudar aí a romper essas barreiras aí que nós temos hoje, não só de inclusão, mas também de democratização, de exploração de novos tipos de negócios, que antes não eram factíveis, pessoas que, por exemplo, que não têm condições de conhecer o museu do Louvre, não tem condições de conhecer esses lugares que são às vezes dificuldade de acessível… acessibilidade até para nós, financeiramente falando, vai ser possível. Então, creio que a gente está indo para um mundo muito mais inclusivo e muito mais democrático. Claro que teremos desafios, como é um mar não desbravado ainda, possivelmente vamos ter outros tipos de mazelas também mentais, porque a gente vai ter um tempo de tela maior, por exemplo, então a gente não sabe também quais serão os pontos a melhorar, se desenvolver e os pontos negativos em relação à introdução do metaverso em relação aos filhos.

Perrott: Bacana demais. Pivo, eu queria muito agradecer aqui pela sua participação mais uma vez no nosso episódio e até a próxima, viu?

Pivovar: Eu que agradeço, Vinícius, muito obrigado pelo convite, estou sempre aqui para bater um papo, é sempre prazeroso, a gente sempre aprende muito aqui, eu falo que conhecimento é uma via de mão dupla, a gente ensina e aprende ao mesmo tempo. Um abraço a todos que estão nos ouvindo e nos vemos no metaverso aí daqui a pouco.

Perrott: Vamos nessa, quem sabe o Papo Oracle Cloud já entra no metaverso também, cenas dos próximos capítulos.

Pivovar: Aí está um desafio para nós, Vinícius, a gente fazer um bate papo desse dentro do metaverso.

Perrott: Seria interessante, vamos organizar.

Pivovar: Vou deixar aqui o desafio para nós dois para viabilizar isso.

E você que me acompanha na nossa minissérie, já sabe que nunca termina por aqui.

Esse bate papo a gente continua discutindo lá no nosso grupo do Papo Cloud Makers, link na descrição para facilitar sua experiência.

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Até o próximo episódio do Papo Oracle Cloud!

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